Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 390

~ LÍVIA ~

O estúdio de yoga estava mais silencioso que o normal quando terminei de trancar a porta principal. A aula noturna havia sido especialmente tranquila - apenas cinco alunas, todas veteranas que preferiam a serenidade da sessão das 20h ao movimento da manhã. Normalmente, eu adorava esses momentos de paz no final do dia, quando podia sentir a energia calma que permanecia no ar após uma boa prática.

Mas há dois dias, nada parecia normal. Nada parecia tranquilo.

Maitê havia desaparecido desde a manhã anterior, depois de ter ido ao médico com Viviane. Desde então, silêncio total. Telefone fora do ar, sem resposta a mensagens, como se ela tivesse simplesmente evaporado. E o pior de tudo: Viviane também não atendia minhas ligações. Dizia que estava "lidando com a situação" e que eu não devia me preocupar.

Exatamente o tipo de resposta que me fazia entrar em pânico total.

Tentei fazer um boletim de ocorrência hoje de manhã, mas a experiência foi humilhante. O policial que me atendeu - um homem de meia-idade com expressão entediada e tom irônico - me olhou como se eu fosse uma parente neurótica e dramática.

"Não é a 'prima' que desapareceu no dia do casamento e depois apareceu numa clínica de recuperação?" havia perguntado, fazendo aspas no ar ao dizer prima, como se duvidasse até mesmo do nosso grau de parentesco.

Não tinha como negar que os sumiços recentes de Maitê estavam fazendo toda essa situação soar como a história do menino que gritava lobo. Primeiro a fuga espetacular do casamento, depois o período "incomunicável" que Viviane havia justificado como necessário para recuperação emocional. E agora mais um desaparecimento.

Para quem olhava de fora, provavelmente parecia o comportamento errático de uma mulher instável que periodicamente fugia da própria vida. Para mim, que conhecia Maitê desde criança, que sabia ler cada pequena expressão no rosto dela, cada tom de voz quando estava verdadeiramente assustada, era óbvio que algo muito sério estava acontecendo.

O problema era conseguir que alguém me levasse a sério.

Caminhei pelo estacionamento mal iluminado do complexo comercial onde ficava o estúdio, as chaves do carro fazendo barulho na minha bolsa. Era uma área relativamente segura do bairro, com movimento constante durante o dia e algumas lojas ainda abertas até tarde, mas à noite ficava mais deserta. Os postes de luz criavam círculos amarelados no asfalto, deixando várias áreas em sombras que normalmente eu nem notava.

Esta noite, cada sombra parecia um esconderijo em potencial.

Parei abruptamente quando cheguei perto do meu carro.

— Merda! — exclamei em voz alta, a palavra ecoando pelo estacionamento vazio.

O pneu traseiro direito estava completamente murcho, claramente furado. Caminhei ao redor do veículo, confirmando que era apenas um pneu, mas lembrando com um aperto no estomago que havia usado o estepe mês passado e ainda não tinha comprado um novo.

Olhei ao redor, avaliando minhas opções. Podia chamar um Uber, mas demoraria pelo menos vinte minutos para chegar se eu tivesse sorte. Ainda era horário de pico e provavelmente eles ficariam escolhendo as melhores corridas. Ou podia simplesmente caminhar para casa - não morava muito longe, talvez quinze minutos de caminhada por ruas que conhecia bem.

Em circunstâncias normais, nem hesitaria. Mas com Maitê desaparecida e uma sensação estranha de que algo estava fundamentalmente errado no meu mundo, a perspectiva de caminhar sozinha pelas ruas à noite não parecia tão simples.

Mesmo assim, decidir ficar ali parada não era uma opção melhor.

Capítulo 390 1

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