Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 56

Heloisa Moura

A voz dele me pegou desprevenida. O som grave, carregado de algo que não consegui definir de imediato, fez meu coração falhar uma batida.

— Vittorio…?

Pisquei algumas vezes, sentindo um turbilhão de emoções se chocar dentro de mim. Não, não podia ser ele. Não depois de tanto tempo. Mas ele estava ali, ajoelhado ao lado da minha cama, os olhos escuros e intensos cravados em mim, como se não acreditasse que eu ainda existia.

Por um segundo, um único segundo, meu peito se aqueceu com a lembrança do que fomos. Mas logo depois, a raiva me dominou. O que ele estava fazendo aqui? Depois de seis meses de silêncio, após me abandonar como se eu não significasse nada? Preferir ficar ao lado daquela mulher...

Me endireitei na cama, sentindo Augustus se mover ao meu lado. Ele fechou o livro que estava lendo e me lançou um olhar preocupado antes de encarar Vittorio.

— O que você está fazendo aqui? — minha voz saiu firme, carregada de incredulidade.

Os olhos dele brilharam, e algo em seu semblante se partiu. Talvez ele tivesse esperado uma recepção diferente. Talvez acreditasse que eu o perdoaria apenas por aparecer. Ingênuo.

— Eu… soube que você estava no hospital — ele começou, hesitante. — Eu precisava ver você.

Soltei uma risada amarga.

— Precisava ver como eu estava? Agora? Depois de seis meses? Vittorio, você não tem o direito de aparecer assim, como se nada tivesse acontecido!

Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado.

— Eu tentei te procurar, Heloísa! Você não atendeu minhas ligações, se fechou para mim!

— Eu não tinha nada para te dizer! — retruquei, minha voz repleta de mágoa. — Você me deixou vir embora mesmo sabendo que seu filho estava em meu ventre.

Vi a dor passar pelo olhar dele, mas me mantive firme.

Augustus se levantou, cruzando os braços.

— Ela não está sozinha, Vittorio — disse ele, sua voz calma, mas carregada de significado. — Eu estou aqui. E vou continuar ao lado dela, até que ela não me queira mais.

As palavras de Augustus caíram como uma bomba no ambiente. Vittorio fechou a expressão, sua mandíbula travou, seus olhos queimaram de fúria. Ele olhou de mim para Augustus, e senti a tensão tomar conta do ar.

— Você substituiu um amor tão rápido assim, Heloísa? — o tom dele era ácido, carregado de mágoa. — Não irei deixar que meu filho chame outro homem de pai.

Minha respiração engasgou. Como ele ousava?

— Você não tem o direito de me questionar! — cada palavra saiu como uma lâmina afiada, cortando o espaço entre nós. — decidiu ficar ao lado dela que nem sequer sabe se o filho que ela está esperando é seu.

Ele ficou em silêncio, mas seus olhos escureceram.

— Eu ainda amo você, Heloísa. E no momento certo você vai se arrepender das palavras amargas que está falando.

Deixei escapar um riso incrédulo.

— Amar nem sempre é o suficiente, Vittorio. Você fez sua escolha.

Ele ficou imóvel, e só então percebi o que tinha acabado de dizer.

O silêncio se tornou ensurdecedor.

Os olhos dele desceram até minha barriga, e foi nesse momento que senti nosso bebê se mexer. Meu corpo reagiu instintivamente, e levei a mão ao local. Antes que eu pudesse impedir, Vittorio fez o mesmo, sua palma quente cobrindo a minha.

Foi a primeira vez que vi a armadura dele se despedaçar.

— Meu Deus… — Ele sussurrou, sua voz embargada.

Puxei minha mão rapidamente, quebrando o contato.

— Isso não muda nada.

Mas os olhos dele diziam outra coisa.

— Muda tudo, Heloísa.

Augustus pigarreou ao meu lado, cruzando os braços novamente.

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