Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 37

Resumo de Capítulo 37: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo de Capítulo 37 – Capítulo essencial de Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário por GoodNovel

O capítulo Capítulo 37 é um dos momentos mais intensos da obra Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

O carro da empresa serpenteava pelas estradas sinuosas da Serra Gaúcha, cada curva revelando paisagens que faziam meu estômago apertar. Não pela beleza — embora os vinhedos banhados pelo sol da manhã fossem de tirar o fôlego — mas pelas memórias que cada colina esverdeada despertava.

Três meses atrás, eu havia percorrido essas mesmas estradas no Porsche de Christian, ansiosa e nervosa por um motivo completamente diferente. A lembrança de suas mãos no volante, do perfil concentrado enquanto dirigia, da conversa leve pontuada por momentos de silêncio confortável... tudo isso parecia ter acontecido em outra vida.

— A vista é realmente impressionante — comentou Lisa do banco traseiro, fotografando compulsivamente com o celular. Como minha assistente, ela estava mais animada com a viagem do que seria apropriado para uma profissional. — Nunca estive na Serra antes!

— Espere até ver o complexo do evento — respondi, forçando um tom entusiasmado. — O Altos da Serra é um dos melhores centros de convenções da região.

— E dizem que a Bellucci fica a apenas uns vinte minutos daqui, certo? — Ela continuou, completamente alheia ao meu desconforto. — Podemos dar uma passadinha lá depois?

Apertei os lábios, olhando pela janela para esconder minha expressão.

— Estamos aqui a trabalho, Lisa. Não como turistas.

Ela deve ter percebido algo no meu tom, porque permaneceu em silêncio pelo resto do trajeto.

O complexo Altos da Serra surgiu à nossa frente como uma estrutura moderna e elegante, perfeitamente integrada à paisagem montanhosa. Grandes painéis de vidro refletiam o céu azul, e a área externa estava sendo decorada com tendas brancas e arranjos florais elaborados.

Mal estacionamos e já fui bombardeada com mensagens e ligações da equipe da Vale do Sol. Problemas com a entrega das amostras, questões sobre a disposição dos expositores, dúvidas sobre o cronograma. Exatamente o tipo de caos que eu precisava para manter minha mente ocupada, longe de pensamentos sobre Christian, sobre o que meu pai havia revelado, sobre o que poderia ter sido.

Logo me vi no comando, delegando tarefas, resolvendo emergências, negociando com fornecedores. Era nisso que eu era boa. Era aqui que eu me sentia segura, competente. Zoey Aguilar, a profissional de RP, não a ex-noiva falsa de Christian Bellucci.

— O estande está ficando incrível — comentou Rodrigo, o designer da Vale do Sol, enquanto observávamos a estrutura sendo montada. — Vai chamar muita atenção.

— Desde que seja a atenção certa — respondi, verificando o posicionamento dos displays interativos. — Queremos que falem dos nossos vinhos, não das cores vibrantes ou luzes piscantes.

— Zoey Aguilar?

A voz desconhecida me fez virar. Um homem de meia-idade, com um crachá da Associação de Vinícolas, me observava com curiosidade.

— Sim?

— Henrique Soares, Revista Vinho & Arte. — Ele estendeu a mão. — É um prazer finalmente conhecer a famosa noiva do Bellucci que agora está revolucionando a Vale do Sol.

Meu sorriso congelou. Era isso, então. Não importava quanto tempo passasse, quanto eu me esforçasse profissionalmente, para algumas pessoas eu sempre seria apenas "a noiva do Bellucci".

— Ex-noiva — corrigi educadamente, apertando sua mão. — E agradeço o interesse, mas o destaque aqui deve ser para os vinhos excepcionais da Vale do Sol, não para minha vida pessoal.

Henrique pareceu levemente constrangido, mas se recuperou rapidamente.

— Claro, claro. Na verdade, estou interessado em sua abordagem inovadora para o marketing da vinícola. O evento dos influenciadores foi brilhante.

Passamos os próximos minutos discutindo estratégias de marketing digital e como a Vale do Sol estava tentando atrair um público mais jovem. Era uma conversa profissional, exatamente o que eu queria. Mas percebi como seus olhos ocasionalmente deslizavam para meu dedo anular (sem anel, obviamente) e como ele parecia procurar aberturas para perguntas mais pessoais.

Foi um alívio quando nosso coffee break foi interrompido pela chegada de mais caixas de material promocional que precisavam ser organizadas.

Durante as horas seguintes, me perdi na preparação do evento que começaria oficialmente na manhã seguinte. Checklist após checklist, instruções para a equipe, verificação dos produtos, ensaio da apresentação principal... Cada tarefa concluída era uma pequena vitória, um passo para me estabelecer como a profissional que eu sabia que poderia ser.

— Trabalho aqui — respondi simplesmente.

— Elise está liderando a equipe da Elite RP neste evento — Eduardo explicou, como se eu precisasse de esclarecimento. — Eles estão coordenando várias vinícolas, incluindo a Bellucci.

— Que interessante — respondi, meu tom tão neutro quanto consegui. — Bem, se me dão licença, preciso verificar o sistema de som.

Tentei passar por eles, mas Elise deu um passo calculado para bloquear parcialmente meu caminho.

— Na verdade, precisamos falar sobre a programação de amanhã. A Bellucci e a Vale do Sol têm apresentações em horários conflitantes. — Seu sorriso era pura falsidade. — Talvez pudéssemos alinhar isso? Como representantes de nossas respectivas empresas.

Olhei para Eduardo, esperando que ele interviesse, mas ele parecia estranhamente satisfeito com a situação.

— Perfeito! — exclamou. — Vocês duas podem resolver isso enquanto eu vejo algumas pendências com a organização. — Ele apertou meu ombro de leve. — Conto com você, Zoey.

E então se afastou, me deixando sozinha com a última pessoa com quem eu queria estar. Um olhar rápido pelo salão confirmou meu temor: vários metros adiante, perto da entrada principal, Christian conversava com outros expositores, ainda sem me notar.

Elise seguiu meu olhar, um sorriso satisfeito se formando em seus lábios.

— Ele parece bem, não? Recuperado do... término.

Respirei fundo, sabendo que não havia mais como evitar. O confronto que vinha temendo desde que pus os pés na Serra Gaúcha estava prestes a acontecer.

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