Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 18

Vittorio Bianchi

A manhã chega lenta, e com ela, a sensação incômoda de que estou perdendo tempo.

Desde que Heloisa foi embora, cada minuto parece arrastado. Estou inquieto, incapaz de focar em qualquer coisa. Nem mesmo o vinho, que sempre foi meu refúgio, consegue me distrair.

Estou na sala, observando as horas passarem no relógio da parede, quando Hugo entra com seu celular na mão. Ele fala algo sobre negócios, sobre uma possível expansão da vinícola, e eu apenas balanço a cabeça, fingindo interesse.

Ele não sabe.

Não faz ideia da tempestade que carrego dentro de mim toda vez que escuto o nome de Casa Blanca.

— Você está estranho, Bianchi. — Ele franze o cenho, analisando-me. — Parece… distraído. Alguma mulher conseguiu roubar o coração do meu melhor amigo?

Solto um suspiro, passando a mão pelos cabelos.

— Só estou pensando em algumas coisas. Mas não seria uma mulher, se quer saber, seu amigo continua sendo o boêmio de sempre.

Hugo assente, como se acreditasse.

— Bom, se quiser espairecer, posso te levar para conhecer algumas propriedades aqui na região. Pode ser uma boa oportunidade para os negócios.

Negócios. Negócios.

Eu deveria me importar mais com isso. Deveria estar preocupado em manter minha cabeça no lugar, em evitar que qualquer sentimento atrapalhe minhas decisões.

Mas a verdade? Nada aqui me interessa. Nada aqui é o que eu quero. Então, levanto-me e forço um sorriso.

— Pode ser uma boa ideia.

Talvez sair um pouco me ajude a decidir o que já sei no fundo do peito.

Eu não vou ficar aqui parado enquanto ela está lá, do outro lado do mundo, fingindo que pode viver sem mim.

O dia se arrasta em meio a conversas sobre negócios que não me interessam. Hugo me leva para conhecer algumas propriedades, fala sobre expansão, investimentos e possibilidades. Eu escuto, faço perguntas quando necessário, mas minha mente está a quilômetros de distância.

O pior de tudo? Heloisa sumiu desde ontem.

— Vittorio, você está me ouvindo?

A voz de Hugo me puxa de volta. Estamos sentados em um restaurante, e ele gesticula com a taça de vinho na mão, me observando com um olhar analítico.

— Sim, claro. Você estava falando sobre as diferenças entre o solo daqui e o da Itália.

Ele solta uma risada curta.

— Não. Eu estava perguntando se você tem algum interesse em investir aqui mesmo.

Passo a mão pelo queixo, fingindo considerar a pergunta, quando na verdade já sei a resposta.

— Ainda não sei. Preciso pensar.

Hugo assente, mas seu olhar se estreita ligeiramente.

— Você está realmente aqui por isso, Vittorio?

Congelo por um segundo, mas disfarço rápido.

— O que quer dizer?

Ele dá um gole no vinho antes de apoiar o copo na mesa.

— Você nunca demonstrou interesse em expandir para cá antes. E, de repente, aparece na minha casa, sem aviso, sem um motivo muito claro. Há cinco anos mudou-se para Itália sem nenhum motivo específico e agora me aparece do nada com a desculpa que quer expandir os negócios, mas está alheio a tudo.

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