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A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar romance Capítulo 176

O silêncio que veio depois parecia ter um peso bom, daqueles que abraçam. Só se ouvia o som suave da respiração deles, ainda um pouco acelerada, misturada ao batimento firme do coração de Lorenzo sob o ouvido de Isabella.

Ele passou a palma da mão pelas costas dela, em movimentos lentos, quase preguiçosos, como quem não tinha pressa de deixar o momento escapar. Beijou o topo da cabeça dela e deixou um sorriso se formar nos lábios.

— Se todas as manhãs começarem assim… — murmurou, com a voz grave e baixa, como se fosse um segredo compartilhado apenas entre eles.

Isabella ergueu o rosto para encará-lo, com um sorriso preguiçoso nos lábios.

— Você ia acabar mal acostumado… — provocou, passando a ponta do dedo pelo maxilar dele.

Lorenzo arqueou uma sobrancelha, e a encarou com um ar de desafio brilhando nos olhos.

— Eu já estou. — respondeu, simples, e antes que ela pudesse retrucar, ele se inclinou para roubar mais um beijo, suave, mas carregado daquela intimidade que só quem conhece cada curva, cada suspiro, consegue oferecer.

Ela suspirou contra a boca dele, com os lábios ainda sensíveis, e se aconchegou de novo no peito dele. Lorenzo aproveitou para enlaçá-la com mais firmeza, como se dissesse sem palavras que não pretendia soltá-la tão cedo.

— Eu queria ficar aqui o dia inteiro. — ela confessou, num tom quase infantil.

— Então fica. — ele retrucou de imediato, sério, como se fosse a coisa mais simples do mundo. — O mundo lá fora pode esperar.

Isabella riu baixinho, sabendo que ele falava sério, mas também conhecendo o homem ocupado que ele era. Ainda assim, naquele instante, não havia telefone, compromissos ou qualquer urgência que pudesse competir com o calor daquele quarto.

Ela passou a ponta dos dedos pelo peito dele, parando sobre a cicatriz discreta ao lado esquerdo.

— Um dia você vai me contar a história dessa marca. — disse, com um olhar curioso.

Lorenzo sorriu de canto.

— Um dia. — prometeu, e beijou a ponta do nariz dela. — Mas por enquanto, quero que minha princesa me conte por que acordou com aquele bico tão lindo.

— Talvez… — ela começou, com um sorriso travesso, — seja porque eu queria acordar exatamente assim.

Lorenzo gargalhou baixinho, apertando-a mais contra si.

— Então vamos garantir que amanhã seja igual. — disse, num tom que misturava promessa e provocação.

— Vamos antes que Maria ache que dormimos o dia todo e que nossa princesa acabe abrindo essa porta desesperada. — Isabella disse, prendendo o cabelo de qualquer jeito.

Isabella se levantou caminhando até o banheiro, onde os dois tomaram banho depois de fazerem amor novamente. Ela vestiu um vestido leve e ele uma calça de moletom cinza, e uma camisa de malha, ia chegar mais tarde na empresa naquele dia.

— Eu não me importaria de passar o dia inteiro trancado com você. — Lorenzo disse, pegando-a pela cintura e roubando mais um beijo rápido antes de abrir a porta.

Desceram juntos pelo corredor amplo, ainda sentindo no corpo o resquício do que haviam acabado de viver. O cheiro de café fresco e pão assado vinha da cozinha, misturado àquele burburinho típico das manhãs na casa, com vozes ao fundo e risadas contidas.

Assim que atravessaram o batente, ouviram passos apressados e, num piscar de olhos, uma bolinha de energia chamada Aurora veio correndo pelo corredor.

— Papai! Mamãe! — ela gritou, jogando-se nos braços dos dois ao mesmo tempo, enquanto o sorriso iluminava todo o rostinho.

Lorenzo a ergueu sem esforço, e ela abraçou os dois pelo pescoço como se quisesse colá-los para sempre.

— Eu não fui dar bom dia mais cedo porque a tia Giulia e a tia Bia falaram que vocês precisavam ficar sozinhos! — anunciou, com a sinceridade absoluta de uma criança.

Isabella sentiu o calor subir pelas bochechas e desviou o olhar, primeiro para Giulia, que estava encostada no balcão com um sorriso malicioso, e depois para Beatriz, que quase se engasgava com o café tentando não rir.

— Ah… foi? — Isabella tentou disfarçar, ajeitando o cabelo de Aurora.

Lorenzo, por outro lado, gargalhou alto, aquele som grave e cheio que enchia a cozinha inteira.

Capítulo 176 - A vida é feita de Momentos 1

Capítulo 176 - A vida é feita de Momentos 2

Capítulo 176 - A vida é feita de Momentos 3

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