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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 96

Martina

Aqueles seguranças incompetentes me encaravam com desdém enquanto eu gritava no portão. Como ousavam me impedir de entrar? Eu, a noiva de Leonardo Martinucci!

"Vocês não podem fazer isso comigo!" berrei, socando o portão. "Magnus, seu traidor! Deixe-me entrar!"

Magnus apenas me observava com aquele ar superior que me dava náuseas. Meu celular tocou - Eleonora tentando me acalmar. Mas então ouvi a voz de Leonardo ao fundo, clara como cristal: "Quando o DNA confirmar. Vou assumir as crianças. E a Amber."

O mundo parou.

"Vocês vão se arrepender disso!" gritei pela milésima vez, quando notei que um dos seguranças mais novos se distraiu com uma ligação. Era minha chance. Fingi mexer na bolsa, deixando meu celular cair propositalmente próximo ao portão. Quando ele se aproximou para me ajudar, num movimento rápido, escorreguei por baixo de seu braço.

"Ei, pare!" ouvi seus gritos, mas já estava correndo. Cada sessão de fotos naquele jardim para as redes sociais tinha servido de reconhecimento involuntário do terreno. Desviei pela lateral da mansão, onde sabia que a segurança era menor. Os saltos afundavam na grama molhada, mas eu não me importava. Adrenalina pura corria em minhas veias.

Alcancei a entrada dos fundos antes que pudessem me alcançar. Anos de visitas tinham suas vantagens, a porta lateral que os funcionários usavam sempre ficava destrancada. Em segundos, estava dentro.

Subi as escadas como um furacão, o coração batendo tão forte que parecia querer escapar do peito. Meus saltos agora batiam furiosamente contra o mármore, ecoando pela casa silenciosa. A raiva me guiava diretamente ao meu alvo. Sem hesitar, empurrei a porta do quarto principal com toda força.

O impacto fez todos se virarem, mas só conseguia enxergar uma coisa: as mãos entrelaçadas de Leonardo e Amber.

"Então é isso?" minha voz saiu entrecortada pela raiva. "Eu estava certa sobre essa... essa invasora! Como pode ser tão baixo, Leonardo?"

Vi Amber tentar se afastar, mas Leonardo a segurou firme. Seu olhar era gélido quando me encarou.

"Martina," ele começou, sua voz carregada de desprezo, "você está alucinando. Não existe ‘nós’. Nunca existiu. O que tínhamos era um contrato. Ajuda mútua. Você quebrou todas as regras quando decidiu que podia me controlar."

“Você está errado.” Falei sentindo suas palavras me atingirem.

"Você perdeu o controle, querida, agora sou eu quem dou as cartas e então aguarde, vou instruir meus advogados a tornarem público que nunca fomos um casal."

"Você não pode fazer isso comigo!" gritei, sentindo as lágrimas de ódio queimarem meus olhos. "Eu te amo, Leonardo. Eu sempre te amei."

Leonardo se levantou, cambaleante. Amber imediatamente colocou a mão em seu peito, tentando impedi-lo. Aquela intimidade... aquele toque que ele nunca permitiu que eu tivesse.

"TIRE AS MÃOS DELE!" avancei em direção a ela, mas Tomaso e Eleonora me seguraram.

"Calma, ragazza!" Tomaso ordenou.

"Cala a boca!" berrei, sentindo lágrimas de ódio escorrerem. "Você escolheu essa..."

Não terminei a frase. Amber conseguiu se virar parcialmente e, num movimento rápido, sua mão acertou meu rosto com um tapa que ecoou pelo quarto. A força do golpe me fez cambalear para trás.

Magnus surgiu nesse momento, seus braços fortes me envolvendo e me afastando dela. "Já chega, signorina! (senhorita)"

"Tire essa louca daqui!" Leonardo ordenou. "Jogue-a na rua! Nunca mais quero ver essa mulher!"

"Você vai se arrepender!" gritei enquanto Magnus me arrastava. "Vou destruir você, Leonardo! Você e sua..." minha voz foi cortada pela porta se fechando.

Enquanto era levada para fora, a humilhação se transformava em ódio puro. Eles não sabiam do que eu era capaz. Não sabiam mesmo.

"Me solte!" ordenei a Magnus quando chegamos ao portão. Ajeitei minha roupa com dignidade fingida. "Vocês vão pagar caro por isso. Todos vocês!"

O portão fechou em meu rosto com um baque metálico. Peguei meu celular, minhas mãos tremendo de raiva.

"Pietro? Sou eu. Preciso que você faça algo para mim. Descubra tudo sobre essa Amber Bayer e marque um encontro com o Peter Calton..."

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