Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 90

Heloísa Moura

Quando minha mãe me ligou sugerindo um jantar em família, confesso que fiquei apreensiva. Ainda estava processando minha última conversa com meu pai, e apesar de sentir que havíamos dado um passo à frente, eu não sabia exatamente como as coisas ficariam entre nós.

Vittorio, como sempre, me acalmou.

— Vai ser bom, Heloísa. Seu pai está tentando, e sua mãe também quer essa reconciliação. E, no fundo, acho que você também.

Ele estava certo. Parte de mim queria acreditar que aquele jantar seria um recomeço de verdade.

Quando chegamos à casa da minha mãe, fomos recebidos com sorrisos e uma mesa lindamente arrumada. O clima estava leve, diferente das outras vezes em que reuniões familiares terminavam com portas batendo ou silêncios constrangedores.

Meu pai, que até pouco tempo atrás evitava até olhar para Vittorio, parecia mais relaxado. Ainda mantinha seu ar de superioridade, mas havia algo diferente em seu olhar quando observava o homem que escolhi para compartilhar minha vida.

O jantar correu bem, entre conversas sobre a gravidez, risadas e algumas provocações de minha mãe sobre como meu pai teria que aprender a trocar fraldas. Mas então, bem no meio de uma taça de vinho sendo servida, Vittorio limpou a garganta, chamando a atenção de todos.

— Hugo, Ava… — Ele começou, sua voz séria, mas com um toque de nervosismo que me fez franzir a testa. — Eu queria aproveitar esse momento para dizer algo muito importante.

Senti meu coração acelerar quando ele olhou diretamente para meu pai. Ah, não. Ele não ia…

Mas ele foi.

— Hugo, eu sei que nossa relação passou por momentos complicados, e eu sei que não sou exatamente o genro dos seus sonhos…

— Isso é verdade — meu pai murmurou, arrancando uma risada baixa de minha mãe.

— …Mas eu amo sua filha mais do que qualquer coisa nesse mundo. E, se vocês me permitirem, gostaria de oficializar isso.

Então, diante dos meus olhos arregalados e do olhar petrificado de Hugo Moura, Vittorio tirou uma caixinha de veludo do bolso e a abriu, revelando um anel de diamante cintilante.

— Heloísa, quer casar comigo?

Minha mãe levou a mão à boca, emocionada. Eu senti minha respiração falhar. Meu pai? Bom, meu pai ficou paralisado.

— O que foi que você disse? — Hugo perguntou, piscando algumas vezes como se não tivesse entendido direito.

— Eu disse que quero me casar com a sua filha — Vittorio repetiu, segurando firme minha mão.

— Meu Deus, você está pedindo minha filha em casamento bem na minha frente?

— Sim. — Vittorio assentiu, sem hesitar.

Meu pai piscou novamente.

— Eu acho que estou tendo um infarto.

— Hugo! — Minha mãe exclamou, enquanto eu soltava uma risada nervosa.

— Pai, pelo amor de Deus!

— Eu estou bem! Só preciso de um momento para… processar isso. — Ele passou a mão pelo rosto, respirando fundo. — Ok. Certo. Você quer se casar com a minha filha.

— Isso mesmo.

Meu pai olhou para minha mãe, que apenas sorriu, incentivando-o a dizer algo. Depois, olhou para mim.

— É isso que você quer, Heloísa?

Olhei para Vittorio e vi ali tudo o que sempre desejei: amor, parceria, segurança.

— Sim, pai. É tudo o que eu quero.

Ele suspirou, fechando os olhos por um segundo. Quando os abriu, encarou Vittorio com seriedade.

— Então está bem. Você tem minha bênção.

Minha mãe bateu palmas, emocionada. Vittorio sorriu, aliviado, e eu o abracei forte antes de ele deslizar o anel em meu dedo.

Mas antes que pudéssemos comemorar direito, senti algo estranho.

Uma fisgada. Uma pressão na barriga.

E então, o inevitável aconteceu.

— Ah… gente? — Minha voz saiu hesitante. Todos me olharam.

— O que foi, querida? — minha mãe perguntou, preocupada.

Olhei para baixo, sentindo umidade escorrer pelas minhas pernas.

— Eu acho que a bolsa estourou.

Por um segundo, ninguém se moveu.

Então, o caos se instaurou.

— O QUÊ? — Meu pai praticamente gritou, levantando-se de uma vez.

— Meu Deus, é agora! — Minha mãe já estava pegando a bolsa da maternidade.

— Vittorio! — Apertei o braço do meu noivo. Ele parecia pálido, mas rapidamente reagiu.

— Certo! Vamos para o hospital!

E assim, em meio a um pedido de casamento e um pai ainda se recuperando do susto, Lorenzo decidiu que era a hora perfeita para vir ao mundo.

O caminho até o hospital foi uma mistura de pânico e empolgação.

Minha mãe tentou manter a calma, mas meu pai praticamente surtou.

— Dirige direito, Vittorio!

— Eu estou dirigindo direito, Hugo!

— Não parece! CUIDADO COM O BURACO!

— Hugo, se você não calar a boca, vou te jogar para fora do carro! — Minha mãe retrucou.

— Meu Deus, eu vou parir dentro desse carro!

— Não vai não! Aguenta firme, filha!— fala minha mãe.

********

A cada contração, eu apertava a mão de Vittorio, que se esforçava para manter a calma, mesmo suando frio.

Capítulo 90 1

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