Liliane Ribeiro
Os dias aqui na mansão do Vittorio está sendo cada dia mais entediante, essa barriga não para de crescer e o idiota do Vittorio desde que me mudei não dá as caras. Meu medo é que ele vá atrás da vadiazinha.
Seguro o celular com força, sentindo o ódio dentro de mim. Seis meses. Seis meses malditos sem nenhuma notícia do Vittorio. Desde que pisei nessa mansão, ele ficou isolado, como se eu fosse um fardo que ele não quer carregar.
— Até que enfim você atende, Liliane — a voz de Arthur Bernard tão impaciente do outro lado da linha.
Reviro os olhos e me jogo no sofá.
— O que você quer?
— Quero saber o que você fez de útil. Mas, pelo visto, nada. Você é uma completa inútil! Não conseguiu nem enganar o idiota do Vittorio para assumir esse bastardo que você carrega na barriga.
Minha mandíbula trabalha. Se não dependesse desse maldito, ele já estaria morto.
— Eu não tenho notícias do Vittorio há seis meses. Se quiser informações, procure outro capacho. E essa criança é sua, você sabe muito bem disso.
A risada de Arthur me arrepia de nojo.
— Eu sei desse bastardinho, tenho consciência disso. Seis meses, é? Pois eu tenho uma notícia fresca para você: Vittorio está em Nova Iorque. E adivinhou? Bem acompanhado.
Revira meu estômago.
— Quem?
— Heloísa.
Um silêncio tenso se instala entre nós. Minhas unhas cravam na palma da mão.
— Aquela vadia…
— Não adianta fazer cena, Liliane. Você mesmo disse que ela e Vittorio tinham um caso, não foi? Pois bem, sinta-se informado, mas isso já não é segredo para ninguém. O Hugo já sabe e está furioso.
— Ótimo! — um sorriso amargo surge em meus lábios. — Então eu vou procurar ele e me fazer de vítima.
A gargalhada de Arthur ecoa no meu ouvido como um tapa.
— Acordo, garota! Você acha que ele já não sabe? Hugo pode estar furioso, mas adivinhe onde a Heloísa está? No apartamento do Bianchi. Enquanto isso, aquele idiota do Augustus viaja pelo mundo apresentando o espumante premiado, treinei ele minha vida inteira para ele me virar as costas e se aliar ao Bianchi. Ele descobriu que você carrega um filho meu.
Meu peito sobe e desce rapidamente. Isso não pode estar acontecendo.
— Você me disse que o Hugo nunca aceitou essa traição…
— E não aceito. Mas o que ele pode fazer? A garota está protegida por Bianchi agora.
Meus dentes rangem.
— Maldito…
Arthur suspira, impaciente.
— Se você quer garantir o seu futuro, trate de fazer alguma coisa. Ou vai esperar o Vittorio voltar e jogar você e essa barriga para fora?
Minha mão aperta o celular com tanta força que meus dedos fazem.
— Ele não vai se livrar de mim tão facilmente.
— Ótimo. Então pare de agir como uma coitadinha e resolva isso.
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