Cap. 161 quando chega o momento certo.
Ela o acompanhou e de repente ele segurou sua mão, e ela olhando para ele com uma ponta de hesitação.
— Um quarto… só? — ela perguntou de novo enquanto seguiam.
Rodrigo arqueou uma sobrancelha e riu baixo.
— Dormimos no mesmo sofá, dividimos banheiro e até cobertura de sorvete. — Ele piscou com leveza. — Vai me dizer que agora ficou tímida?
Alice abriu um pequeno sorriso, envergonhada. Não era medo. Era só… aquela sensação estranha no estômago que ele sempre causava. E talvez o fato de que, dessa vez, ela estava completamente consciente dos sentimentos que cresciam entre eles.
Ela assentiu com um gesto pequeno da cabeça, e o seguiu em silêncio pelo corredor.
Quando entraram no quarto reservado, Alice parou logo na entrada. Seus olhos se arregalaram ao ver o que havia ali. Sobre a cama cuidadosamente arrumada, estavam dois cabides: um terno escuro impecável com detalhes elegantes, e, ao lado dele, um vestido longo, em tom de safira, que brilhava como o céu noturno. Era deslumbrante.
— Rodrigo… — ela murmurou, com a mão sobre os lábios. — É pra mim?
— Você gostou? — ele perguntou, observando sua reação com atenção, mesmo com o braço ainda enfaixado. — Achei que merecia algo à sua altura. Você tem que brilhar… aliás, você já brilha. Mas hoje, eu quero estar ao seu lado quando todos perceberem isso.
Alice sentiu o coração aquecer. Ninguém nunca havia se importado tanto com ela daquele jeito. Mas ele não parou por aí.
— Agora… — ele disse, olhando novamente para o relógio. — Temos de uma hora. Corre, vai tomar banho antes que eu mesmo te jogue debaixo do chuveiro.
Enquanto a água quente caía sobre seus ombros, relaxando seus músculos tensos, Alice sentiu algo novo, segurança. Por mais que seu coração estivesse acelerado, não era medo. Era o frio na barriga uma sensação boa a cada vez que estava perto de Rodrigo.
Minutos depois, ainda debaixo do chuveiro, ela ouviu a porta do banheiro se abrir devagar. Virou-se assustada, cobrindo o corpo com os braços.
Rodrigo estava parado ali, só de cueca, o braço enfaixado apoiado contra a lateral da porta, e o olhar curioso sobre ela.
— O quê... o que você está fazendo aqui?! — ela perguntou, surpresa, tentando se esconder atrás do vapor.
Ele deu um sorrisinho despreocupado.
— Relaxa, Não é a primeira vez que você me vê assim, eu tenho que me arrumar, mas preciso de um banho. — Seus olhos a percorreram com naturalidade, sem pressa, mas sem nenhuma malícia forçada. — E como sempre, não vou fazer nada que você não queira. Só quero… ficar perto.
Ela arregalou um pouco os olhos, tentando manter a compostura.
— Mas eu… eu tô… sem roupa! Você sabe que criamos limites e regras, você aparece sem roupa porque quer, mas você não pode me ver nua!
— Sim, percebi que acabei de quebrar uma regra. — Ele sorriu, mas havia ternura em seu olhar. — Aliás, falando nisso… seu corpo é lindo. Sempre foi.
Alice desviou o rosto, corada até a raiz dos cabelos, mas não pôde conter o sorriso que brotou em seus lábios se rendendo ao demonstrando conforto.
— Você é terrível, Rodrigo.
— Talvez. Mas sou terrível por você, eu... tenho me esforçado, você não pode negar, certo?
— Não.
Ela sorriu ao ver ele se aproximando, mas se afastou um pouco demonstrando insegurança.
— me promete uma coisa. — ele pediu.
— o que?
— não quebra meu braço não, está bom?
Ela confirmou com a cabeça e ele entrou na área do banho ainda com cueca deixou a agua cai sobre seu corpo e fechou os olhos estendendo o braço engessado para longe da agua, mesmo com uma proteção.
De pé de frente para ela, ele continuou ali, só olhando. Não havia pressa, nem pressão. Havia cuidado, e a certeza de que, apesar do tempo apertado e da correria, entre eles havia algo que estava crescendo devagar… mas de forma segura.
— Obrigada, por ser paciente, por me fazer gostar de você aos poucos.
O beijo se aprofundou, cheio de urgência e carinho. Os dedos dele subiram pelas suas costas, traçando um caminho lento e instigante, enquanto ela se rendia, o coração disparado, as inseguranças dissolvidas no vapor do momento.
O beijo quente entre eles foi interrompido quando Alice desviou o rosto, ofegante, o coração acelerado, e o corpo trêmulo. Rodrigo parou no mesmo instante, atento à mudança.
— Alice… — ele murmurou, afastando o corpo do dela com gentileza, como se estivesse se culpando por ter ido longe demais. — Me desculpa. Eu não devia ter...
Ela segurou o braço dele, impedindo que ele se afastasse por completo.
— Eu só... tenho medo — confessou baixinho, a água escorrendo pelos ombros enquanto os olhos desviavam. — Mas... eu quero tentar. Com você.
Rodrigo respirou fundo, contendo o impulso de sorrir largo. Em vez disso, apenas a observou, respeitando o espaço e o tempo dela.
Alice, ainda nervosa, esticou a mão e desligou o chuveiro. O som da água cessou, mas a tensão entre os dois parecia crescer, quente e vibrante. Quando ela voltou a olhar para ele, seu olhar desceu lentamente, parando na cueca molhada que moldava com clareza o desejo dele.
Ela engoliu em seco, então se aproximou com hesitação. Seus dedos tremeram, mas ainda assim puxaram com cuidado a peça íntima para baixo, revelando toda a extensão rígida dele. O olhar de Alice subiu, encontrando os olhos dele com uma mistura de fascínio e nervosismo.
— Vai ser a nossa primeira vez... — ela murmurou, como se estivesse lembrando a si mesma da importância daquele momento.
— Tem certeza disso? — Rodrigo perguntou, a voz mais baixa, íntima. Ele não dava um passo sem ter o consentimento dela. A intensidade no olhar dele contrastava com a delicadeza com que a tocava.
Alice assentiu lentamente, mordendo o lábio inferior, exposta, vulnerável, mas determinada.
— Só... não quebra meu braço, tá? — ele completou com um sorriso torto, tentando aliviar o clima com leveza.
Ela deu uma risada nervosa, os olhos brilhando com emoção.
— Prometo que não vou quebrar nada.
Rodrigo não esperou mais. Mesmo com o braço enfaixado, a força dele era evidente. Com um único gesto, passou o braço bom ao redor da cintura dela e a ergueu com facilidade, mantendo o cuidado de proteger o curativo, sem deixá-lo entrar em contato com o corpo molhado.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.