Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 374

~ MAITÊ ~

Minhas mãos tremiam tanto que quase deixei o teste de gravidez cair no chão do banheiro. Duas linhas. Duas linhas inequívocas que estavam prestes a mudar a minha vida.

Lívia estava parada na porta, observando com uma expressão que misturava medo e ternura, como se quisesse me abraçar e ao mesmo tempo proteger a ambas do que aquele resultado significava.

— E agora? — sussurrei, ainda olhando para o teste.

— Agora... — Lívia começou, mas foi interrompida pelo som da porta do apartamento se abrindo sem aviso.

— Maitê! Lívia! Onde vocês estão? — A voz artificialmente animada de Viviane ecoou pelo corredor.

Meu sangue gelou. Viviane tinha chave do apartamento - Dominic havia insistido nisso "para emergências". Olhei desesperadamente para Lívia e tentei esconder o teste. Mas era tarde demais!

— Você está grávida! — exclamou, arrancando o teste da minha mão antes que pudéssemos reagir. — Dominic vai ficar tão feliz em saber disso!

O olhar que Lívia e eu trocamos foi carregado de subtexto. E se não fosse dele? A pergunta pairava no ar entre nós como uma nuvem escura, mas nenhuma de nós ousou verbalizá-la na frente de Viviane.

— É... é muito recente — consegui dizer, tentando recuperar o controle da situação. — Ainda nem contei para o Dominic.

— Que maravilha! — Viviane bateu palmas, como se estivesse assistindo a uma peça teatral. — Aliás, vim te buscar para a prova de vestido. Sei que você sempre se atrasa, então achei melhor vir pessoalmente.

Franzi a testa. Eu nunca me atrasava, pelo menos não consideravelmente. Era mais uma das muitas pequenas mentiras que Viviane contava para justificar seu controle sobre minha vida.

— Não precisa se preocupar, eu ia — protestei fracamente.

— Claro que preciso me preocupar! — ela riu, mas havia algo gelado em sua alegria. — Sou sua madrinha de casamento. É minha responsabilidade garantir que tudo saia perfeito desta vez.

Desta vez. Como se o primeiro casamento cancelado tivesse sido culpa minha.

No caminho para o ateliê, sentada no banco do passageiro do carro de Viviane, tentei manter uma conversa normal, mas cada palavra dela soava como vigilância disfarçada de cuidado.

— Você parece mais calma agora — comentou enquanto dirigia. — As sessões de terapia estão ajudando?

— Muito — menti, me referindo as sessões que estavam me obrigando a fazer.

— É bom saber que você está seguindo as recomendações médicas — continuou. — Dominic fica tão preocupado quando você não está bem.

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