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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 75

Vittorio Bianchi

Continuo processando tudo. Um menino. Meu filho. Cada vez que repito isso na minha mente, sinto meu peito se encher de um orgulho que nunca experimentei antes. Desde que Heloísa me contou, tudo parece mais real. Não é mais só uma ideia ou um sonho distante. Ele está ali, crescendo dentro dela, e eu mal posso esperar para segurá-lo em meus braços.

Enquanto terminamos o jantar, Heloísa segura minha mão e me encara com aquele olhar carinhoso que só ela tem.

— Acho que a gente devia contar para minha mãe — ela sugere.

Assinto imediatamente. Ava pode não ter demonstrado apoio total, mas pelo menos não virou as costas para a filha como Hugo fez.

— Claro, amor. Liga para ela.

Heloísa pega o celular e, depois de alguns toques, Ava atende. Pelo tom da voz dela, parece surpresa por estar recebendo uma ligação a essa hora.

— Filha, está tudo bem? — a preocupação em sua voz é instantânea.

— Está, mãe, está tudo ótimo. Eu só queria te contar uma coisa muito especial… — Heloísa me olha de canto, um sorriso brincando nos lábios.

Não consigo segurar minha animação e, antes que ela possa continuar, me aproximo e falo alto o suficiente para que Ava me escute do outro lado da linha:

— Ava, parabéns! Você vai ser avó de um MENINO!

Silêncio.

Por um momento, penso que a ligação caiu, mas então escuto uma leve risada do outro

lado da linha.

— Um menino… — Ava repete, parecendo absorver a notícia. — Meu Deus, Heloísa! Isso é maravilhoso! — Sua voz se enche de emoção.

Olho para Heloísa e vejo o brilho nos olhos dela. Ela sempre foi próxima da mãe, e mesmo que Ava não tenha tomado partido na briga com Hugo, saber que ela está feliz com a chegada do nosso filho significa muito.

— Eu queria que você estivesse aqui, mãe.

Ava suspira.

— Eu também, minha filha. Mas… você sabe que a situação com seu pai ainda está difícil.

Solto um suspiro, porque já esperava por isso. Hugo é orgulhoso demais para simplesmente esquecer tudo.

— Ava, ele pode não querer ouvir, mas isso não significa que você precisa se afastar da Heloísa — digo com sinceridade. — Ela sente sua falta.

— Eu sei, Vittorio — ela responde com um tom mais suave. — E eu quero muito estar presente… Quero ver minha filha e o meu neto.

Heloísa sorri ao escutar isso.

— Então vem nos visitar.

Dessa vez, Ava não responde de imediato. Dá para sentir sua hesitação, mas, no fim, ela

suspira e diz:

— Eu vou tentar.

Isso já é um começo.

Conversamos mais um pouco, e Heloísa promete mandar uma foto do ultrassom para ela. Quando a ligação termina, minha mulher me olha com um sorriso satisfeito.

— Você está tão feliz… — ela murmura.

Puxo-a para mais perto e beijo sua testa.

— Como eu poderia não estar? Tenho a mulher que amo, um filho a caminho… e, aos poucos, estamos trazendo sua família de volta para perto.

Ela suspira, relaxando contra mim.

— Eu só queria que meu pai pensasse assim também…

— Vamos dar tempo a ele, Helô. Enquanto isso, nós aproveitamos cada momento, porque logo nosso menino estará aqui, e eu não quero perder um segundo disso.

Ela sorri e apoia a cabeça no meu peito. E ali, naquele instante, tenho certeza de que nada no mundo pode ser mais perfeito do que isso.

Depois da ligação com Ava, ficamos mais um tempo na sala de jantar, apenas aproveitando a companhia um do outro. Sei que Heloísa ainda sente falta do pai, mas vê-la feliz, mesmo que por um instante, me dá a certeza de que estamos no caminho certo.

— Acho que é melhor voltarmos para o quarto, não quero que você se canse demais — digo, levantando-me e estendendo a mão para ela.

Heloísa revira os olhos, mas sorri.

— Você e a Marta exageram nos cuidados. Eu estou bem.

— Só estamos cuidando de você e do nosso menino — rebato, puxando-a para meus braços.

Ela suspira e encosta a cabeça no meu peito.

— Eu sei… E sou grata por isso.

Pego-a no colo sem esforço e a levo de volta ao quarto. Quando a coloco na cama, ela segura minha mão.

— Fica aqui comigo.

— Onde mais eu ficaria? — pergunto, deitando ao seu lado e envolvendo-a com meu braço.

— Nada… só não estou conseguindo achar uma posição confortável — ela murmura, movendo-se de novo.

Sorrio, sentando-me e ajudando-a a se ajeitar. Puxo um dos travesseiros e coloco atrás de suas costas, depois deslizo a mão por sua barriga, sentindo o pequeno movimento do nosso filho.

— Ele está chutando?

Heloísa sorri e pega minha mão, colocando-a exatamente no lugar certo.

— Sim… Ele gosta de fazer isso quando eu tento dormir. Acho que já está mostrando a personalidade forte do pai.

— Ah, então a culpa é minha? — brinco, arqueando uma sobrancelha.

— Totalmente sua — ela diz, rindo baixinho.

Ficamos ali, em silêncio, sentindo cada movimento de Lorenzo. Meu coração se aquece ao perceber o quanto já o amo. Como alguém tão pequeno pode mudar tanto a minha vida?

Heloísa suspira e me encara com um olhar sonolento.

— O que foi? — pergunto, acariciando seu rosto.

— Nada… só gosto de te ver assim. Você sempre foi intenso, mas nunca imaginei que

ficaria tão bobo por um bebê.

Sorrio e beijo sua testa.

— Porque você me deu algo que eu nunca pensei que teria: uma família de verdade.

Ela fecha os olhos e sorri, descansando a cabeça no meu peito.

— Eu amo você, Vittorio.

Aperto-a mais contra mim.

— Eu amo vocês dois.

Pouco tempo depois, ela adormece, e eu fico ali, velando seu sono, sentindo meu filho se mover sob minha mão.

Se eu já sou tão protetor agora, imagino quando Lorenzo finalmente nascer.

Hugo pode tentar nos afastar, pode me odiar o quanto quiser… mas isso não vai mudar nada.

Minha família está aqui, ao meu lado.

E eu nunca vou deixá-los.

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