Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 368

~ MAITÊ ~

Os dias seguintes se transformaram em uma sequência de momentos que pareciam retirados diretamente de um filme romântico de Hollywood. Vinhos caríssimos que eu nem sabia que existiam, sexo que me deixava sem fôlego e paisagens tão paradisíacas que às vezes eu tinha que beliscar a mim mesma para ter certeza de que não estava sonhando.

Se meu plano original era esquecer Dominic sentada no sofá de casa com um balde de sorvete e uma sessão maratona de filmes dramáticos, Apolo estava fazendo esse trabalho de forma infinitamente superior. Meu gigolô particular, como ele mesmo havia brincado, estava se mostrando devastadoramente eficaz em sua função.

Passávamos manhãs inteiras na cama, entrelaçados entre lençóis de algodão egípcio, explorando cada centímetro um do outro como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Apolo tinha uma forma de me tocar que fazia meu corpo inteiro despertar, como se cada terminação nervosa tivesse sido criada especificamente para responder aos dedos dele, à boca dele, ao peso delicioso do corpo dele sobre o meu.

As tardes eram preenchidas com atividades que eu jamais imaginei fazer: mergulho em recifes de corais onde peixes tropicais nadavam ao nosso redor como confetes coloridos, massagens em dupla em um spa flutuante sobre a lagoa, refeições em praias desertas iluminadas apenas por velas e estrelas.

E as noites... as noites eram pura magia. Apolo tinha o dom de me fazer rir até não conseguir mais respirar, de me provocar até eu querer socá-lo e beijá-lo ao mesmo tempo, de me olhar de uma forma que fazia meu coração acelerar como se eu fosse uma adolescente experimentando o primeiro amor.

Bebíamos vinho Bellucci como se fosse água, comíamos caviar como se fosse um petisco qualquer, e eu me permitia viver como nunca havia vivido antes. Sem preocupações, sem responsabilidades, sem o peso constante de ser uma Salvani com tudo que isso implicava.

Mas o tempo estava passando.

Era impossível ignorar completamente essa realidade, por mais que eu tentasse. A cada manhã que acordava nos braços de Apolo, via mais um dia riscado no calendário mental que mantinha na minha cabeça. Nossa semana estava chegando ao fim, e eu ainda não tinha a menor ideia do que faria quando isso acontecesse.

Voltar para casa significava enfrentar meus pais, lidar com as consequências do casamento cancelado, decidir o que fazer com Dominic e com toda a bagunça que deixei para trás. E principalmente, significava me despedir de Apolo.

A pergunta que me assombrava nos momentos de silêncio era: quando chegasse a hora de esquecer Apolo, quem me ajudaria? Que gigolô particular eu contrataria para me fazer esquecer o homem que me fez esquecer todos os outros?

Tentava não pensar nisso. Mas às vezes, quando estava deitada ao lado dele observando-o dormir, ou quando ele sorria daquele jeito que fazia meu estômago revirar, a realidade me atingia como uma onda gelada: isso tinha data para acabar.

Na tarde do nosso sexto dia, depois de uma sessão de snorkel que terminou com nós dois rindo histericamente porque eu havia tentado abraçar uma arraia e quase causado um incidente diplomático marinho, voltamos para o chalé completamente exaustos mas felizes.

— Vou tomar um banho — Apolo anunciou, beijando meu pescoço antes de se dirigir ao banheiro. — Você vem comigo?

— Em cinco minutos — prometi, me deixando cair na cama ainda com o biquíni molhado. — Preciso recuperar o fôlego primeiro.