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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 344

A madrugada na clínica veterinária de emergência passou como um borrão de ansiedade, procedimentos médicos e orações silenciosas. Ficamos na sala de espera até o veterinário responsável, Dr. Mitchell, sair para nos dar as primeiras informações sobre o estado de Ginger. Suas palavras trouxeram alívio, mas também uma preocupação adicional que não esperávamos.

— Ela é uma menina muito esperta — disse Dr. Mitchell, limpando as mãos em uma toalha depois de examinar nossa cachorrinha. — Pelo que pudemos determinar, ela comeu apenas um pequeno pedaço do chocolate e aparentemente percebeu que estava fazendo mal, então parou de comer. Talvez algo no cheiro ou no gosto. Isso provavelmente salvou a vida dela.

Senti lágrimas de alívio começarem a se formar nos meus olhos. Nossa Ginger, sempre intuitiva, havia sido inteligente o suficiente para parar quando sentiu que algo estava errado.

— Realizamos todos os procedimentos padrão para intoxicação por chocolate — continuou o veterinário. — Induzimos vômito, administramos carvão ativado, estabelecemos fluidos intravenosos para ajudar a eliminar as toxinas do sistema dela. Ela vai ficar bem, mas há algo que me preocupa.

Meu coração apertou novamente. Sempre havia um "mas" nessas situações.

— Os sintomas não estão batendo completamente com uma intoxicação simples por chocolate — explicou Dr. Mitchell, franzindo ligeiramente as sobrancelhas. — É como se houvesse algo mais ali, algo que não conseguimos identificar imediatamente. Por precaução, vamos mantê-la internada para observação durante a noite, e enviamos amostras do chocolate para análise laboratorial completa.

— Algo mais? Como assim? — Nate perguntou, sua voz carregada de tensão crescente.

— Pode ser apenas uma reação individual mais severa, ou pode indicar a presença de outras substâncias tóxicas. O laboratório nos dará respostas definitivas.

Oliver, que havia permanecido em silêncio profissional durante toda a explicação, se adiantou.

— Dr. Mitchell, sou veterinário também. Seria possível eu ficar com ela durante a noite? Para observação adicional?

— Claro — respondeu Dr. Mitchell com alívio evidente. — Na verdade, seria muito útil ter outro profissional monitorando ela. Especialmente alguém que conhece seu comportamento normal.

Aquilo nos tranquilizou consideravelmente. Saber que Oliver, com toda sua experiência e amor por Ginger, estaria ao lado dela durante a noite crítica nos deu a paz mental necessária para voltarmos para casa e tentarmos descansar algumas horas.

Mesmo assim, dormi muito pouco. Cada vez que fechava os olhos, via a imagem de Ginger fraca e sem forças no sofá, sua cabecinha caindo quando tentava nos cumprimentar.

Quando o telefone tocou no meio da manhã, eram quase onze horas. E apesar da madrugada cheia, eu já estava acordada a um bom tempo. Oliver havia prometido ligar assim que tivesse notícias definitivas sobre o estado dela.

— Anne? — A voz de Oliver soou cansada mas animada. — Ela está muito melhor. Ativa, responsiva, até comeu um pouco da ração especial que oferecemos. Vocês podem vir buscá-la.

Nate e eu nos vestimos rapidamente e corremos para a clínica como se nossas vidas dependessem disso. Quando chegamos, Dr. Mitchell nos recebeu com um sorriso, mas também com uma expressão que indicava que havia novidades importantes.

O silêncio no quarto foi pesado. Nate me puxou para mais perto, seus braços me envolvendo numa proteção instintiva, enquanto Oliver e Dr. Mitchell processavam as implicações do que eu acabara de dizer.

— A polícia já foi avisada — informou Dr. Mitchell. — É um procedimento padrão em casos de possível envenenamento intencional. Eles vão querer falar com vocês e examinar as evidências.

Nate murmurou baixinho, sua voz carregada de uma satisfação sombria:

— Sabe o que isso significa, não sabe? Os cinco anos de Alessandra por manipulação de mercado... vão virar prisão perpétua. Temos os chocolates, os laudos laboratoriais, o sangue da Ginger como evidência, as gravações de segurança mostrando a invasão de propriedade... tudo.

— Mesmo? — perguntei, olhando para ele com uma mistura de esperança e incredulidade.

— Mesmo — confirmou Nate, se abaixando para fazer carinho em Ginger, que havia se deitado entre nós. — Temos uma pequena heroína aqui. Ela não só salvou sua vida como conseguiu executar um plano muito melhor que o nosso. Agora temos evidências irrefutáveis de tentativa de homicídio.

Comecei a rir e chorar ao mesmo tempo enquanto acariciava o pelo macio de Ginger. A emoção era intensa demais - alívio por ela estar bem, gratidão por ter salvado minha vida sem nem saber, e uma admiração profunda pela intuição que a havia protegido.

— Ela é perfeita — disse através das lágrimas, beijando o topo da cabeça peluda da nossa heroína. — E nunca mais vai ficar nem dois minutos sozinha em casa! Nunca mais!

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