— É claro que sou, não se lembra? Você é minha noiva. E nós vamos nos casar em breve.
As palavras de Christian ecoaram na minha mente como um sino rachado. Meu coração estava disparado, o sangue pulsando tão forte nos meus ouvidos que quase abafava as risadinhas das vendedoras ao nosso redor.
Eu, noiva dele? Em que universo paralelo isso fazia sentido?
Minha chefe surgiu ao meu lado antes que eu pudesse reagir, sorrindo como se tivesse acabado de vender a Mona Lisa.
— Zoey, que venda incrível! Você realmente é a melhor vendedora da loja!
Minha mente ainda estava tentando acompanhar a realidade.
— Hã?
— O vestido! Esse foi um dos modelos mais caros que já vendemos! E tudo graças a você. — Ela piscou para mim e disse, animada: — Pode sair mais cedo hoje. Você merece.
Enquanto minha chefe se afastava, eu fiquei ali, congelada, olhando para Christian como se ele tivesse acabado de me dizer que era um alienígena. Como um gigolô que eu contratei por uma noite estava agora comprando o vestido de noiva mais caro da loja e falando sobre casamento? E pior ainda, como ele podia pagar por isso?
Um calafrio subiu pela minha espinha. A palavra "golpe" piscou na minha mente como um sinal de néon. Será que ele era algum tipo de criminoso? Será que eu tinha acabado de ajudar alguém a cometer um crime?
— O que você está aprontando? — sussurrei quando nos afastamos do balcão.
Ele apenas sorriu, aquele sorriso perfeito demais para ser honesto.
— Vamos tomar um café. Acho que temos muito o que conversar.
Ele virou as costas e começou a andar, como se fosse óbvio que eu o seguiria. E, contra qualquer lógica racional, eu segui. Talvez porque precisasse de respostas, ou talvez... talvez porque uma parte patética de mim gostasse da ideia de prolongar essa fantasia mais um pouco.
Sentamos em um café charmoso no centro do Rio, um daqueles lugares onde o preço de um pão de queijo dava para comprar a fornada inteira em uma padaria de bairro. O tipo de lugar que Alex me levava quando queria me "impressionar" no início do nosso relacionamento.
Christian pediu um expresso duplo, e eu pedi um cappuccino porque precisava de açúcar e leite para equilibrar o estresse. Eu estava muito confusa.
A garçonete se afastou, e eu me inclinei na mesa.
— Certo. Vamos lá. Como diabos você pode pagar um vestido de noiva que vale mais do que um carro zero?
Christian riu, levando o café aos lábios.
— Eu faço meu trabalho muito bem.
A resposta foi dita com aquele tom provocativo e cheio de segundas intenções.
Revirei os olhos, mas senti um nó no estômago. Quantas mulheres ele tinha "atendido" para juntar dinheiro suficiente para um vestido daqueles? A imagem dele com outras mulheres me incomodou mais do que deveria.
— Ah, por favor. Eu sei que você cobra caro pelas suas noites, mas aquilo não foi um vestido. Foi uma transação financeira capaz de alimentar um bairro inteiro por meses.
Ele sorriu.
— Seu problema é que você pensa pequeno, amorzinho.
Bufei.
— Meu problema é que eu penso com lógica. Não que eu me importe — menti. — Minha comissão vai compensar o rombo financeiro que contratar você me causou.
Ele apenas continuou me olhando, com aquele maldito ar de mistério.
E, do nada, mudou de assunto.
— Me conta sobre o seu ex.
Meu corpo inteiro travou. Algo pesado se instalou no meu peito, aquela sensação familiar que sempre vinha quando alguém mencionava Alex.
— Pra quê?
Senti um nó na garganta. Uma parte de mim queria retirar a mão, manter a distância segura. Ele era um estranho, um homem que fingiu ser outra pessoa por dinheiro. Mas a outra parte, aquela que ficou sozinha por tanto tempo, aquela que sentia falta de um toque genuíno, não queria que ele soltasse.
— E você? — soltei, tentando quebrar o momento.
— Eu?
— Já amou alguém assim?
E então, assentiu.
— Já.
— E ela…?
— Ela traiu minha confiança.
Havia algo na forma como ele disse isso que me fez querer perguntar mais. Uma dor compartilhada, um entendimento mútuo que, por um momento, pareceu real. Mas então, ele se mexeu na cadeira, mudando completamente de assunto.
— Zoey, você perguntou por que comprei o vestido.
— Sim. Por favor, me explica essa loucura.
Ele se inclinou um pouco mais, o tom da voz ficando mais sério.
— Assim como você, eu também preciso salvar minha reputação. Mostrar para a minha família que sou um homem respeitável.
— Ahhh, entendi! Você quer que sua família te veja como um cara sério pra não descobrir que você é um gigolô!
Christian paralisou, seu olhar me estudando cuidadosamente antes de começar a falar.
— Zoey, sei que você acha que eu sou um gigolô, mas a verdade é...

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...