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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 20

Heloísa Moura

A França é sem dúvida o país mas bonito que já se viu, porém meu peito falta algo, ele não está aqui.

O Augustus tem sido um bom anfitrião, nada mais que isso, meu coração está apertado como se algo estivesse errado. Pego meu celular e ligo para ele. Sua voz está exausta como se algo estivesse acontecendo e ele não me diz o que.

Quando sinto que ele vai falar alguma coisa o Augustus b**e a minha porta e prefiro desligar. O Vittorio já me abandonou demais, preciso pensar um pouco mais em mim.

Porém não esperava que fosse surpreendida dessa forma, os pais do Augustus prepararam um jantar que em minha mente era de despedida, porém no meio do jantar Augustus se levanta com seu peitoral importante e pega minha mão, fazendo com que tem em fique de pé.

Então ele começa um discurso que tudo ao meu redor começa a fazer sentido:

— Heloísa, o que temos aqui é muito mais que um acordo comercial, você é uma excelente profissional além de ser linda por fora e por dentro quero que me dê a honra de torná-la minha esposa e sócia aqui na VINHOS CASA BLANCA. então abre uma caixinha com um anel de diamante.

Por um momento as palavras me faltam. Mas logo volto a realidade.

— Augustus, um casamento não é um acordo comercial, sinto muito mas não posso jamais aceitar algo assim.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Os olhos de Augustus estavam fixos em mim, sua expressão inabalável, como se já soubesse minha resposta, mas ainda assim não quisesse aceitá-la.

O pai dele pigarreou, claramente desconfortável, enquanto a mãe olhava para a cena com um misto de expectativa e surpresa. O anel brilhava dentro da pequena caixa aberta, mas para mim, não era mais do que um símbolo de tudo que estava errado naquela proposta.

— Heloísa… — Augustus murmurou, seu tom mais baixo, quase como um pedido. — Pense bem…

Respirei fundo, sentindo o peso de todos os olhares sobre mim. O jantar, a recepção calorosa, tudo fazia sentido agora. Eles não estavam apenas me despedindo, estavam tentando me amarrar aqui de uma forma que eu nunca imaginaria.

— Augustus, eu… — balancei a cabeça, tentando encontrar as palavras certas. — Eu respeito muito você e sua família, sou grata pela oportunidade que tive aqui, mas eu não posso aceitar isso.

Afastei-me um passo, minha garganta apertada. Ele me olhava com uma mistura de decepção e frustração, mas também algo mais… Determinação.

— E o que exatamente te impede? — ele perguntou, cruzando os braços, sua postura rígida.

Vittorio. Seu nome ecoou na minha mente, mas eu me recusei a pronunciá-lo. Não era só sobre ele, era sobre mim.

— Eu não sou um negócio, Augustus. Eu não vou me casar por conveniência, por um acordo. Eu mereço mais do que isso.

A mãe de Augustus suspirou audivelmente, e seu pai mexeu-se desconfortável na cadeira. Augustus, no entanto, não recuou.

— E se não fosse um acordo? — ele rebateu, seus olhos encontrando os meus com intensidade. — E se fosse um pedido real?

Engoli em seco. Meu coração bateu forte. Ele estava falando sério?

— O que está dizendo?

Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre nós.

— Estou dizendo que talvez eu tenha começado isso pelo motivo errado, mas… — sua mandíbula se contraiu, como se estivesse lutando contra as palavras. — Eu não quero que vá embora, Heloísa.

Com a passagem em mãos, me joguei em um dos assentos da sala de embarque. Minha mente fervilhava. Será que estava cometendo um erro? Será que Vittorio ainda me queria ali? Fechei os olhos, tentando encontrar alguma resposta dentro de mim, mas tudo que senti foi uma vontade avassaladora de vê-lo.

O voo foi longo, e minha ansiedade crescia a cada instante. Assim que pousei, peguei um carro direto para o vinhedo. O lugar que antes parecia tão distante agora me chamava de volta.

Quando o portão da Vinícola Di Fiore apareceu diante de mim, meu coração apertou. Não esperei nada, desci do carro antes mesmo dele parar completamente e corri para dentro.

E então eu o vi.

Vittorio estava no meio do vinhedo, parado, segurando uma garrafa de espumante nas mãos. Seu semblante estava sombrio, os cabelos bagunçados como se ele não dormisse há dias. O olhar perdido, a expressão derrotada.

— Vittorio… — minha voz saiu num sussurro, mas ele me ouviu.

Seus olhos se ergueram e, por um instante, congelaram. Ele piscou algumas vezes, como se não acreditasse no que estava vendo.

E então, sem pensar, corri até ele.

Me joguei em seus braços sem hesitação, sentindo seu calor, seu cheiro, seu peito subir e descer em uma respiração pesada. Vittorio me segurou firme, como se eu fosse desaparecer se ele soltasse.

— Você voltou… — ele murmurou contra meu cabelo, sua voz rouca e carregada de emoção.

— Eu precisava voltar. Meu lugar é aqui, ao seu lado.

Apertamos um ao outro, como se o tempo e a distância nunca tivessem existido. Como se, naquele momento, nada mais importasse.

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