Capitulo. 166
— Onde está aurora? Ela esta bem?
— Ela desapareceu... parece que Janete e o padrasto dela estavam armando uma emboscada e encontraram uma brecha, e agora eu não sei... — ele confessou com a voz falha.
— Eu vi Janete… eu vi ela saindo de um quarto vestida como garçonete.
— Em qual quarto, Mariana? — perguntou ele com a voz grave.
— Quarto 404. Tem algo estranho... vi saindo de lá sorrindo como se tivesse feito algo importante.
Nesse instante, Rodrigo apareceu ao lado dele, apoiando o braço machucado. O rosto endurecido, os olhos atentos.
— O que houve?
— Aurora... pode ser que ela esteja no último andar, vamos! — Respondeu Andrews.
Como se o destino quisesse testar cada nervo em seus corpos, o ding suave do elevador ecoou... seguido por um som de curto-circuito. A luz do painel piscou e tudo se apagou. Um dos seguranças tentou apertar os botões, mas nada aconteceu, o técnico que estava tentando consertar ficou surpreso com o apagão repentino.
— Eles desligaram os elevadores novamente. — murmurou Rodrigo, já ligando para a central de segurança.
— Vamos pelas escadas! — rosnou Andrews, já puxando Rodrigo pelo braço saudável. — Liga para os seguranças e manda todos os disponíveis para o corredor do último andar. Agora!
Ao mesmo tempo, o pai de Aurora se aproximou, pálido, como se tivesse sido engolido por presságios.
— O que está acontecendo? É a Aurora?
— Não há tempo para explicar. Vem com a gente. — Andrews não discutiu. A urgência pesava como chumbo.
Os três subiram correndo. Os degraus pareciam infinitos, mas o medo impulsionava cada passo.
Enquanto subiam, Rodrigo, ofegante, gritava no celular:
— Revistem qualquer um que sair! Se Janete aparecer, detenham!
Do outro lado da linha, o chefe da segurança confirmou, e uma movimentação começou no rádio interno.
— Meu Deus... se ele fizer isso... se ele encostar na minha filha...
— Ele não vai. — rosnou Andrews. — Não com ela. Não viva.
Quando chegaram ao segundo andar, dois seguranças já corriam em direção ao quarto. O corredor parecia silencioso demais. O carpete abafava os passos, as portas estavam fechadas.
O som dos passos ecoava pelas escadas. A cada degrau, o medo ganhava peso no peito de Andrews. Rodrigo falava com os seguranças no rádio, o pai de Aurora respirava com dificuldade ao lado. A festa continuava lá embaixo, sem ideia do que se passava nos andares superiores.
Mas, ao dobrarem o corredor, uma visão os parou.
— Mariana?!
Ela estava caída no chão, apoiada em uma parede, com uma poça de sangue ao seu redor. Seus olhos entreabertos encontraram os de Andrews, e um fraco sorriso se formou em seus lábios pálidos.
— Me desculpa... — sussurrou. — Eu... tentei... mas... não consegui fazer nada por ela, disse ainda segurando o celular ensaguentado.
Andrews correu até ela, ajoelhando-se ao seu lado. A pegou nos braços procurando ferimentos, mas não havia, ela estava tendo uma hemorragia..
— Eles fizeram isso com você? — perguntou, a voz rouca de raiva e desespero.
Ela balançou a cabeça, fraca.
— Não... eu menti pra você... a minha situação... é um pouco pior do que eu contei. — tossiu, e um pouco de sangue manchou seu vestido. — Eu não queria estragar a festa... mas agora... não tem mais como esconder.
Andrews sentiu o mundo girar.
— Não... não, não agora...
Rodrigo o puxou pelo ombro.
— Salva Aurora, Andrews! Eu levo Mariana. Vai! — e sem esperar resposta, pegou a irmã nos braços, mesmo com dificuldade, determinado.
O pai de Aurora agarrou Andrews pelo braço e o ergueu, quase o arrastando.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.