~ MAITÊ ~
Estou enrolada em um roupão na varanda, segurando uma taça de vinho que mal toquei, quando ouço a porta do chalé se abrindo. O peso da conversa com Lívia ainda pressiona meu peito como um nó que não consegue se desfazer, e por mais paradisíaco que seja este lugar, nada parece capaz de aliviar a sensação de que estou vivendo em uma bolha prestes a estourar.
É quando ouço passos familiares se aproximando. Apolo entra no chalé com uma energia diferente, quase radiante. Está usando uma camisa leve de linho branco que realça ainda mais o bronzeado que ganhou neste dia sob o sol das Maldivas, e há um sorriso satisfeito no rosto que indica que sua reunião foi bem-sucedida.
— Afrodite! — ele me chama, caminhando na minha direção. — Você nem acredita no que eu vi quando... — para quando me vê. — Ei, o que aconteceu?
Tento esboçar um sorriso, mas sei que não consegui disfarçar completamente o meu humor.
— Nada — respondo, dando de ombros. — Só estava aqui apreciando o pôr do sol.
Ele me observa por um momento, claramente não acreditando na minha resposta evasiva.
— Perdeu a alegria quando eu saí? — provoca, se aproximando da minha cadeira. — Quer que eu prometa nunca mais sair do seu lado?
— Não seja ridículo — respondo, mas não consigo evitar um pequeno sorriso com a provocação dele. — Só estava um pouco cansada.
— Cansada? — Ele arqueia uma sobrancelha. — Do quê? De ficar deitada na cama mais confortável do mundo, olhando para o mar mais bonito que existe?
— As pessoas podem ficar cansadas mesmo no paraíso, Apolo.
— Não no meu paraíso — ele declara com uma confiança exagerada. — Aqui é território livre de cansaço, melancolia, e qualquer outro sentimento que não seja felicidade pura e... prazer.
— Isso não é como as emoções funcionam.
— Ah, não? — Ele cruza os braços, assumindo uma postura teatral. — Então você está me desafiando?
— Não estou te desafiando nada.
— Acho que está sim — insiste, e há um brilho travesso em seus olhos que reconheço como sinal de perigo. — E eu aceito o desafio.
— Que desafio?
— De te fazer sorrir de verdade nos próximos dez segundos.
— Apolo...
— Isso é sério, Afrodite — ele interrompe, assumindo uma postura dramática como se fosse um general prestes a entrar em batalha.
— Se você não sorrir nos próximos dez segundos, vou ter que usar força maior.
— Força maior? — repito, tentando não rir da expressão exageradamente séria no rosto dele.
— Nove segundos.
— Você está sendo ridículo.
— Oito segundos.
— Para com isso.
— Sete. Seis. Cinco...
— Apolo, o que você vai...
— Quatro. Três. Dois...
Antes que eu possa terminar a pergunta ou me preparar para o que quer que ele esteja planejando, Apolo simplesmente me pega no colo, me tirando completamente da cadeira.
— Um! — ele grita triunfante.
— O que você está fazendo? — grito, mas estou rindo agora, não consigo evitar.
— Usando força maior — ele responde, caminhando determinadamente em direção à piscina privativa.
Nos acomodamos nas espreguiçadeiras lado a lado, ainda um pouco molhados, observando o sol se pôr lentamente no horizonte. Há algo reconfortante no silêncio que se estabelece entre nós, não é desconfortável ou tenso. É o tipo de silêncio que só existe entre pessoas que se sentem completamente à vontade uma com a outra.
— Sabe — ele diz depois de um tempo, virando ligeiramente a cabeça na minha direção — você fica ainda mais bonita quando ri de verdade.
— Isso foi uma cantada?
— Foi uma observação.
— Uma observação suspeita.
— Todas as minhas observações sobre você são suspeitas — ele admite. — Mas nem por isso são menos verdadeiras.
Sinto o calor subir pelo meu pescoço. Mesmo depois de tudo que vivemos nestes dias, ele ainda consegue me desarmar com comentários como esse.
— Você não vai perguntar por que eu estava triste? — questiono.
— Não — ele responde sem hesitar. — Se você quisesse me contar, teria contado. E se não quis, deve ter seus motivos. A consideração dele me surpreende. A maioria das pessoas insistiria, pressionaria, faria mil perguntas. Mas Apolo simplesmente respeitou meu espaço e se concentrou em me fazer sentir melhor.
— Obrigada — digo baixinho.
— Pelo quê? — Por me fazer rir. Por não insistir. Por... por ser você.
Ele vira completamente para o lado, me encarando com uma intensidade que faz meu coração acelerar.
— Aposto que você não consegue ficar séria quando eu decido te fazer sorrir — ele diz, e há algo na voz dele que é ao mesmo tempo provocação e promessa.
— É uma aposta perigosa — respondo.
— Por quê?
— Porque você pode estar certo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...