Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 29

Resumo de Capítulo 29: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo de Capítulo 29 – Uma virada em Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel

Capítulo 29 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Corri. Sem destino, sem direção, apenas para longe daquela cena. Para longe dele.

A imagem de Christian e Francesca no bar, tão próximos, seus lábios quase se tocando, queimava em minha mente como um ferro em brasa. "Não se preocupe. Está tudo acabado", ele tinha dito antes de sair. Agora eu entendia o que aquelas palavras realmente significavam.

Não deveria me importar. Era um acordo, apenas um acordo. Christian Bellucci não me devia fidelidade, não me devia nada além do que tínhamos combinado. Então por que meu peito doía como se tivesse levado um soco? Por que minha visão estava embaçada pelas lágrimas que insistiam em cair?

Meus passos me levaram pelos jardins, depois pelos vinhedos, o luar iluminando meu caminho entre as fileiras de parreiras. O vestido azul que parecia tão perfeito horas atrás agora se enroscava entre meus joelhos, atrapalhando minha fuga. Não que importasse para onde eu estava indo. Não havia para onde fugir de mim mesma, das minhas próprias emoções traiçoeiras.

Parei finalmente, ofegante, em um pequeno mirante no topo de uma colina. Dali podia ver a mansão iluminada, o evento dos influenciadores ainda acontecendo, pequenas figuras se movendo como formigas coloridas. Como era possível parecer tão distante e tão sufocante ao mesmo tempo?

— Uma vista e tanto, não é?

A voz profunda me sobressaltou. Giuseppe Bellucci estava a poucos passos de distância, olhando para a mesma paisagem que eu, suas mãos apoiadas em uma bengala que eu nunca tinha visto antes.

— Senhor Bellucci... — murmurei, rapidamente tentando secar as lágrimas. — Eu não sabia que o senhor estava aqui.

— Este é meu lugar favorito em toda a propriedade. — Ele se aproximou lentamente, a bengala fazendo um som suave contra o chão de pedra. — Venho aqui todas as noites, quando o tempo permite. Ajuda a clarear a mente.

Assenti, sem saber o que dizer. Será que ele tinha percebido meu estado? O vestido desalinhado, os olhos vermelhos, a maquiagem provavelmente arruinada?

— Christian disse que você não gosta de multidões. — Ele olhou brevemente para mim. — É um traço da minha falecida esposa também. Ela preferia a companhia das vinhas à de pessoas.

— Sinto muito pela sua perda — respondi automaticamente.

Giuseppe sorriu, um sorriso que transformou completamente seu rosto severo.

— Foi há muito tempo. Quase vinte anos agora. — Ele olhou novamente para o horizonte. — Mas algumas pessoas nunca nos deixam realmente, não é?

Não soube o que responder, então apenas fiquei em silêncio, sentindo-me desconfortável, como uma intrusa em um momento íntimo.

— Sabe, quando Christian era menino — Giuseppe continuou, aparentemente não incomodado com meu silêncio — ele vinha até aqui comigo. Sentávamo-nos naquele banco ali e eu lhe contava histórias sobre cada parcela de vinhedo que podíamos ver. Como cada área tem seu próprio caráter, sua própria personalidade.

Olhei para o banco de pedra que ele indicou, imaginando Christian criança, absorvendo as lições de seu avô, crescendo com o peso do legado Bellucci sobre seus pequenos ombros.

— Ele é um bom homem, minha querida. — O tom de Giuseppe era quase paternal agora. — Nem sempre sabe demonstrar o que sente, mas tem um coração bom.

Meu estômago se contraiu. Giuseppe estava tentando me tranquilizar, acreditando que minha fuga do palco tinha sido por insegurança, não por estar apavorada com a mentira que vivíamos.

— O senhor deve ser muito orgulhoso dele — comentei baixinho.

— Mais do que ele imagina. — Giuseppe olhou nos meus olhos, aquele olhar penetrante que parecia enxergar minha alma. — Quando o vi com você, Zoey, vi algo que não via há muito tempo. Um brilho diferente nos olhos dele.

Senti meu rosto esquentar. Se Giuseppe soubesse a verdade... se soubesse que tudo era uma farsa, um acordo comercial disfarçado de romance...

— Ele foi ferido profundamente, sabe. — Sua voz baixou um tom. — Aquela mulher, Francesca... ela quase destruiu não apenas os negócios, mas o Christian. O que ela fez...

Meu coração acelerou. Então Giuseppe também odiava Francesca. O que diria se soubesse que, neste exato momento, ela provavelmente estava nos braços de seu neto?

— Finalmente ele encontrou alguém digno da família Bellucci. — Giuseppe sorriu novamente, colocando uma mão enrugada sobre a minha. — Alguém autêntico. Eu reconheço isso quando vejo, minha querida. É um dom que desenvolvi depois de décadas negociando.

Cada palavra dele era como uma pequena adaga. Digna da família Bellucci? Eu, uma vendedora de vestidos com dívidas, de uma família simples, que nunca tinha viajado para fora do país? Que não entendia nada sobre vinhos ou negócios internacionais? Que estava ali apenas por um acordo financeiro?

E autêntica? A ironia era quase dolorosa. Nada em nossa situação era autêntico.

— Obrigada — consegui murmurar, sentindo-me a pior pessoa do mundo.

— No mirante dele?

— Sim. Ele... falou muito bem de você.

Um sorriso triste passou pelos lábios de Christian.

— Ele costumava me levar lá quando eu era criança. Para me ensinar sobre os vinhedos.

— Ele mencionou isso.

Novamente o silêncio. Havia tantas coisas não ditas entre nós, tantas perguntas, tantas emoções confusas.

— Vou dormir — anunciei finalmente. — Amanhã será um longo dia.

Christian assentiu, levantando-se.

— Eu vou... — Ele olhou para o sofá, depois para mim, como se quisesse dizer algo mais. Mas apenas suspirou. — Boa noite, Zoey.

— Boa noite.

Deitei-me na cama, puxando as cobertas até o queixo, ouvindo os sons suaves de Christian se ajeitando no sofá. O luxo que me cercava – os lençóis de seda, o teto alto, a vista deslumbrante pela janela – tudo isso parecia agora uma zombaria do meu estado interior.

Como tudo tinha se transformado em uma tragédia tão rapidamente? Há alguns dias, eu era apenas uma vendedora de vestidos tentando ajudar minha família. Agora estava enredada em mentiras, fingindo ser a noiva de um homem que claramente ainda amava sua ex, tendo conversas íntimas com um idoso que depositava em mim esperanças que jamais poderia cumprir.

Amanhã iríamos embora. De volta às nossas vidas separadas. Christian com seu império do vinho e sua ex-namorada traiçoeira, eu com minhas contas a pagar e vestidos para vender. Era melhor assim. Era o plano desde o início.

Então por que a ideia de nunca mais vê-lo fazia meu peito doer mais do que qualquer traição?

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