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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 95

Heloísa Moura

Hoje amanheceu bem mais iluminado. Juro que parecia que até o céu acordou em festa — um azul tão claro que dava até para sentir o calor de Deus sorrindo lá de cima. Ainda deitada, com os olhos fechados, respirei fundo. O coração batia mais rápido do que de costume, não de medo, mas de uma felicidade que eu nem sabia que cabia inteira dentro de mim.

Hoje é o dia. O nosso dia.

Abri os olhos devagar, tentando absorver cada detalhe: o cheiro de lavanda no ar, o barulho suave do vento entrando pela janela, o riso abafado de alguma das minhas madrinhas na cozinha. É tudo real. Eu vou me casar com Vittorio.

Levantei devagar, sentindo o piso gelado sob os pés e agradecendo pela pausa silenciosa do mundo, como se o universo tivesse parado só um segundo para me deixar viver isso com calma. Olhei no espelho e vi uma versão de mim mesma que eu nunca tinha visto antes — com olhos brilhando de promessa, de certeza. De amor.

As meninas invadiram o quarto com gritos suaves de alegria, abraços apertados e lágrimas já escapando aqui e ali. Me vestiram como quem prepara um sonho para acontecer. O tecido branco do vestido deslizou pelo meu corpo com uma delicadeza quase sagrada, e eu senti, ali, que cada ponto daquela costura carregava todos os "sim" que meu coração já quis dizer para ele.

Quando coloquei o véu, minha mãe segurou minha mão. Seus olhos, marejados, me diziam tudo que as palavras não conseguiam. “Você está linda, filha. E pronta.”

No carro, a caminho da cerimônia, senti meu peito se abrir numa mistura de lembrança e expectativa. Pensei em todas às vezes que Vittorio me olhou como se fosse impossível amar outra pessoa além de mim. Lembrei de quando ele pediu minha mão tremendo, de quando me acalmou em silêncio depois de um dia difícil, e de como ele me fez acreditar que o amor não precisa ser perfeito — só precisa ser verdadeiro.

E então as portas se abriram.

Lá estava ele.

Vittorio, parado no altar, com aquele sorriso que só ele tem. O mundo sumiu. Não ouvi música, não vi gente, não senti mais nada além da força que nos puxava um para o outro como se nossos caminhos tivessem sido traçados desde sempre.

Cada passo até ele foi um “sim” dito com o corpo inteiro.

Quando enfim suas mãos tocaram as minhas, eu soube: esse é o começo de tudo. Não o fim de uma história, mas o primeiro parágrafo do livro mais bonito que vamos escrever juntos.

Ele sussurrou: “Você veio.”

E eu respondi:

“Eu sempre viria por você.”

Naquele instante em que nossas mãos se encontraram, um filme inteiro passou diante dos meus olhos — não o tipo que se assiste, mas aquele que se sente com cada célula do corpo. O beijo, o primeiro. Aquele que me tirou o ar e, ao mesmo tempo, me fez respirar de novo. Ainda posso sentir o toque dos lábios dele, como se tivesse sido ontem, como se meu coração ainda se espantasse com a possibilidade de ser tão desejada.

Capítulo 95 1

Capítulo 95 2

Capítulo 95 3

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