Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 35

Vittorio Bianchi

Me afasto do Hugo e nossa conversa ainda fica em minha mente. Não posso ceder a chantagem da Liliane, mas não posso deixar que aquele vídeo vá parar nas mãos do Hugo e da Ava.

— Vittorio, tem algo te perturbando? Algum problema com o espumante?

A voz suave da Heloísa me trás de volta.

— Está tudo bem, pequena, apenas algo que logo vou resolver.

— Vi você e meu pai conversando mais cedo, você falou algo com ele?

— Ainda não, Helô, tenho um assunto para esclarecer antes, não posso te envolver em um problema maior.

Falo isso e saio, tenho que resolver isso de uma vez por todas. A Liliane não pode nem deve me abalar.

Chego em frente ao hotel e ligo para ela.

— Estou na recepção, desça logo.

— Engano seu, foi um engano pensar que eu iria ao seu encontro na recepção, venha até meu quarto, aqui poderemos conversar.

Respiro fundo, contendo a irritação que se espalha pelo meu corpo. Liliane sempre gostou de comandar o jogo, mas desta vez não vai ser como ela quer.

— Se acha que eu vou subir, está enganada. Temos cinco minutos para resolver isso, então é melhor descer logo.

— Tão mandão… Isso sempre me atraiu em você, Vittorio, mas na cama. — Sua voz carrega um sorriso malicioso. — Entretanto, infelizmente, não sou do tipo que recebe ordens.

A ligação se encerra antes que eu possa responder. Maldita Liliane.

Passo a mão pelo rosto, sentindo a tensão se acumular em meus ombros. Eu deveria ir embora e ignorar essa palhaçada, mas não posso me dar esse luxo. Se aquele vídeo cair nas mãos erradas, as consequências serão catastróficas.

Com passos firmes, caminho até o elevador e aperto o botão do andar dela. O painel pisca e os números sobem, cada andar percorrido aumentando minha impaciência. Assim que as portas se abrem, sigo pelo corredor até a suíte.

Bato duas vezes.

— Até que não demorou tanto — ela comenta ao abrir a porta, encostando-se no batente com um sorriso de triunfo.

Seu robe de seda escorrega pelo ombro, uma encenação ensaiada para me desestabilizar. Não reajo. Já conheço todos os truques dela.

— Vamos acabar logo com isso, Liliane. O que você quer?

Ela dá um passo para o lado, me convidando a entrar.

— O que eu sempre quis, querido. Você.

Reviro os olhos e cruzo os braços.

— Não perca meu tempo com joguinhos.

Ela solta um suspiro dramático e fecha a porta atrás de mim.

— Tudo bem, direto ao ponto. Eu quero um favor, e em troca, aquele vídeo nunca verá a luz do dia.

Meus punhos se fecham. O que quer que ela tenha em mente, não pode ser coisa boa.

— Que tipo de favor?

Ela sorri, divertida.

— Simples. Me faça gozar como antigamente.

O sangue gela em minhas veias.

— Você está louca?

— Estou sendo estratégica. Quero apenas uma transa, nada mais.

Cada fibra do meu ser grita para que eu não caia nessa armadilha. Mas o que posso fazer? Se Hugo ou Ava virem esse vídeo, tudo pode desmoronar.

Aperto os dentes.

— Isso não vai acontecer.

Liliane sorri, como se estivesse esperando essa resposta.

— Então é uma pena, Vittorio. Uma grande pena.

Ela pega o celular e desliza o dedo pela tela. O frio na minha espinha se intensifica.

Ela vai mandar o vídeo agora.

Preciso agir.

E rápido.

— Liliane, pare, vamos fazer isso de uma vez por todas. — falo tentando ganhar tempo.

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