~ MARCO ~
Sozinho no meu apartamento em São Paulo, caminhei de um lado para outro da sala como um animal enjaulado. Desde a conversa com Christian e Zoey, minha cabeça estava fervendo com as informações que descobri. Maitê Salvani. Dominic Sforza. Casamento em um mês.
Um mês. Trinta dias para impedir que a mulher que me fez sentir vivo novamente fosse engolida por um casamento que poderia destrui-la.
Me servi de outro copo de uísque e me posicionei diante da janela, observando as luzes de São Paulo piscando na noite. Cada minuto que passava sem ação era tempo perdido. Cada hora que eu desperdiçava tentando processar a situação era uma hora a menos para encontrar uma solução.
Não era só sobre ela, percebi. Era sobre alguém que me deu a primeira semana da minha vida em que fui apenas Marco, não um Bellucci. Onde minhas decisões foram minhas, onde eu pude ser exatamente quem eu escolhi ser. E agora queriam arrancar isso dela também - a liberdade de escolher sua própria vida.
Peguei meu celular e comecei a fazer ligações. Acontece que meu sobrenome também tem suas vantagens, não vou mentir. Quando você é um Bellucci, tem acesso a certas redes de contato que a maioria das pessoas jamais sonharia ter. Advogados especializados em inteligência coorporativa, consultores que sabiam onde encontrar informações que não apareciam em relatórios públicos, analistas do mercado financeiro que tinham acesso a dados que poucos conheciam.
A primeira ligação foi para Roberto Marques, um advogado corporativo que já havia trabalhado para nossa família em situações... delicadas.
— Marco? — sua voz soou surpresa. — Que prazer ouvir de você. O que posso fazer por você?
— Preciso de informações discretas sobre duas empresas — fui direto ao ponto. — Salvani Entretenimento e qualquer coisa relacionada a Dominic Sforza.
— Posso perguntar o motivo?
— Pode perguntar, mas eu não vou responder — disse, mantendo o tom amigável mas firme. — Quanto tempo você precisa?
— Para um Bellucci? Até amanhã de manhã.
A segunda ligação foi para Helena Castro, uma consultora financeira que conhecia os bastidores do mercado brasileiro melhor do que qualquer analista oficial.
— Helena, preciso que você me conte tudo que sabe sobre aquisições e fusões envolvendo entretenimento familiar e Dominic Sforza.
— Isso é específico — ela riu. — Posso supor que há interesse comercial da sua família?
— Pode supor o que quiser, contanto que me dê as informações que preciso.
— Te envio um relatório até amanhã.
As informações começaram a chegar já no final da noite. Eu estava no escritório do apartamento, cercado de papéis e telas de computador, quando meu telefone começou a vibrar com mensagens e e-mails.
Salvani Entretenimento: Tradicional rede de parques de diversão, fundada há sessenta anos, responsável por criar gerações inteiras de memórias familiares. Na última década, enfrentaram declínio acentuado devido à concorrência com parques temáticos internacionais e mudanças no comportamento do consumidor. Dívidas acumuladas, tentativas de se manter através de eventos privados e alianças estratégicas. Patrimônio imobiliário valioso, mas operação deficitária.
Dominic Sforza: Empresário respeitado no setor de aquisições e fusões, especializado em "salvar" empresas familiares em dificuldade. Reputação sólida nos círculos oficiais, mas havia sussurros no mercado. Roberto foi direto: "Oficialmente, impecável. Extraoficialmente, suas reestruturações são rápidas demais e eficientes demais. Há quem diga que dinheiro que entra não é sempre dinheiro que deveria estar entrando, se você me entende."
Helena foi ainda mais específica: "Sforza é inteligente. Compra empresas com estrutura física sólida mas operação problemática. Depois, magicamente, elas se tornam extremamente lucrativas da noite para o dia. Como? Ninguém pergunta, contanto que os lucros apareçam nos relatórios."
Li e reli as informações até que padrões começaram a emergir. Dominic não estava apenas interessado em casar com Maitê por amor - estava interessado nos parques Salvani como operação de lavagem de dinheiro. A localização, a estrutura já estabelecida, o fluxo constante de pessoas, a reputação familiar respeitada. Era perfeito para transformar dinheiro sujo em receita limpa.
E Maitê era a chave que abria essa porta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Mdsss o que é triste é ter aguardar essas horas pra ler a continuação aaaa eu amo esse livro e já estou pensativa quando acabar a história aaaa espero que tenha mais capítulos kakaka e mais e mais...
Parei no 461 abstinência já! Quando sai os próximos?...
Incrível como Maitê é diferente de Zoey e Anne! Que mulher chata....
Também parei no 456. Alguém sabe se já tem outros capítulos?? E como faz para conseguir?...
Como adquirir em PDF completo?...
Um saco esses capítulos fechados...
ultimo capitulo... kd????...
Não estou conseguindo ler o 459, diz para comprar e não estou conseguindo pagar....
Ta dureza acompanhar essa narrativa. Só eu acho essa Maité uma chata e ingrata? Affe, no lugar do Marcos ja tinha desistido...
Triste encaminhamento de enredo!...