~ Nathaniel ~
A cena que se revelou quando entramos no quarto foi algo que nunca esquecerei pelo resto da minha vida. Um homem estava sobre Anne, forçando-se sobre ela enquanto ela tentava se defender com movimentos fracos e descoordenados. Era óbvio que ela estava sob efeito de alguma substância - seus movimentos eram lentos, sua resistência limitada, mas ainda assim ela lutava com toda força que lhe restava.
O que senti naquele momento transcendeu qualquer raiva que já havia experimentado. Era uma fúria primitiva, visceral, que me consumiu instantaneamente e obliterou qualquer pensamento racional.
Não houve hesitação, não houve pensamento racional. Avancei sobre o homem como um animal ferido protegendo sua companheira, agarrando-o pelos ombros com uma força que não sabia que possuía e o puxando violentamente para longe de Anne. Ele caiu no chão com um baque surdo que ecoou pelo quarto, claramente surpreso pela interrupção súbita, seus olhos arregalados em choque. Mas antes que pudesse reagir adequadamente ou tentar se levantar, meu punho já estava conectando com seu rosto com toda a força que consegui reunir. O som do impacto foi satisfatório de uma forma primitiva e selvagem. Senti seus dentes cortando meus nós dos dedos, o sangue - dele ou meu, não importava - escorrendo, mas a dor física era insignificante comparada à raiva que me consumia completamente. Era como se todos os instintos civilizados tivessem sido completamente suprimidos por algo muito mais antigo e fundamental.
— Nate... — ouvi Anne murmurar fracamente, sua voz arrastada e quase inaudível.
O som do meu nome na boca dela me distraiu por apenas um segundo, mas foi o suficiente para o homem se recuperar e acertar um soco no meu rosto. A dor foi imediata e intensa, fazendo estrelas explodirem atrás das minhas pálpebras, mas não diminuiu nem um pouco a adrenalina que corria pelas minhas veias.
Voltei para cima dele com ainda mais ferocidade, acertando-o no estômago e depois novamente no rosto. Ele tentou se defender, mas estava claramente em desvantagem - eu tinha motivação.
— Vou matá-lo! — gritei, perdendo completamente o controle. — Vou matar esse filho da puta!
Antes que pudesse causar danos reais, senti várias mãos me puxando para trás. Os seguranças do hotel haviam chegado e estavam tentando me separar do agressor, enquanto outros controlavam o homem que já estava sangrando e visivelmente atordoado.
— Nate! — Tori apareceu ao meu lado, segurando meu braço com força. — Tirem ele dali! Agora! — ela gritou para os seguranças, apontando para o homem. — E todo mundo sai do quarto! — ordenou com uma autoridade que não sabia que minha irmã possuía.
Charles fez um sinal para que todos a atendessem. Os seguranças arrastaram o agressor para fora, ainda semiconsciente, enquanto Tori praticamente empurrou Charles e os outros funcionários para a sala anexa.
— Fechem a porta — instruiu Tori. — Deem privacidade para eles.
A porta se fechou, deixando-me finalmente sozinho com Anne. O silêncio que se seguiu foi quebrado apenas por sua respiração irregular e pelos sons abafados de movimento na sala ao lado.
— Nate... — Anne sussurrou novamente, tentando se sentar na cama.
Corri até ela, pegando rapidamente um lençol limpo que estava dobrado numa poltrona próxima e a cobrindo com cuidado. Queria preservar sua dignidade e mantê-la aquecida. Peguei uma garrafa de água no frigobar e me deitei cuidadosamente ao lado dela na cama, ajudando-a a se apoiar contra meu peito.
— Devagar — murmurei, levando a garrafa aos lábios dela. — Pequenos goles.
— Como você me achou? — ela perguntou após alguns minutos de silêncio, sua voz ligeiramente mais clara.
— Alcachofra — respondi simplesmente.
Anne soltou um pequeno risinho fraco, o primeiro som próximo à alívio que ouvi dela desde que a encontrei.
— Você entendeu — disse, parecendo quase surpresa.
— Eu entendi — confirmei, apertando-a um pouco mais contra meu peito. — Sempre vou entender quando você precisar de mim.
Ficamos em silêncio por mais alguns minutos, Anne gradualmente relaxando contra mim conforme o choque inicial começava a diminuir. Eu continuava acariciando seus cabelos, ocasionalmente sussurrando palavras de conforto, tentando fazê-la se sentir segura novamente.
Foi quando uma pequena batida suave na porta interrompeu nosso momento de tranquilidade relativa. Tori colocou a cabeça cautelosamente para dentro do quarto.
— A polícia quer falar com vocês — disse suavemente.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...