O sol ainda não havia tocado a janela, mas a claridade tímida já desenhava contornos suaves no quarto. Lorenzo despertou com uma sensação boa, aquela paz que vinha quando o mundo parecia ter dado uma trégua. O primeiro motivo para o sorriso que se abriu em seu rosto estava ali, junto dele. Isabella, estava aninhada contra o seu corpo, com a respiração calma e o perfume suave misturado ao calor da pele.
Ainda nus sob o edredom, ele não resistiu. Aproximou o rosto e roçou os lábios na curva macia do pescoço dela, sentindo o arrepio delicado que subiu pela pele. Depois, deslizou um beijo lento até o ventre arredondado, descansando ali por um instante. A mão pousou com carinho sobre a barriga, e ele sussurrou, baixo, como um segredo só para os dois:
— Bom dia, campeão.
Isabella se moveu levemente, mas continuou adormecida, e Lorenzo, com todo o cuidado para não despertá-la, afastou-se devagar. Levantou-se, deixando que o ar fresco roçasse a pele, e caminhou nu até o banheiro.
O banho foi rápido, mas a água quente lhe trouxe uma energia nova. Ao sair, enrolou a toalha na cintura e voltou para o quarto, ainda secando os cabelos com uma das mãos. Parou na porta por um segundo, só para registrar a cena. Isabella sentada na cama, o lençol branco enrolado em volta do corpo, o cabelo bagunçado, e um bico irresistível nos lábios.
Ele sorriu, atravessou o quarto com passos lentos e, inclinando-se sobre ela, deixando o tom de brincadeira carregar a pergunta:
— E por que minha princesa está com esse bico?
Isabella ergueu os olhos para ele, meio fingindo ofensa, meio rindo por dentro.
— Eu queria ter acordado com você…
Lorenzo não resistiu e gargalhou, aquela risada grave que fazia o peito dele vibrar.
— Tão manhosa… — disse, beijando seus lábios.
Ela, porém, não manteve o bico por muito tempo. Um sorriso travesso apareceu no canto da boca, e, sem dizer nada, mordeu levemente o lábio antes de puxá-lo pela toalha. O tecido cedeu um pouco sob a pressão dos dedos dela, e Lorenzo se inclinou novamente para outro beijo.
Foi um beijo lento no início, como quem prova um sabor conhecido mas sempre surpreendente, e depois mais firme, com aquele toque de urgência que os dois reconheciam bem. Quando se afastaram apenas o suficiente para respirar, Lorenzo manteve os olhos fechados e sorriu.
— O que minha princesa quer? — perguntou, com a voz baixa, rouca.
— Você… — ela respondeu, simples, sem hesitar, com o olhar brilhando e a ponta dos dedos ainda prendendo a toalha na cintura dele.
Lorenzo abriu os olhos e deixou que o sorriso se alargasse.
— Então é isso que você vai ter… — disse, antes de voltar a capturar os lábios dela, já se preparando para que aquela manhã fosse mais demorada do que o planejado.


VERIFYCAPTCHA_LABEL
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar