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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 147

— Ora, ora, já que estão aqui, por que não ficam para o jantar? Vai fazer bem pra todos nós termos um momento de família.

Olhei para Andrews, em busca da resposta. Ele assentiu com um sorriso gentil, eu quase pulei da cadeira, eu gostando dela ou não, eu ainda queria ficar, porque queria ficar com meus irmãos hoje, é tão raro isso acontecer, que não quero desperdiçar nenhuma oportunidade.

— Claro. Gostaríamos muito. — ele confirmou e fomos para o andar de baixo.

Senti meu coração aquecer. Meus irmãos estavam animados, e pela primeira vez em tanto tempo, parecia que havia paz ao nosso redor. O jantar foi simples, mas cheio de afeto. Rimos, contamos histórias, e no meio de tudo aquilo, percebi que talvez... eu finalmente estivesse em casa.

Depois da refeição, minha tia se aproximou com discrição.

— Preparei um quarto pra vocês passarem a noite. Estão exaustos. Amanhã é outro dia.

Corei. Não consegui evitar. Mas Andrews agradeceu com educação, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo enquanto participava do jantar, ele se mesclava aquilo como se já estivesse acostumado, ele e meu irmão estavam bem próximos, ambos com curativos no rosto, pareciam duas crianças que tinham acabado de brigar, e mais ainda... era estranho ver eles se dando bem, afinal meu irmão não gostava de tanta proximidade, normalmente nem minha tia conseguia ser tão intima com ele, quanto Andrews estava sendo, mas... é obvio que eu sou um dos motivos, por saber que eu sou casada com Andrews, e ele não era bobo, afinal ele sabia do poder de Andrews sobre a cidade.

O vapor quente já pairava no ar quando entrei no banheiro, buscando no chuveiro um refúgio para a mente agitada. A água jorrava com força, levando consigo qualquer resquício de tensão. Estava de costas para o box, deixando as gotas quentes massagearem meus ombros, quando senti uma presença inconfundível pairar na entrada, era como se eu pudesse ler cada movimento dele mesmo de costas, as peças de roupa caindo sobre o chão e seus passos em direção a mim ate que estivesse encostado o suficiente.

Meu corpo todo estremeceu antes mesmo do toque. sua mão forte deslizou pela minha cintura, firmando-me. O calor dele irradiava, queimando através da minha pele molhada. O perfume amadeirado invadiu minhas narinas, acelerando meu pulso.

Senti o roçar dos lábios quentes na minha nuca, um arrepio percorrendo toda a minha espinha. A voz rouca sussurrou no meu ouvido, abafada pelo som da água.

— Posso? — ele perguntou enquanto a agua já caiu sobre nos, mas meu corpo estava rígido em suas mãos.

Um nó se formou na minha garganta. Não precisei de palavras. A inclinação da minha cabeça, o abandono do meu corpo contra o dele, eram respostas eloquentes para ele me envolver com intensidade como se buscasse abrigo.

— Talvez ela só esteja reconhecendo o que é inevitável.

Sua mão desceu para a minha nuca, os dedos se enredando nos meus cabelos úmidos. Ele me puxou para mais perto, nossos lábios a centímetros de distância. A respiração dele quente no meu rosto era um prenúncio do que estava por vir.

— Você me deixa... sem ar — sussurrou, a voz embargada.

E então, seus lábios encontraram os meus. Não foi um beijo suave, mas sim faminto, urgente, como se estivéssemos nos reencontrando depois de uma longa separação, A água quente continuava a cair sobre nós.

— Vamos manter a discrição, ok? Já faz dias que eu quero você! — ele murmurou em seguida me erguendo, minhas pernas ficaram em volta de seu quadril ao mesmo tempo que ele me pressionou contra a parede com seu corpo tomando o meu enquanto eu continha os gemidos.

Naquele abraço apertado, sob a cortina de água que nos isolava do mundo, senti que todos os caminhos tortuosos. Nos braços dele, no calor daquele chuveiro improvisado, eu sabia, sem sombra de dúvidas... que estava exatamente onde deveria estar, nos braços de quem eu deveria estar.

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