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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 14

14: Noite de Vigília

Aurora ficou surpresa quando viu que não era o doutor, mas antes que pudesse pular da cama, Andrews fez sinal para que ela continuasse ali, caminhou silenciosamente até a cômoda colocando a receita e os remédios.

— Decidi te entregar seu telefone, espero que tome cuidado com suas ações a partir de agora, e não pense que por causa de um machucado eu amoleci, nada mudou, mas se você tiver só uma mão eu não vou poder te punir. — ele avisou em seguida se retirando.

— Encapetado e mesquinho! — ela asseverou sem que ele ouvisse.

A reação deles sempre parecia tão estranha e distante não importa o que acontecesse.

Após esse episódio ela passou o dia inteiro trancada em seu quarto, evitando qualquer contato, sua mão latejava de dor, mas a ferida não era nada comparada à confusão e ao medo que sentia.

Ela não viu Andrews desde então, ele permaneceu no escritório o dia todo, sem sair para almoçar ou dar ordens.

No entanto, dentro do escritório, Andrews estava inquieto, ele encarava o pequeno corte em seu dedo, franzindo o cenho, algo dentro dele dizia que havia mais naquela ferida do que apenas um descuido qualquer, Mas, por mais que tentasse lembrar, sua mente era um completo vazio.

No fim da noite, ele seguiu para o quarto, tomou o remédio de costume e caiu no sono profundo.

Aurora, por sua vez, não conseguiu dormir seu corpo estava exausto, mas sua mente estava em alerta, o silêncio da casa era inquietante, e o pensamento de Andrews vagando novamente a mantinha atenta.

Foi então que ela ouviu, passos arrastados.

Seu coração acelerou, sentou-se na cama e ficou imóvel, esperando que o barulho cessasse, mas ele continuava, ritmado e estranho, lentamente, ela se levantou.

Seu primeiro instinto foi se trancar e fingir que não ouviu nada, Mas a curiosidade e um inexplicável senso de responsabilidade a impulsionaram para fora do quarto.

O corredor estava mergulhado na penumbra, a luz fraca da lua entrando pelas janelas.

Andrews estava ali.

Ele caminhava devagar, os olhos abertos, mas vazios, o rosto impassível, como se fosse uma sombra do homem arrogante e imponente que ele era durante o dia, Aurora sentiu um arrepio subir por sua espinha.

Ele se movia em direção à cozinha.

Lembranças da noite em que se machucou vieram à tona, ele poderia se ferir novamente... ou pior.

Engolindo em seco, ela decidiu segui-lo.

Seus passos eram cuidadosos, tentando não chamar atenção, quando chegaram à cozinha, Andrews abriu um dos armários e começou a revirar as prateleiras.

Aurora franziu o cenho e agiu rápido.

— Nada de facas essa noite. — murmurou, fechando a gaveta antes que ele pudesse pegar qualquer coisa cortante.

Andrews parou, mas não reagiu, Apenas se virou lentamente e foi até a mesa, sentando-se.

Ela observou, incerta sobre o que deveria fazer.

Ela se ajoelhou na frente dele, encarando seu rosto adormecido, ela tirou os sapatos dele.

— Você não faz ideia do que está fazendo, não é? — murmurou.

Aurora se levantou, puxou as cobertas e o deitou com cuidado.

Antes de sair, olhou para ele uma última vez.

Naquele momento, Andrews não parecia o homem frio e cruel que a humilhava todos os dias.

Parecia apenas... perdido, com um suspiro, apagou a luz e fechou a porta.

— é tão estranho... se ele soubesse que me obedece a noite... — ela murmurou ao entrar no quarto.

De repente, sua mente começou a rebobinar, Andrews parecia submisso quando esta naquele estado, isso fez ela sorri de forma marota enquanto seus pensamentos a levavam a ideias que poderiam ser até mesmo constrangedoras.

— por que não? Ele brinca tanto comigo... ele deveria pagar com certeza! — ela asseverou seu olhar mudando para sombrio.

Ainda assim, ela pensava um pouco com contradição, afinal... parecia que algo de ruim tinha realmente acontecido para um homem forte e de boa aparecia e reputação estivesse em uma situação como essa.

— droga! Não sei se sinto pena ou se brinco com a situação sem comprometer a saúde mental dele. — ela murmurava para si mesma se revirando na cama, até que finalmente dormiu, e pela manhã bem cedo ela se levantou e seguiu para a cozinha, não podia fazer muita coisa, mas tinha algo muito importante em mente que teria que executar mesmo que não gostasse de Andrews, era como uma obrigação.

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