Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 360

~ MAITÊ ~

Acordo com o sol entrando pelas enormes janelas de vidro do chalé. O som das ondas batendo suavemente contra as palafitas se mistura com o canto distante de pássaros, criando uma trilha sonora perfeita para o que parece ser um sonho.

Por um momento, apenas deito ali absorvendo a vista: o mar azul-turquesa se estendendo infinitamente até o horizonte, tão cristalino que posso ver o fundo arenoso mesmo a essa distância da superfície. É impossível não sentir que acordei em um cartão-postal.

Quando finalmente me levanto e caminho até a varanda, encontro Apolo já acordado, vestindo apenas uma bermuda de banho que realça ainda mais seu físico impressionante, tomando café em uma mesa que claramente foi preparada pelo serviço de quarto. Ele está completamente relaxado, lendo algo no tablet enquanto ocasionalmente olha para a paisagem, como se acordar em um paraíso tropical fosse apenas mais um dia comum em sua vida.

"Quem é esse homem?", penso enquanto o observo. Ele não parece apenas confortável naquele luxo - parece pertencer a ele, como se fosse o dono do resort e não um hóspede como eu.

— Bom dia, Afrodite — ele sorri quando me vê, e aquele sorriso ainda me desarma completamente. — Dormiu bem depois do nosso... esclarecimento de madrugada?

— Melhor do que esperava — admito, me servindo de café em uma xícara de porcelana delicada. — E você? Conseguiu voltar a dormir?

— Eventualmente — ele responde, mas há algo em seus olhos que sugere que ele passou um bom tempo acordado.

Nos acomodamos para o café da manhã, e é então que nosso jogo de suposições recomeça naturalmente.

— Aposto que você sempre fica em lugares assim — digo, gesticulando para o cenário ao nosso redor.

— Aposto que você também já ficou em lugares assim antes — ele rebate sem hesitar.

— Aposto que você não sabe nem o nome de metade das pessoas que já dividiram uma mesa de trabalho com você — atiro de volta.

Ele ri, claramente divertido com minha provocação.

— Aposto que você estudou em escola cara, mas fazia cara feia para matemática.

— Como você...? — começo, mas me controlo. Ele acertou em cheio. — Aposto que você coleciona mulheres do mesmo jeito que coleciona ternos caros.

Espero que ele negue, que fique ofendido, que diga alguma coisa. Mas ele apenas sorri daquele jeito enigmático que está se tornando sua marca registrada, sem confirmar nem negar.

— Aposto que você tem medo de estar gostando desse jogo mais do que deveria — ele diz, e sua voz fica mais baixa, mais íntima.

A provocação me atinge em cheio, porque ele está certo novamente. Estou gostando. Gostando demais.

— Aposto que sua sobremesa preferida é cheesecake de frutas vermelhas — disparo, tentando mudar de assunto.

Desta vez ele para completamente, a xícara de café congelada no meio do caminho até a boca.

— O quê? — ele pergunta, e pela primeira vez desde que o conheço, parece genuinamente surpreso. — Como você...?

— Porque você está olhando para o cheesecake — aponto para a fatia intocada no prato de sobremesas — da mesma forma que estava olhando para mim ontem naquele chuveiro.

Ele solta uma gargalhada alta e genuína que ecoa pela água ao redor de nós.

— Você é impressionante — admite. — E perigosa.

— Por quê?

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