Romance Proibido romance Capítulo 3

O elevador estava com as portas abertas, como um convite silencioso. Entramos. Ele apertou o botão do último andar. Vigésimo? Meu estômago revirou. Uma suíte máster? Claro que seria algo assim.

Tentei focar em algo banal, como meus sapatos. Uma camada de suor se acumulou na minha testa. As luzes do elevador pareciam mais fortes, girando devagar. Deus! Que enjoo! Respirei fundo e me apoiei na parede até que a porta se abriu, revelando um pequeno hall com apenas uma porta. Grande. Imponente. Majestosa.

Quando ele abriu a porta da suíte, senti um nó no estômago. O luxo era esmagador, mas não tanto quanto a vozinha insistente na minha mente: "O que você está fazendo com um desconhecido?"

Hesitei no limiar da porta. Ele me olhou com expectativa, e num impulso silenciei a dúvida. Já estou aqui. Afinal, seguir conselhos para ser “certinha” não havia me protegido antes. Enquanto Zoe, sempre ousada, colhia a atenção que eu nunca tive coragem de buscar, eu me guardei para alguém que sequer valorizou. Agora, por que não me permitir algo diferente?

Caminhei até o centro do quarto. Ele tirou minha bolsa com suavidade e a colocou sobre o sofá. Meus olhos vagaram pela decoração luxuosa enquanto minha mente oscilava entre o medo e a atração.

Sempre sonhei que minha união com um homem seria como a dos meus pais: amorosa, cúmplice, cheia de significado. Mas aqui estava eu, com um estranho, em um quarto onde cada detalhe parecia sussurrar promessas indecentes.

Ele se aproximou. O cheiro dele... intenso, hipnotizante. Quando seus dedos afastaram meu cabelo e seus lábios tocaram meu pescoço, um arrepio percorreu minha espinha.

— Relaxe — ele murmurou, a voz rouca.

Relaxe? Como, se cada célula do meu corpo estava em alerta?

Seus dedos traçaram minha coluna até pousarem em minha cintura. O calor de suas mãos era inebriante, mas o choque veio com a palmada súbita em meu quadril. O gesto, ao mesmo tempo dominante e inesperado, me fez recuar, os olhos arregalados.

— O que foi? Vai desistir agora? — Ele perguntou, a voz carregada de um sotaque rouco que me fazia tremer.

Desistir? Talvez devesse. Ou talvez não. Encarando aqueles olhos negros, era difícil decidir.

— Você... não é sádico, é? — Minha voz saiu trêmula.

Ele sorriu de canto, um sorriso que fazia meu coração martelar.

— Não. Mas gosto de estar no controle.

O peso dessas palavras ecoou dentro de mim.

—Por isso me... bateu? Por que me bateu?

—Porque me deu vontade. Você não deveria estar aqui.

Deus! Talvez eu devesse mesmo ter ido.

Um calor invadiu o meu rosto. De alguma forma, meu corpo discordava da minha mente. Quando ele me beijou, tudo em mim se calou. Que beijo! Era faminto, possessivo, diferente de qualquer coisa que já senti. Sua língua explorava a minha boca, cada movimento me fazendo esquecer a razão.

Meus dedos escorregaram por reflexo, tocando o peito firme dele. Não era delicado, mas também não era brutal. Ele parecia lutar contra um desejo feroz que o consumia. E o pior? Isso fazia-me sentir... bem.

Quando meu vestido deslizou pelo meu corpo, deixando-me vulnerável em lingerie, o ar do quarto parecia mais denso. Ele me observava como se eu fosse algo raro. O olhar dele era tão intenso que tive de desviar.

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