Cap. 139 confiança quebrada
Andrews observava a tela do celular, o maxilar travado.
As fotos de Aurora com Ronald chegavam em sequência ela sendo puxada para dentro de um motel as fotos davam a entender que ela estava entrando de forma consentida, e a bolsa com o dinheiro que ela sacou do cartão que ele lhe deu.
Donovan, do outro lado da sala, mantinha o olhar baixo, como se sentisse o peso daquela descoberta, observando Andrews com receio de forma furtiva.
Então, o telefone de Andrews vibrou novamente. Era Janete.
Ele atendeu no viva-voz, a voz fria e venenosa dela preenchendo o ambiente.
— Eu avisei... — disse ela, sem rodeios. — Sua querida esposa está te roubando. Está vendendo as joias que você deu para ela e entregando tudo para o amante.
— Cuidado para não acabar criando o filho de outro, Andrews.
Ele não respondeu.
Um silêncio duro pairou no ar até a ligação cair.
— Você vai acreditar nela? — Donovan perguntou.
— esses são os fatos, as fotos o saque que ela fez, e na mesma manha ela entregando dinheiro para aquele falido, por que mais ela entregaria dinheiro e ele? — Andrews perguntou deixando o celular de lado.
Aurora realmente estava dando dinheiro a um homem...
E era tudo o que Janete precisava para jogar a última pá de cal na confiança que Andrews tinha em Aurora.
Quando Andrews viu que aurora voltou para casa naquela mesma manha perto do meio dia, o desprezo já lhe cobria a pele como uma armadura.
Ele se sentia traído, enganado... e pior, dividido entre o ódio e o sentimento que, contra a sua vontade, começava a crescer dentro dele.
Antes que pudesse confrontá-la, o telefone tocou novamente.
Era a enfermeira particular da casa, ele franziu o cenho confuso, afinal era uma ligação extremamente rara.
— Senhor Andrews... desculpe incomodar, mas... a senhorita Aurora esqueceu os contraceptivos. — ela disse sem delongas. — É importante que ela tome o comprimido de emergência o quanto antes, se o senhor entende... — a mulher disse, com a voz hesitante.
Andrews fechou os olhos, a cabeça latejando.
— Mais essa... mas que merda, aurora! — ele asseverou apertando os olhos com força.
O pensamento de Aurora grávida o atingiu como um golpe seco no peito.
— Quero que vá ao mercado e compre esses remédios! — Andrews ordenou a Donovan que pegou a copia de receita que ele tirou da gaveta, Donovan saiu e voltou em menos de dez minutos com o que Andrews tinha solicitado.
Pegando os remédios ele seguiu até o quarto dela, o olhar gelado, entrando de forma abrupta quase invadindo.
Aurora, desprevenida, ergueu o rosto ao vê-lo entrar.
— Andrews...? — se levantou da penteadeira o encarranco com os olhos assustados.
— Você esqueceu algo importante. — ele disse, jogando a caixa de medicamentos sobre a cama dela.
Aurora franziu o cenho, confusa.
— Você deveria tomar isso imediatamente, eu tive o cuidado de te levar para fazer todos os exames para que se cuidasse e de repente você simplesmente ignora os anticoncepcional? — Ele cruzou os braços, a expressão fria. — Ou prefere arriscar ter um filho agora?
Aurora ficou em silêncio por um segundo, sentindo uma estranha fisgada no peito.
— Isso seria um problema? Não vejo um filho como problema, mas a forma como esta falando...
— eu tenho muitos motivos para não querer, e agora com toda essa merda e você me apunhalando pelas costas eu quero menos ainda a possibilidade de ter filho, sendo que nem mesmo cogitei essa ideia seja em qualquer momento.
— Eu não... não entendi.
Andrews respirou fundo, a raiva misturada à dor.
— Vou deixar isso bem claro — disse, a voz baixa, carregada. — Eu nunca vou querer passar por nenhuma gestação com você.
Nunca. Se você quiser um filho, adote um, compre um, faça o que quiser. Mas você jamais carregará um filho meu.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.