Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 36

Heloísa Moura

Vittorio está tão estranho, será que está acontecendo algo. Me aproximo e pergunto se está tudo bem, se ele já conversou com meu pai, ele simplesmente desconversa e fala que tem um assunto para resolver e se afasta.

Sigo para a vinícola, vou trabalhar para ver se consigo ocupar minha mente. Estou concentrada verificando a colocação e a fermentação do novo espumante, quando meu celular toca.

É um numero desconhecido que brilha na tela, não dou importância, mas o numero insiste então atendo.

— Alô, quem é?

— Oi, Heloísa, sou eu a tia Liliane, meu bem estou tão feliz o tio Vittorio me pediu em casamento e queria te convidar para ser minha dama de honra.

— Você está mentindo, o Vittorio jamais faria isso.

— Onde está o respeito? Sou sua tia, e de hoje em diante chame o Vittorio de tio como você sempre chamou, criança.

— Liliane, o Vittorio não está com você, eu sei disso.

— Será mesmo? Onde ele está então? Pode chamá-lo para que ele te fale a verdade?

Lágrimas começam a cair em minha face, o Vittorio saiu hoje mais cedo e não falou para onde ia, ele estava estranho, distante.

— Ele saiu… — É tudo que sai da minha boca, minha voz está entrecortada.

— Ah, querida… — A voz de Liliane transborda uma falsa compaixão. — Eu sei que é difícil aceitar, mas não se preocupe, logo você se acostuma. Vittorio e eu sempre tivemos essa ligação especial, sabe? Algumas coisas são inevitáveis…

Minhas mãos tremem ao apertar o celular contra o ouvido.

— Você está mentindo.

— E por que eu mentiria? — O tom dela é doce, mas carregado de veneno. — Se quiser, posso te enviar uma prova… uma foto nossa juntinhos, depois da nossa noite especial.

Meu coração para. O ar parece sumir dos meus pulmões.

— Você está inventando isso.

— Ah, meu bem, você sempre foi tão ingênua… — Ela ri baixo. — Mas tudo bem, você vai ver com seus próprios olhos.

A ligação se encerra.

Fico ali, parada, sem conseguir respirar direito. O mundo ao meu redor se dissolve. Meus dedos deslizam pela tela do celular, esperando… temendo… E então, a notificação aparece.

Minhas mãos suam quando abro a mensagem.

A foto me acerta como um soco.

Vittorio está deitado na cama, os lençóis bagunçados cobrindo parte do seu corpo. Seu peito está nu, sua expressão relaxada, inconsciente. Liliane está ao lado dele, os cabelos soltos caindo pelos ombros, vestindo apenas um robe de seda aberto o suficiente para insinuar.

Meu estômago revira.

Isso não pode ser verdade.

Meus olhos ardem. Meu peito se aperta em uma dor que me rasga por dentro. Vittorio… Meu Vittorio… com ela?

Largo o celular como se queimasse. Meu corpo inteiro treme. Tento respirar, mas tudo que sinto é um nó na garganta, uma onda de náusea que ameaça me consumir.

Eu deveria confiar nele. Deveria ao menos ouvir sua explicação. Mas como? Como, depois de ver isso?

Liliane venceu.

Ela conseguiu destruir tudo.

Uma onda de raiva atravessa meu peito. Não vou deixar que ela me veja quebrada. Não vou dar esse gostinho para ela.

Seguro as lágrimas e respiro fundo.

Preciso ver isso com meus próprios olhos. Pego a chave de um dos carros do Vittorio e dirijo em direção ao hotel onde ela está hospedada, pergunto na recepção onde fica seu quarto, eles me informam e subo em sua direção.

Cada passo que dou em direção à porta do quarto de Liliane faz meu coração bater mais forte. Minhas mãos suam, meu peito aperta, mas minha determinação me mantém firme. Eu preciso ver. Preciso olhar nos olhos de Vittorio e entender o que está acontecendo.

Bato na porta com força.

Segundos depois, Liliane aparece, envolta em seu robe de seda, um sorriso triunfante curvando seus lábios.

— Heloísa… — Sua voz é suave, quase acolhedora, mas carregada de veneno. — Que surpresa.

Minha respiração está pesada. Meus punhos cerrados ao lado do corpo.

— Eu quero ver o Vittorio. Agora.

Ela solta uma risada baixa e ajeita os cabelos, fingindo um certo embaraço.

— Querida, fale baixo. Ele ainda está dormindo. Tivemos uma noite… intensa. — Seus olhos brilham de malícia.

Um nó se forma em minha garganta. Cada palavra dela é como uma faca afundando em minha pele.

— Você está mentindo. — Minha voz sai mais fraca do que eu gostaria.

Ela suspira e abre mais a porta, me dando passagem.

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