Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 362

~ MAITÊ ~

Estou enrolada em um roupão na varanda, segurando uma taça de vinho que mal toquei, quando ouço a porta do chalé se abrindo. O peso da conversa com Lívia ainda pressiona meu peito como um nó que não consegue se desfazer, e por mais paradisíaco que seja este lugar, nada parece capaz de aliviar a sensação de que estou vivendo em uma bolha prestes a estourar.

É quando ouço passos familiares se aproximando. Apolo entra no chalé com uma energia diferente, quase radiante. Está usando uma camisa leve de linho branco que realça ainda mais o bronzeado que ganhou neste dia sob o sol das Maldivas, e há um sorriso satisfeito no rosto que indica que sua reunião foi bem-sucedida.

— Afrodite! — ele me chama, caminhando na minha direção. — Você nem acredita no que eu vi quando... — para quando me vê. — Ei, o que aconteceu?

Tento esboçar um sorriso, mas sei que não consegui disfarçar completamente o meu humor.

— Nada — respondo, dando de ombros. — Só estava aqui apreciando o pôr do sol.

Ele me observa por um momento, claramente não acreditando na minha resposta evasiva.

— Perdeu a alegria quando eu saí? — provoca, se aproximando da minha cadeira. — Quer que eu prometa nunca mais sair do seu lado?

— Não seja ridículo — respondo, mas não consigo evitar um pequeno sorriso com a provocação dele. — Só estava um pouco cansada.

— Cansada? — Ele arqueia uma sobrancelha. — Do quê? De ficar deitada na cama mais confortável do mundo, olhando para o mar mais bonito que existe?

— As pessoas podem ficar cansadas mesmo no paraíso, Apolo.

— Não no meu paraíso — ele declara com uma confiança exagerada. — Aqui é território livre de cansaço, melancolia, e qualquer outro sentimento que não seja felicidade pura e... prazer.

— Isso não é como as emoções funcionam.

— Ah, não? — Ele cruza os braços, assumindo uma postura teatral. — Então você está me desafiando?

— Não estou te desafiando nada.

— Acho que está sim — insiste, e há um brilho travesso em seus olhos que reconheço como sinal de perigo. — E eu aceito o desafio.

— Que desafio?

— De te fazer sorrir de verdade nos próximos dez segundos.

— Apolo...

— Isso é sério, Afrodite — ele interrompe, assumindo uma postura dramática como se fosse um general prestes a entrar em batalha.

— Se você não sorrir nos próximos dez segundos, vou ter que usar força maior.

— Força maior? — repito, tentando não rir da expressão exageradamente séria no rosto dele.

— Nove segundos.

— Você está sendo ridículo.

— Oito segundos.

— Para com isso.

— Sete. Seis. Cinco...

— Apolo, o que você vai...

— Quatro. Três. Dois...

Antes que eu possa terminar a pergunta ou me preparar para o que quer que ele esteja planejando, Apolo simplesmente me pega no colo, me tirando completamente da cadeira.

— Um! — ele grita triunfante.

— O que você está fazendo? — grito, mas estou rindo agora, não consigo evitar.

— Usando força maior — ele responde, caminhando determinadamente em direção à piscina privativa.

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