Capítulo 12 – De onde veio o corte?
O sol mal havia surgido no horizonte quando Andrews despertou com um sobressalto, ele olhou ao redor, a sensação incômoda de que algo estava errado pairando sobre ele, Como nos dias anteriores, sua primeira ordem do dia seria encontrar Aurora e colocá-la para trabalhar.
— Bom dia, senhor Andrews. — A governanta Jacy o cumprimentou assim que ele saiu do quarto.
— Bom dia, Ela já está de pé? Aquela preguiçosa sempre quer dormir até tarde. — Resmungou, seguindo pelo corredor.
— Por que não a trata com mais respeito? Além disso, é normal que durma até tarde, já que tem trabalhado tanto que mal consegue respirar.
— Ela escolheu esse destino, Por que continua defendendo alguém que pensou que me enganaria?
— Não estou defendendo, mas você deveria conversar melhor com ela, em vez de ficarem deduzindo um sobre o outro, Toda essa situação poderia ser diferente.
— Nada vai mudar, Eu odeio tudo que tem a ver com Janete, e você sabe disso, Se a única ligação que tenho com aquela mulher está nessa impostora, ela vai conviver com as consequências. — Disse, acelerando o passo em direção ao quarto de Aurora.
Ele mal girou a maçaneta quando a porta se abriu em um solavanco, e Aurora surgiu com os olhos arregalados, alarmados.
Assim que viu Andrews à sua frente, num impulso rápido, virou-se e correu para fora do quarto, passando por ele como um vulto.
Andrews franziu o cenho, sentindo o deslocamento de ar que sua pressa deixou para trás, ficando petrificado no mesmo lugar.
— O que diabos...? — Murmurou, estreitando os olhos.
— Parece que ela acordou bem ativa hoje. — Jacy comentou, também notando o comportamento estranho de Aurora.
— Como uma mulher pode correr tão rápido? Eu só vi o vulto.
— Ela deve estar com medo de você, parecia estar evitando-o, E, francamente, você deveria bater antes de entrar, Já pensou se a encontra em uma situação constrangedora?
— Não seria constrangedor, já que é minha esposa, certo? — Ele questionou, e a governanta ergueu as sobrancelhas. — Não significa que a aceito, apenas que os documentos não mentem.
— Até quando você será tão cabeça-dura? — Ela murmurou.
Foi então que Andrews percebeu o curativo em seu próprio dedo e franziu o cenho ao notar o corte.
— O que é isso? — Murmurou, analisando a bandagem.
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