Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 201

Cap. 16

— Está bem. Eu vou conversar com a Brenda. Ver o que está acontecendo de verdade. E prometo… ela não será demitida, mas não sei o que fazer ainda. Esteja preparado para o fato de que eu possa suspendê-la por alguns dias. Quanto à esposa do Jonas, ela será demitida por justa causa, principalmente por agredir outro funcionário dentro da empresa.

Gabriel sorriu pela primeira vez desde que entrara ali. Um sorriso pequeno, discreto, mas cheio de alívio.

— Obrigado. Eu prometo que vou compensar com muito trabalho.

— Me compense tirando preocupações dos ombros da Aurora. Mostre, a cada dia, que você está se superando.

— O que está acontecendo com minha Aurora? Você está com uma preocupação estranha.

— Bom... não é nada demais. Aurora às vezes adoece facilmente desde a gestação, e as preocupações têm deixado ela ainda mais doente. Tenho medo de que esteja com depressão pós-parto e esteja escondendo isso, fingindo que está bem. Algumas vezes a encontro deitada, chorando sozinha, sem saber nem mesmo o que está sentindo. E nossos gêmeos já estão prestes a fazer dois anos.

— Eu vou melhorar e vou te ajudar a cuidar da Aurora.

— Apenas cuide de você e se estabilize como o homem que deve ser. Em breve, poderá olhar para a Aurora com essa mesma autoridade com que olhou para mim para defender a mulher por quem se apaixonou.

— Não é… eu disse, não é paixão! — ele asseverou, desconcertado, e em seguida saiu da sala.

Andrews o observou atravessar a porta e, quando o silêncio voltou a preencher o ambiente, ele se recostou e soltou um suspiro. Algo em Gabriel estava mudando. Algo profundo.

Pegou o telefone em seguida e discou para a recepção:

— Quero que mandem Brenda Rícino ao meu escritório. Agora.

E desligou, o olhar já distante, pensativo.

Algo novo estava surgindo — e ele sabia que aquele episódio era só o começo.

A porta da sala presidencial se abriu lentamente, e Brenda entrou encolhida, como se quisesse desaparecer ali mesmo. As roupas limpas não conseguiam apagar as marcas da vergonha. O rosto ainda vermelho, os cabelos úmidos e desalinhados, os óculos escorregando levemente sobre o nariz. Ela parou diante da mesa imponente, sentindo-se menor do que nunca.

Andrews ergueu os olhos do tablet e, no instante em que a viu, congelou por um segundo.

Era ela.

A moça da faculdade. Aquela que Gabriel dizia que o seguia em todos os lugares onde iam — e que agora estava ali, de pé, com os olhos baixos e as mãos trêmulas.

Ele arqueou uma sobrancelha e um sorriso discreto surgiu no canto dos lábios.

— O destino é mesmo um comediante curioso… — murmurou para si.

Brenda, sem saber da reação, respirou fundo e forçou coragem. A voz saiu hesitante:

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