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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 177

Capitulo.175

— Não preciso ficar falando disso toda vez, mas também não consigo evitar lembrar. Dizer é como reviver aquilo. Mas agora… agora você vem e me j**a isso de novo, como se fosse uma bênção. Como se eu pudesse simplesmente aceitar.

Ela chorava em silêncio, enquanto ele a encarava com olhos carregados de dor e raiva.

— Andrews... por favor... isso é cruel demais... olha para nós dois, o quanto tivemos que caminhar até que um confiasse no outro... por que não confiar agora? Você está sendo cruel! — ela gritou desesperada.

— Você acha que eu sou cruel, mas eu tô tentando te poupar. Poupar esse bebê. Ele não merece sentir o que o outro sentiu. Só desta vez, eu estou me abrindo com toda a força do meu coração. Apenas... me escute.

— Estou te ouvindo! E você está se abrindo com toda sinceridade pela primeira vez... e está me pedindo para matar nosso filho! — ela berrou, sem conseguir conter as lágrimas.

— Você com certeza vai fazer isso... e ele vai morrer!

— Mas ele não vai! Porque eu vou protegê-lo. Eu vou cuidar dele. Eu não sou a sua ex, Andrews! Eu sou a sua esposa! Não fui eu que te fiz passar por aquilo no passado. Ainda assim, está me tratando como se tivesse me perdoado e seguido em frente comigo, como se eu tivesse feito aquilo.

Andrews respirou fundo, um tremor passando pelo seu corpo. Ele se virou de costas, os ombros tensos.

— Estou apenas te dizendo que não dá. Não estou te comparando... por favor, se livre disso enquanto ainda há tempo. Eu não vou mudar de ideia. E, para que nossa vida possa seguir em paz, você tem que se livrar disso enquanto ainda há tempo.

Ele saiu, deixando Aurora sozinha, afundada na cama, abraçando a barriga com desespero e pesar.

— Quer saber? Eu não vou ficar nem mesmo um segundo nessa casa! — ela asseverou, se levantando e saindo, passando por Andrews, que segurou em seu braço.

— O que está tentando fazer?

— Me solta, Andrews. Apenas viva sua vida. Pra mim, acabou! Entre você e essa vida, eu já escolhi. Não vou viver o inferno de saber, todos os dias, que você vai me mandar me livrar do nosso filho... você é mais cruel do que eu poderia imaginar.

— Aurora... você está querendo me abandonar? — ele perguntou, sem reação, como se não tivesse feito nada de errado.

Eu já abandonei! Eu não vou aceitar seu pedido!

Aurora desceu as escadas apressadamente, os olhos ainda vermelhos do choro. As mãos trêmulas seguravam o corrimão com força. Andrews vinha logo atrás, furioso, transtornado.

— Você não vai fugir de mim! — ele gritou, a voz ecoando pelas paredes frias da mansão.

Ela se virou, com o rosto banhado em lágrimas.

— Eu não tô fugindo, Andrews. Eu tô me afastando de você... para sempre. Porque você não acredita em mim. Porque... você não acredita no nosso filho.

— Eu acredito que você vai destruir minha vida! — ele cuspiu com raiva, subindo dois degraus de uma vez. — Você é da família da Janete! Como eu poderia confiar? Como?!

Aurora recuou um passo. O coração batia acelerado. Ela respirava com dificuldade.

— Eu perdi? Por favor, Deus... que eu não tenha perdido... por favor... — ela sussurrou, com a voz embargada, sentindo uma dor aguda abaixo do umbigo.

Ela se encolheu na cama, o rosto escondido entre as mãos, o choro preso na garganta.

A porta rangeu, e Andrews entrou devagar. Ele estava pálido, com os olhos inchados. Tentou falar algo, mas hesitou.

Aurora o olhou, com o rosto manchado de lágrimas.

— Vai embora.

Ele permaneceu parado, sem saber o que fazer.

— Aurora... fique calma. Os médicos estão fazendo exames. Por sorte, você não teve nenhuma lesão grave que pudesse te matar. — ele respondeu, tentando tocá-la, mas ela bateu em sua mão.

— Eu não quero você aqui. Saia daqui. Vá embora! — ela ergueu o olhar de desprezo em sua direção. — Andrews Westwood, se você ainda quiser me ver alguma vez na vida, saia deste hospital! — ela berrou, começando a gritar até que os médicos entraram para acalmá-la. Rodrigo tirou Andrews da sala.

Logo após, Mariana entrou, também com lágrimas nos olhos ao ver o estado dela.

— Por favor... eu não quero ver ninguém agora... — Aurora pediu com a voz embargada, mas Mariana ficou ali em silêncio, ao seu lado.

— Vai ficar tudo bem. — ela disse, depois de alguns minutos. — Eu sei que pode ser doloroso, mas espero que saiba que eu estou do seu lado. Mais do que já estive com qualquer outra pessoa. Está bem? — completou, recuando e saindo do quarto.

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