Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 10

Heloisa Moura

Eu estava organizando algumas anotações sobre os vinhos quando meu celular tocou. Ao ver o nome do meu pai na tela, atendi imediatamente.

— Pai?

— Bom dia, filha! Como está tudo por aí?

— Tudo bem. Vittorio vai tirar o gesso amanhã — disse casualmente, cruzando os braços.

— Ótimo! Mas, na verdade, liguei para falar sobre outra coisa. Quero que você fique mais um tempo na vinícola.

Franzi o cenho.

— Como assim?

— O lançamento do novo espumante está se aproximando, e Vittorio mencionou que sua ajuda seria essencial nesse processo. Você criou um bom vínculo com a equipe e está trazendo ideias valiosas. Acho que seria uma excelente experiência para você.

Apertei os lábios, sentindo uma irritação sutil crescer dentro de mim. E, ao mesmo tempo, um sorriso brotou de meus lábios.

— E foi o Vittorio que sugeriu isso?

— Sim, mas eu concordo com ele. Essa pode ser uma oportunidade única para o seu crescimento profissional.

Respirei fundo. Meu pai estava realmente convencido de que essa era uma decisão puramente profissional, mas eu sabia que Vittorio estava por trás disso.

— Eu já tinha me programado para voltar na próxima semana.

— Sei disso, mas pense bem. Você terá uma experiência real no processo de lançamento de um vinho. Seria um diferencial para sua carreira.

Apertei o celular com mais força.

— Certo, pai. Vou pensar.

— Ótimo! Confio que você tomará a melhor decisão.

Desliguei o celular, e respirei fundo, sentindo a irritação se transformar em algo mais perigoso: a vontade de confrontar Vittorio, e dessa vez ele não iria escapar.

No final da tarde, entrei na casa de Vittorio e encontrei ele na sala, sentado no sofá, Ele lia alguns documentos, mas levantou os olhos assim que percebeu a minha presença

— Você pediu para o meu pai me convencer a ficar?

Vittorio arqueou uma sobrancelha, fechando a pasta com calma.

— Pedi. Algo contra?

Pisquei algumas vezes surpresa com a honestidade.

— Nem vai tentar disfarçar?

Ele deu de ombros.

— Seria inútil. Você saberia de qualquer forma.

Cruzei os braços, se aproximando alguns passos.

— E por que exatamente eu deveria ficar, Vittorio?

— Você já sabe a resposta.

Os olhos dele eram intensos, carregados de algo que eu não queria admitir que também sentia.

— Ah, então é assim? Você quer que eu fique e, ao invés de me pedir, decide manipular meu pai?

Vittorio sorriu de lado, aquele sorriso irritante e provocador.

— Manipular é uma palavra forte. Eu apenas mostrei a ele que sua presença aqui seria valiosa, para nós dois.

Então eu ri, mas sem humor.

— Você é inacreditável.

Ele se inclinou ligeiramente para frente, apoiando o antebraço no joelho.

— E você vai ficar?

Apertei os punhos, sem desviar o olhar.

— Ainda não decidi.

O silêncio que seguiu foi carregado de tensão. O olhar de Vittorio desceu até os meus lábios por um breve instante, e eu senti meu coração acelerar.

— Você tem até amanhã para decidir — Vittorio disse, com um tom desafiador.

— Você não manda em mim, Vittorio.

— Então me prove.

A provocação estava lançada.

Eu respirei fundo, lutando contra a vontade de responder à altura. Mas, em vez disso, dei um passo para trás, mantendo a expressão impassível.

— Durma bem, Vittorio. Você vai precisar de descanso para quando tirar esse gesso amanhã.

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