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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 91

Amber

Passei a noite em claro, sentada ao lado de Leonardo. Desde o momento em que seu corpo começou a arder em febre, o sono tornou-se impossível. Ele gemia baixinho a cada movimento, e a dor estampada em seu rosto me deixava apavorada. Eu troquei as compressas em sua testa tantas vezes que perdi a conta.

"Estou bem," ele murmurava ocasionalmente, sua voz rouca, tentando soar convincente. Mas não me enganava. Ele queria me tranquilizar, mas o calor que emanava de sua pele me dizia o contrário.

Quando o sol começou a tingir o quarto com tons suaves de laranja, levantei-me e caminhei até as janelas. Fechei as cortinas, abafando a luz para que ele pudesse descansar mais. Ele finalmente parecia ter cedido ao sono, e eu não queria que nada o perturbasse.

No closet, troquei o pijama por algo mais prático. Cada movimento era silencioso, cuidadoso para não acordá-lo. Depois de ajeitar o cabelo num rabo de cavalo, saí do quarto. Precisava organizar o dia e pedir ajuda para lidar com aquela febre teimosa.

Encontrei Magnus na sala de estar, em pé junto à janela, a expressão fechada.

"Como ele está?" perguntou assim que me viu.

Suspirei, cruzando os braços. "Nada bem. A febre não baixou a noite toda, e os remédios não parecem fazer efeito. Acho melhor chamar a equipe médica para dar uma olhada nele."

Ele assentiu imediatamente, puxando o celular do bolso. "Vou providenciar isso agora mesmo. Não se preocupe."

"Sabe como ele pode ser teimoso e resistente, mas acredito que é o melhor para ele nesse momento." eu estava me sentindo frustrada com aquela situação. Ele chegou bem, se não tivessemos abusado, talvez ele não estivesse tão ruim.

"Leonardo se acha invencível, logo se lembrará disso." ele falou com o celular na mão.

"Mas ele não é. Na verdade, está muito longe de ser. Ele precisa se cuidar mais... ainda mais agora."

"Você está se saindo bem, Amber. Só precisa voltar a aprender a lidar com a teimosia dele." ri sem graça.

"Vou tentar, mas não prometo nada." ele riu e alguém atendeu sua ligação.

Deixei Magnus a cargo disso e fui para a cozinha, onde Maria, a cozinheira, já estava a postos, mexendo em algo no fogão. O cheiro familiar de pão fresco me trouxe um pouco de conforto.

"Maria," comecei, me apoiando no balcão. "Pode preparar algo reforçado para o senhor Leonardo? Ele provavelmente não vai comer muito, mas quero garantir que haja algo leve e nutritivo."

"Claro, senhora," respondeu com um sorriso. "Vou fazer aquela sopa de legumes que a Nonna Rosa ensinou. Sempre ajuda quando alguém está doente."

"Obrigada," murmurei.

Estava prestes a sair da cozinha quando ouvi passos rápidos pelo corredor. Antes que pudesse reagir, Bella e Louis apareceram correndo, suas risadinhas preenchendo o espaço.

"Mamãe!" exclamaram em uníssono, abraçando minhas pernas.

"Bom dia, meus amores!" disse, agachando-me para ficar na altura deles.

"Vamos contar mais histórias também?" Louis perguntou, olhando para a bisavó com os olhos brilhando de expectativa.

"Claro, tesoro. Vamos fazer tudo isso juntos."

Deixei-os sob os cuidados da Nonna e das babás, observando enquanto elas os conduziam de volta à sala. Havia algo reconfortante em ver o vínculo entre eles. Mesmo com tantas dificuldades, estávamos começando a nos tornar uma família de verdade.

Voltei para a cozinha, onde Maria já organizava a bandeja com a sopa, suco fresco e alguns pães. "Está tudo pronto, senhora. Caso precise de mais alguma coisa, é só avisar."

"Obrigada, Maria," disse, pegando a bandeja cuidadosamente.

Enquanto caminhava de volta ao quarto, minha mente vagava pela noite anterior. O som dos gemidos de Leonardo ainda ecoava em meus ouvidos, e a imagem de seu rosto tenso, lutando contra a dor, parecia estar gravada em minhas retinas.

Ao entrar no quarto, coloquei a bandeja na mesa de cabeceira e observei-o por um momento. Mesmo doente, ele emanava uma força impressionante, como se desafiasse a própria febre a derrubá-lo.

Era difícil admitir, mas aquela cena, de vulnerabilidade misturada com resiliência, despertava algo ainda mais profundo em mim. Amor, sim, mas também um desejo crescente de protegê-lo, de mantê-lo seguro de todo o mal.

Mas sabia que não seria tão simples. Nossos fantasmas ainda rondavam, e o passado tinha uma maneira cruel de se infiltrar nos momentos mais frágeis.

Toquei sua mão levemente, esperando que ele não acordasse. "Fique bem, Leo," sussurrei. "Preciso de você forte. Todos nós precisamos."

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