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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 94

Liliane

Não foi fácil deixá-lo. Claro que não.

Ver aquele bebê dormindo no berço, com as mãozinhas tão pequenas e frágeis… me rasgou por dentro. Mas eu precisava pensar no que realmente importava naquele momento: o Vittorio.

Tudo o que eu fiz até agora foi por ele. Desde o começo, desde que me apaixonei. E por mais que as coisas tenham saído do controle, eu sei que ainda posso recuperá-lo. Só preciso tirar do caminho tudo aquilo que nos separa — inclusive esse bebê.

Ter o filho do Arthur em meus braços só me fazia lembrar do erro que cometi. De tudo que coloquei a perder. E eu não podia mais viver presa àquela culpa. Não quando ainda existia a chance de ter o Vittorio de volta. De reconstruir nossa história.

Foi por isso que deixei o bebê para trás. Porque com ele, eu nunca conseguiria seguir em frente. Nunca conseguiria convencer o Vittorio de que podemos ser felizes juntos. Eu precisava estar leve. Limpa. Livre do passado.

Arthur que fique com o menino, se quiser. Ele sempre foi bom com essas coisas de “responsabilidade”. Ele que descubra como lidar com uma criança, com noites sem dormir, com fraldas e choros. Esse peso não é mais meu.

O que é meu… é o Vittorio.

E eu vou fazer o que for preciso pra tê-lo de volta. Mostrar que a Heloísa é só um capítulo mal escrito na vida dele. Que quem sempre esteve disposta a tudo… fui eu.

Nem que eu tenha que reescrever tudo do zero. Começando agora.

Eles acham que venceram. Que construíram uma vida perfeita e intocável… mas perfeição demais sempre esconde alguma rachadura. E é aí que eu entro.

A Heloísa pode estar ao lado dele agora, pode até ter um filho com ele… mas o Vittorio me amou primeiro. E vai me amar de novo — nem que eu precise lembrá-lo disso todos os dias.

Já comecei a planejar. Não sou burra. Não vou simplesmente bater na porta deles, desesperada, implorando amor. Não. O Vittorio é inteligente demais pra cair em lágrimas. Mas sabe o que ele não consegue ignorar? Dúvidas. Incertezas. Medo.

E é isso que eu vou plantar.

Primeiro passo: me reaproximar. Preciso voltar a fazer parte da vida dele de alguma forma. E sei exatamente como — vou usar o bebê como desculpa. Não porque quero vê-lo, claro que não… mas porque sei que o Vittorio é movido a responsabilidade, a honra. Se ele achar que há uma chance, por mínima que seja, de aquele bebê ser dele… ele vai balançar.

E Heloísa vai sentir.

A insegurança dela é minha aliada. Sei que, por trás daquela pose de mulher decidida, mora o pavor de perder o homem que ela acredita ser “o amor da vida dela”.

Vai começar com mensagens anônimas. Pequenos recados. Uma foto aqui, uma dúvida ali. Alguém vai contar pra ela que me viu por perto. Que ouviu rumores. Que talvez, só talvez… Vittorio e eu nunca tivéssemos terminado de verdade.

E quando ela começar a desconfiar dele — e vai começar — o clima entre os dois vai mudar. A confiança vai se corroer por dentro. E quando o caos estiver instalado…

Eu apareço.

Com um novo rosto. Uma nova postura. Madura. Arrependida. Disposta a consertar o passado.

Vou olhar nos olhos dele e dizer tudo que ele quer ouvir. Vou tocar naquela parte do coração que ele nunca deixou Heloísa acessar: a nossa história. E é assim que eu volto.

Não é só sobre amor. É sobre vitória. Sobre mostrar que ninguém pode ocupar o meu lugar. Nem ela. Nem ninguém.

E o bebê? Ele era só mais um obstáculo. Um lembrete de tudo que deu errado. Agora que está fora do meu caminho… é só questão de tempo até eu ter o que quero de volta.

E eu vou ter.

Tudo começa sutil. É assim que a semente da dúvida floresce — no silêncio, nas entrelinhas.

Hoje, deixei uma mensagem anônima no perfil de uma das amigas da Heloísa. Algo simples, mas eficaz:

"Cuidado com quem você confia. Às vezes, o passado volta com força."

Assinei como “alguém que sabe demais”. Não importa se ela vai levar a sério ou não — o importante é que a mensagem vai chegar. E vai causar um incômodo. Porque é assim que funciona a insegurança: cresce em silêncio até se tornar insuportável.

Amanhã, deixarei uma foto antiga minha e do Vittorio na portaria do prédio. Aquela do nosso aniversário em Paris, com ele sorrindo pra mim como se o mundo parasse de girar por um segundo. No verso da foto, só uma palavra escrita com cuidado:

"Lembra?"

Não precisa mais do que isso. Eu sei como atingir os pontos fracos dele.

Capítulo 94 1

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