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Romance Proibido romance Hum seu sotaque é lindo. Deus! E que sorriso! Uau!

Emily

Numa saída com minhas amigas eu o conheci. Lembro-me como se fosse hoje. Eu ainda consigo sentir o ambiente da festa. A música alta e agitada que tocava. O cheiro de álcool do hálito de Carol, uma amiga que bebe mais do que deve. E eu fui na onda dela e nesse dia bebi muito também. Letícia, estava conosco. Ela que iria dirigir nesse dia, então não me importei em ficar alta.

Aquela garota toda certinha estava na fossa, triste e extremamente desanimada. Pela primeira vez, se sentindo solitária. O namoro de dois anos tinha acabado de forma trágica com a traição dele com uma das minhas melhores amiga.

Então, ele entra....

Logo me empertigo no banco quando eu o avisto. O cara alto, usando um terno caro, não combina com o lugar. Não só eu, mas não tinha uma pessoa que não virava o pescoço para vê-lo passar na pista de dança do salão com luminosidade amena. A forma como ele anda e olha tudo dá a entender que ele está à procura de alguém.

—Deem uma olhada naquele cara que acabou de chegar. — Letícia sopra no meu ouvido.

Sim, eu já havia reparado nele. Carol o olha descaradamente. Rindo.

—Meu Deus! Ele parece gringo. —Ela diz se segurando em mim quando tropeça em seus saltos prata.

Reparo nos fios prateados na lateral dos cabelos e isso aumenta meu interesse e me faz fixar meu olhar nele. Seu rosto marcado demonstrava uma certa maturidade que eu não estou acostumada. Ele deve ter, uns trinta e cinco anos?

Mulheres sorriem quando se esbarram nele. Ele as afasta e continua sua busca. Eu, como boba, não presto atenção em mais nada e toda hora meus olhos procuram os dele. Acho que por causa do efeito da bebida eu esteja tão ousada.

Ele me intriga.

O que um homem maduro está fazendo em uma festa de aniversário composta por jovens desmiolados?

—Deus! Ele está se dirigindo para cá. —Letícia fala, e se sentindo nervosa se vira para o balcão.

Carol que até então está com a cabeça jogada no balcão a ergue dizendo: —Gente, vou mijar e já volto.

—Deus! Que expressão chula! —Eu digo para ela.

Nesse momento o homem se aproxima de nós. Letícia fica vermelha quando seu olhar passa por nós duas, mas então, ele o fixa nos meus olhos com todo seu ar de confiança.

—Oi.

—Oi. —Digo com um leve sorriso. —Está perdido?

Ele sorri e passa os olhos pelos meus lábios. Isso faz com que arrepios corram minha espinha.

—Pareço perdido? —Ele diz e sorri.

Hum seu sotaque é lindo. Deus! E que sorriso! Uau!

—É que...

Ele vira mais o corpo para mim.

—Tem carinha de anjo.

Eu sorrio me sentindo superbem com as palavras dele.

—Estava procurando alguém? —O questiono.

Ele sorri.

—Você é bem observadora.

—Achou? —Questiono sentindo minhas bochechas vermelhas.

—Sim, acabei de receber uma mensagem que essa pessoa já chegou em casa.

O barman se aproxima dele e pergunta o que ele vai tomar. Ele pede um Scotch.

Ele é fino. Vejo por suas maneiras, pelo jeito dele se expressar. Não consigo deixar de olhar para ele. Então o desconhecido se vira para mim e eu digo:

—Acho que vou pedir outra bebida.

—Ao invés de beber, que tal sairmos daqui? Poderíamos ir a um lugar sossegado.

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