Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 391

~ MAITÊ ~

Estava organizando distraidamente as roupas no closet quando ouvi o som de carros chegando no pátio principal da mansão. Meu coração disparou imediatamente - seria Marco finalmente voltando? Corri até a janela e escanei ansiosamente os veículos que se aproximavam. Dois carros pretos paravam em frente à entrada principal, elegantes e discretos como tudo que envolvia a família Bellucci.

Do segundo carro, saiu uma figura familiar que me fez gritar de alívio e correr como uma criança.

— Lívia!

Disparei escada abaixo, quase tropeçando nos últimos degraus na pressa desesperada de chegar até ela. Meu coração estava batendo tão forte que sentia o pulso nas têmporas, uma mistura de alívio, ansiedade e pura felicidade de ver o rosto familiar.

Lívia estava parada no hall de entrada, olhando ao redor com uma expressão de admiração cuidadosamente contida. Conhecia aquela expressão - ela sempre ficava assim quando estava impressionada mas tentava disfarçar. Mesmo vindo de uma família que tinha lá seu status, era impossível não ficar impactada com o nível de luxo dos Bellucci. Eles estavam simplesmente em uma categoria própria de riqueza e sofisticação que transformava nossa vida "confortável" em algo quase modesto por comparação.

— Lívia! — me joguei em seus braços com uma força que quase nos derrubou, agarrando-me a ela como se fosse uma âncora em meio a uma tempestade.

Ela me abraçou de volta com igual intensidade, e por um momento precioso consegui sentir que pelo menos uma parte fundamental do meu mundo estava de volta ao lugar. O perfume familiar que ela sempre usava, a textura conhecida dos seus cabelos, a sensação de segurança absoluta que só sentia ao lado da única pessoa que conhecia verdadeiramente todos os meus segredos e me amava mesmo assim.

— Ai, meu Deus, o que aconteceu com você? — Zoey perguntou, aparecendo atrás de nós com uma expressão de preocupação genuína na voz.

Foi só então que me afastei de Lívia e realmente prestei atenção no homem que estava parado ao lado dela, observando toda a cena com uma mistura de diversão e resignação. Suas feições lembravam distintamente as de Zoey - a mesma estrutura óssea, o mesmo formato harmonioso de rosto, a mesma elegância natural -, exceto pelo fato alarmante de que seus olhos estavam extremamente inchados e vermelhos, quase fechados, como se ele tivesse sido atacado por um enxame de abelhas.

— Sério, Zoey — ele disse, e apesar da aparência lamentável, sua voz soava mais divertida do que genuinamente irritada —, da próxima vez que você disser que tem um favor para me pedir, a resposta vai ser não! E nem adianta vir me dizer depois que eu sou o melhor irmão do mundo.

— Mas você é — Zoey respondeu imediatamente, claramente fazendo um esforço heroico para segurar uma risada que ameaçava explodir a qualquer momento. — Vou te recompensar!

Bianca, que também estava observando a cena com uma expressão divertida até aquele momento, se aproximou dele com exagerada compaixão teatral.

— Pobrezinho! — exclamou, estendendo as mãos como se fosse uma enfermeira prestativa prestes a examiná-lo. — Vamos cuidar de você! Tenho certeza de que podemos encontrar alguma coisa para essa inflamação.

— Não adianta ela vir com "pobrezinho" agora — Matheus disse, se afastando deliberadamente das mãos estendidas de Bianca com uma expressão de falsa indignação. — Você é cúmplice da Zoey nessa história toda!

E saiu da sala resmungando algo ininteligível sobre nunca mais aceitar "favores simples" da irmã, deixando para trás apenas o eco de risadas femininas e o som de seus passos irritados ecoando pelo corredor em direção a algum lugar onde pudesse sofrer em paz.