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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 311

A primeira coisa que registrei ao começar a voltar à consciência foi uma dor de cabeça absurda, como se alguém estivesse martelando repetidamente dentro do meu crânio. Em seguida veio a tontura - uma sensação nauseante de que o mundo estava girando em círculos lentos e irregulares, acompanhada de uma vontade desesperadora de vomitar que se intensificava a cada pequeno movimento que tentava fazer.

Tentei me orientar, piscando várias vezes para tentar focar a visão que parecia embaçada nas bordas. Onde estava? A última lembrança clara que tinha era de estar na festa do Hotel Milani, conversando com Tori, me sentindo progressivamente mal... e então? Nada. Um vazio completo na memória que me assustava tanto quanto minha condição física atual.

Olhei ao redor lentamente, cada movimento da cabeça enviando ondas de dor através do meu crânio. Estava em um quarto. Um quarto de hotel, pelo que conseguia distinguir através da visão turva. As cortinas estavam fechadas, bloqueando qualquer luz natural que pudesse me ajudar a estimar o horário. Uma única lâmpada de cabeceira fornecia iluminação suave, criando sombras que dançavam de forma perturbadora nas bordas da minha visão comprometida.

Tinha subido com Nate? Mas se fosse isso, onde ele estava agora? Por que me sentia como se tivesse sido atropelada por um caminhão? Não me lembrava de ter bebido tanto assim durante a festa. Apenas uma taça de vinho. Não era suficiente para me deixar nesse estado deploravelmente debilitado.

Tentei me concentrar, forçando minha mente confusa a repassar os eventos da noite. Lembrava de ter conversado com aquele homem alemão... Klaus. Klaus Reinhardt. Ele havia me oferecido vinho, tínhamos conversado, e então...

Foi quando ouvi uma voz masculina vinda do outro lado do quarto, próxima a uma mesa onde não havia notado antes que alguém estava sentado.

— Relaxa, ela ainda está apagada — dizia a voz ao telefone, mastigando algo audível entre as palavras.

Meu sangue gelou. Onde estava o sotaque alemão refinado? A voz que ouvia agora era completamente diferente - mais áspera, com um sotaque que definitivamente não era alemão. Era como se Klaus Reinhardt tivesse sido substituído por uma pessoa completamente diferente.

— Eu só vou terminar esse banquete e depois... — a voz continuou, seguida por uma risada baixa que me fez sentir ainda mais enjoada — depois eu tenho a sobremesa esperando por mim.

A realização do que ele estava insinuando me atingiu como um soco no estômago. A vontade de vomitar se intensificou dramaticamente, não mais pela dor de cabeça ou tontura, mas por puro terror.

Precisava sair dali. Precisava sair dali agora, neste exato momento, antes que ele terminasse sua conversa telefônica e decidisse que era hora da tal "sobremesa". Mas meu corpo não estava cooperando adequadamente com os comandos desesperados que minha mente estava enviando. Meus membros pareciam pesados e descoordenados, como se estivessem desconectados do meu cérebro.

Olhei discretamente ao redor, tentando não fazer movimentos bruscos que pudessem chamar sua atenção. Meu celular estava na mesinha de cabeceira, bem ao lado da cama. Deveria ser simples - apenas esticar o braço e pegar. Mas meu braço parecia ter vida própria, mole e descoordenado como se estivesse com uma câimbra estranha que se estendia por todo o membro.

Antes que pudesse reagir ou tentar me afastar, ele se aproximou ainda mais e me beijou forçadamente. Tentei me debater, tentei lutar contra ele, mas meu corpo estava funcionando em apenas uma fração de sua capacidade normal. Era como estar presa em um pesadelo onde você tenta correr mas suas pernas não obedecem, onde você tenta gritar mas nenhum som sai.

Foi então que a terrível realização me atingiu completamente. Não tinha bebido demais na festa. Alguém havia colocado alguma substância na minha bebida. Todo esse cenário, toda essa situação - tinha sido cuidadosamente planejada e orquestrada. Eu não era uma vítima de circunstâncias, era alvo de um plano deliberado.

— Não gosto muito quando vocês ficam... frias na cama, se é que me entende — disse ele, sua respiração quente e repugnante contra meu rosto. — Prefiro quando há um pouco de... agitação.

Ele me empurrou violentamente contra a cama, e minha cabeça bateu na cabeceira com força suficiente para fazer estrelas explodirem atrás das minhas pálpebras fechadas. A dor foi tão intensa que por um momento não consegui distinguir se o som de explosões que ouvia vinha de fogos de artifício lá fora, celebrando a chegada do novo ano, ou se era o som literal da minha cabeça se rachando.

— Me larga — tentei dizer, mas minha voz saiu fraca e arrastada, praticamente inaudível.

— Te largar? — ele riu, uma risada que não continha nem um vestígio de humanidade. — Mas a diversão está apenas começando.

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