O alívio me atingiu como uma onda, tão intenso que quase caí da cadeira. Christian estava acordado. Seus olhos, mesmo embaçados pela medicação e confusão, estavam abertos e me olhando. Ele estava vivo, consciente, falando comigo.
— Christian — murmurei, minha voz embargada pelas lágrimas que não conseguia conter. — Graças a Deus, você está bem.
Ele piscou lentamente, como se estivesse tentando focar melhor em mim, e tentou se mexer na cama. Uma careta de dor passou por seu rosto.
— Devagar — disse rapidamente, me aproximando mais. — Você passou por uma cirurgia. Não se mova muito.
— Você... — sua voz estava rouca, provavelmente pelos tubos que haviam retirado recentemente. — Você está aqui.
Havia algo na forma como ele disse isso, uma mistura de surpresa e alívio que me fez perceber que talvez ele não esperasse me ver ali. Afinal, nossa última interação havia sido uma briga terrível. Eu o havia acusado de não confiar em mim, e ele havia saído do meu apartamento acreditando que eu o havia traído.
Fiquei parada ao lado da cama, subitamente insegura. Queria mais do que tudo me jogar em seus braços, abraçá-lo, sentir que ele estava realmente bem. Mas não sabia se tinha o direito de fazer isso. Não sabia se ele ainda estava magoado comigo.
— Eu... — comecei, então parei, não sabendo bem o que dizer. — Eu não sabia se você ia querer me ver aqui.
Christian franziu o cenho, claramente confuso.
— Por que eu não ia querer...? — Ele parou no meio da frase, e vi quando a memória voltou. A compreensão passou por seus olhos como uma nuvem. — A briga. As garrafas de vinho.
— É — sussurrei, desviando o olhar. — Eu entenderia se você não quisesse...
Mas antes que pudesse terminar a frase, vi Christian tentando levantar os braços em minha direção. O movimento era lento e claramente doloroso, mas a intenção era inequívoca. Ele queria me abraçar.
Não hesitei mais. Cuidadosamente, me inclinei sobre a cama e me aninhei em seus braços, tomando cuidado para não pressionar nenhum dos seus ferimentos. Senti seus braços se fecharem ao meu redor, fracos mas firmes, e finalmente me permiti desabar completamente.
— Eu pensei que tinha perdido você — solucei contra seu pescoço. — Quando Anne me contou sobre o acidente, eu achei que... achei que...
— Hey — ele murmurou, sua mão acariciando meu cabelo com movimentos lentos. — Estou aqui. Estou bem. E você... Você... Você está grávida? Nós vamos...?
— Não queria que você descobrisse assim — disse entre lágrimas, todas as palavras que havia ensaiado saindo de uma vez. — Sobre o bebê. Eu tinha preparado o jantar, tinha planejado tudo, queria que fosse especial...
— E eu saí de lá como um idiota completo — Christian completou, sua voz carregada de arrependimento.
Afastei-me ligeiramente para olhar em seus olhos, procurando por qualquer sinal de raiva ou ressentimento. Mas tudo o que vi foi amor e remorso.
— Você se lembra? — perguntei hesitantemente. — De tudo que aconteceu?
— Estou consciente de tudo — disse ele, sua mão subindo para tocar meu rosto. — Inclusive da forma terrível como te tratei. Como pude duvidar de você depois de tudo que vivemos juntos?
— Christian...
— Hey — ele me interrompeu suavemente. — Primeiro, me perdoa por ter sido covarde demais. Por ter deixado meus traumas do passado interferirem no que temos.
— Você não precisa se desculpar por...
— Preciso sim. — Sua mão encontrou a minha e a apertou. — Zoey, eu te amo. E se você está carregando nosso filho, então é a coisa mais incrível que poderia acontecer.
Meu coração saltou de alegria ao ouvir suas palavras, mas uma parte de mim ainda estava hesitante.
— Mas você sempre disse...
— Eu disse muitas coisas estúpidas — ele admitiu. — Disse que não queria filhos porque achava que não seria um bom pai. Porque tinha medo de repetir os erros dos meus pais. Mas isso foi antes de você. Antes de descobrir que tipo de homem eu podia ser quando estava com a pessoa certa. Mas eu amo você. Eu amo vocês.
Lágrimas de felicidade começaram a cair novamente. Todas as minhas preocupações sobre como ele reagiria estavam se dissolvendo diante dos seus olhos cheios de amor.
— E eu amo você — admiti. — Desculpa não ter dito isso antes. Mas eu estava com medo de estar realmente grávida porque ainda não sabia com certeza, e de como você lidaria com isso. Estava com medo de que fosse cedo demais, de que você se sentisse preso...
Christian franziu o cenho ligeiramente, sua cabeça ainda claramente processando tudo.
— Medo de mim?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...