Capitulo. 167
O padrasto sabia artes marciais. Andrews tentou se levantar, mas foi golpeado com um chute no estômago e caiu de joelhos.
O padrasto girou, selvagem, e avançou para esfaquear Andrews, e disparos ecoaram.
O homem caiu ao chão, contido, ferido, mas ainda vivo.
Andrews caiu de lado, com o braço sangrando, respirando com dificuldade.
— Está... tudo bem? — perguntou um dos seguranças, se aproximando.
Andrews apenas acenou, tentando se levantar.
— Ela está bem? Onde está a Aurora? Já a levaram? — ele perguntou encarando o padrasto de aurora agonizando de dor, mas nenhum tiro foi letal para o matar, mas estava quase inconsciente.
Andrews fechou os olhos por um momento, aliviado. Depois, encarou o corpo do homem que por tanto tempo foi uma sombra na vida de Aurora.
— Nunca mais.
A festa dos sonhos se transformara em um pesadelo público.
O corredor estava tomado. Aurora, ainda desacordada, era levada nos braços do pai, protegida por seguranças. Andrews caminhava logo atrás, com o braço envolvido por um pano improvisado, o rosto tenso, ferido, mas alerta.
Agora já do lado de fora do hotel, No chão, algemado e gritando, o padrasto de Aurora esperneava com a perna sangrando.
— Foi ela! A Janete! Ela armou tudo comigo! Foi ideia dela! Aquela desgraçada!
Os flashes se intensificaram.
Um dos repórteres gritou:
— Sr. Andrews, o que aconteceu com Aurora? Ela está viva? É verdade que a tentativa foi dentro da sua festa?
Andrews se virou com frieza. Seus olhos cortaram como aço.
— Afastem-se. Isso agora é assunto de polícia.
Alice apareceu logo depois, elegantemente desfigurada pelo pânico. Mesmo assim, assumiu a postura de uma dama pública, e ao lado de Rodrigo, começou a conter os convidados que ainda não tinham ido embora, tentando salvar o que restava da imagem da família.
— Queremos agradecer a presença de todos. Por favor, o evento será encerrado imediatamente. Pedimos respeito à vítima e às investigações.
Rodrigo puxou um jornalista pelo braço com firmeza e o encarou.
— Qualquer imagem de Aurora será considerada violação e difamação. Vocês sabem disso. Se querem um escândalo, preparem-se para um processo.
Enquanto isso, Andrews conversava diretamente com o comandante da polícia.
— Quero que investiguem cada centímetro desse lugar. Encontrem Janete. Ela estava aqui, disfarçada. Sabotaram os elevadores, colocaram algo na bebida de Aurora. Isso não pode passar impune.
— Sim, senhor. Já estamos com a gravação das câmeras. Ela será encontrada.
Ele engoliu seco, a garganta travando.
— ela já está melhor... mas e você? Como pode se descuidar? — ele perguntou segurando sua mão com força como se segurasse para não chorar, agora usando apenas uma camisa, ele estava com o braço enfaixado.
No quarto ao lado, Aurora abriu os olhos devagar, o teto branco ofuscando sua visão.
Seu corpo doía, especialmente a barriga, como se um nó interno tivesse sido apertado e solto ao mesmo tempo. Estava viva. Estava em segurança. Mas tudo parecia frágil demais.
Ao virar o rosto, viu Alice sentada, os olhos inchados de tanto chorar.
— Alice...? — a voz de Aurora saiu arranhada, fraca.
Alice se levantou num pulo, correu até a cama e segurou sua mão com força.
— Você me deixou em desespero, sua idiota! — ela sussurrou, emocionada. — Eu achei que você não ia acordar mais!
Aurora tentou sorrir, mas mal conseguia.
A enfermeira entrou com um copo de água e a confortou com um toque gentil no ombro.
— Está tudo bem agora, mocinha. Respire devagar... seu corpo está se recuperando.
Alice parecia ainda mais nervosa, e então, de forma hesitante, entregou um envelope dobrado nas mãos trêmulas de Aurora.
— isso é para você... o médico disse que eu deveria lhe entregar quando acordasse, e eu guardei. Achei que não era importante... mas quando li, eu... — ela engoliu em seco. — Eu não sabia se isso era uma bênção ou uma tragédia, céus... tao de repente... — ela disse atonica enquanto aurora abria o envelope.

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