O silêncio que se seguiu às palavras de Christian pareceu se estender para sempre. Encarei seu rosto machucado, tentando processar o que ele havia acabado de me dizer. Não foi um acidente. Alguém havia tentado matá-lo deliberadamente.
— Como você pode ter certeza? — perguntei finalmente, minha voz saindo mais fraca do que pretendia.
Christian fechou os olhos por um momento, como se estivesse revivendo a noite terrível.
— Porque o carro estava me seguindo — disse lentamente. — Quando saí do seu apartamento, eu percebi que havia um SUV escuro atrás de mim há várias quadras.
Senti um arrepio percorrer minha espinha.
— Você tem certeza de que era o mesmo carro?
— Absoluta. — Ele abriu os olhos, me encarando com uma seriedade que me deixou ainda mais assustada. — No começo achei que fosse coincidência. Afinal, as ruas do Rio são movimentadas, mesmo à noite. Mas quando comecei a prestar atenção, percebi que ele estava mantendo distância, mas sempre ali.
Christian tentou se ajustar melhor na cama, uma careta passando por seu rosto com o movimento.
— Enquanto eu estava dirigindo em direção ao Hotel Milani, tudo parecia normal. O carro mantinha distância, quase como se estivesse apenas... observando. Quero dizer, na hora, eu não me dei conta claramente. Podíamos apenas estar indo na mesma direção. Mas quando eu tomei a decisão de voltar para você, quando fiz o contorno...
— O que aconteceu? — perguntei, embora parte de mim não quisesse saber a resposta.
— Foi como se alguém tivesse ativado um interruptor — disse Christian, sua voz ficando mais tensa. — O SUV acelerou imediatamente. Veio direto para mim, sem nenhuma tentativa de frear ou desviar. Como se a pessoa ao volante quisesse especificamente me impedir de voltar para você.
O medo que senti foi tão intenso que quase me deixou nauseada. Alguém havia estado observando Christian, esperando, e quando ele decidiu consertar nosso relacionamento, essa pessoa agiu.
— É como se alguém nos quisesse separados a qualquer custo — murmurei, mais para mim mesma do que para ele.
— É mais do que isso — disse Christian, sua voz ficando mais sombria. — É como se alguém não quisesse que eu descobrisse a verdade sobre a questão da sabotagem. Pensa bem, Zoey. Enquanto estávamos brigados, enquanto eu acreditava que você havia me traído, quem se beneficiava?
A realização me atingiu como um raio.
— Se você continuasse acreditando que eu era culpada...
— Eles ficariam livres para continuar o que estavam fazendo — completou Christian. — Seja lá o que for que estão planejando, precisavam que eu não confiasse em você. Precisavam nos manter separados.
Minha mente começou a trabalhar rapidamente, conectando pontos que antes pareciam isolados.
— Christian, eu tenho acesso ao Eduardo. À Vale do Sol. Ele realmente acredita que fui eu quem passou as informações para ele. Os e-mails que ele me mostrou realmente vieram com meu nome, minha assinatura.
— O que significa que quem quer que esteja por trás disso tem acesso a informações detalhadas sobre você e sobre mim.
— Então isso vai muito além de simples sabotagem industrial — afirmei, sentindo um peso crescer no meu peito.
— Absolutamente não — disse Christian imediatamente. — Você não vai se colocar em perigo dessa forma.
— Christian, sou a única que tem acesso direto à Vale do Sol — argumentei. — Eduardo confia em mim, ou pelo menos acredita que sou sua colaboradora. Posso descobrir coisas que de outra forma seriam impossíveis.
— E se for uma armadilha? E se quem está por trás disso estiver esperando exatamente isso?
A pergunta dele me fez hesitar por um momento. Era uma possibilidade real. Mas também era nossa melhor chance de descobrir a verdade.
— Então vamos ter que arriscar — disse finalmente. — Porque a alternativa é ficarmos parados enquanto essa pessoa planeja o próximo ataque.
— Uma coisa de cada vez — disse Christian, puxando minha mão para mais perto e beijando meus dedos. — Primeiro, preciso me recuperar. Depois, vamos descobrir quem está tentando destruir nossa família.
— Nossa família — repeti, colocando a mão livre sobre meu abdômen. — Gosto de como isso soa.
— Eu também — disse Christian, seus olhos suavizando pela primeira vez desde que começamos a conversa sobre o acidente. — E vou fazer qualquer coisa para protegê-la. Qualquer coisa.
Olhei para o homem que amava, machucado mas determinado, e soube que enfrentaríamos isso juntos. Não importava quem estava tentando nos separar ou por quê. Eles haviam subestimado nossa força quando unidos.
E isso seria o erro deles.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...