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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 211

Cap. 26

Gabriel analisou o próprio corpo por um instante. Em seguida, seus olhos se moveram para Donovan. O homem, mesmo com cinquenta anos, possuía músculos firmes, a postura de um atleta e uma aparência impecavelmente cuidada, os cabelos alinhados, a expressão forte. Gabriel arqueou uma sobrancelha, pensativo.

— Mas você já parece que vai pra academia. E parece que vai todo dia.

— Vou mesmo, há anos. E não é qualquer academia? Pelo menos É uma com estacionamento exclusivo para esse tipo de carro, sem catraca barulhenta nem fila na esteira. Gabriel riu.

— Você parece conhecer bem lá, A que eu vou, esses carros nem conseguem entrar no portão.

— Eu sei. Já fui lá com Andrews uma vez… Mas se quiser, posso te levar na que eu vou. Claro, se você estiver preparado., você pode se mudar.

Gabriel estreitou os olhos, intrigado.

— Preparado pra quê?

Donovan se inclinou levemente, com um sorriso misterioso nos lábios.

— É uma academia… da pesada. Muita gente que treina lá são ex-soldados, seguranças particulares, uns tipos... digamos... difíceis de cruzar na rua. Homens importantes de todos os tipos e também perigosos.

Gabriel engoliu seco, mas não recuou. Ao contrário, seus olhos ganharam um ar desafiador.

— Você é um homem perigoso pra andar nesses lugares, Donovan?

O mais velho segurou o riso, e então colocou o dedo indicador sobre os próprios lábios, fazendo um gesto de silêncio.

— Shhhh… Segredo de Estado. — disse com um sorrisinho cínico e um brilho malicioso nos olhos. — Mas entre nós… digamos que eu sei me virar.

Gabriel balançou a cabeça, rindo com mais sinceridade do que nas últimas semanas.

— Você é maluco.

— Sou funcionalmente insano. Agora entra no carro, antes que o sol derreta esse seu tênis de corrida.

Com um aceno preguiçoso, Gabriel deu a volta e entrou no carro esportivo. O motor ronronou ao ser ligado, como um felino prestes a saltar. Donovan olhou para ele antes de sair:

— Hoje começa a nova fase. E não adianta fugir, porque agora você tem um instrutor particular.

Gabriel deu de ombros, relaxando no banco confortável.

— Se for pra ter esse carro no fim, eu topo qualquer coisa.

Donovan sorriu, engatando a marcha com um brilho nos olhos.

— Bem-vindo ao treino, garoto.

Gabriel esboçou um sorriso de lado, e apoiou a cabeça no encosto. A cidade passava pelas janelas como um borrão. Ele fechou os olhos por um segundo, sem saber ao certo se estava indo em direção a algo, ou apenas fugindo de tudo.

Mas pela primeira vez, em muito tempo, o barulho parecia suportável.

E então o carro arrancou com leveza pela avenida, deixando para trás não só o velho bairro, como também os dias de incerteza que Gabriel tanto queria enterrar.

O carro esportivo deslizou suavemente até o estacionamento da academia. As fachadas envidraçadas refletiam a luz do final da tarde.

Donovan deu uma olhada rápida ao redor e arqueou uma sobrancelha, torcendo os lábios em um "U" invertido.

— Nada mal. — murmurou, saindo do carro com naturalidade, como se já fosse habituado ao ambiente.

Quando ele se aproximou de Gabriel, este já havia pegado um peso médio e se preparava para levantar.

— Quem é aquela? — Donovan perguntou, ainda observando Talyta de canto de olho, notando como ela o observava agora de longe, tentando disfarçar o desconforto.

Gabriel apenas deu de ombros, sem nem olhar para ele.

— Instrutora as vezes e balconista, acho.

Donovan arqueou uma sobrancelha, surpreso com a secura, e comentou com humor:

— Tem gente aqui que não está acostumada com presença de verdade, é isso.

Gabriel não respondeu. Pegou outro peso, mas antes que o erguesse, Donovan estalou a língua e fez sinal com a mão.

— Nada disso. Você vai treinar com os mais leves por enquanto, lembra? A meta é recuperar o condicionamento, não provar nada.

Gabriel baixou os halteres sem protestar. Apenas se afastou, como se não quisesse discutir. A postura de Donovan, mesmo com seus comentários descontraídos, inspirava um tipo de autoridade difícil de ignorar. E, de certo modo, o silêncio de Gabriel parecia respeitá-lo por isso.

Donovan o acompanhou até o equipamento certo e ajustou os pesos.

— Vamos começar com calma, Gabriel. Força a gente reconstrói. Mas disciplina... você já tem de sobra.

Talyta, do outro lado da sala, observava a cena. Havia algo naquele homem mais velho, não só o físico, mas a maneira como ocupava o espaço, que a deixava inquieta.

— Ceus... onde está Brenda? — ela perguntou ansiosa olhando o relógio tentando manter seus olhos longe de donovan.

Enquanto esperava ela andava de um lado a outro, ajustando uma coisa ou outra, amarrando os cabelos encaracolados volumosos em um enorme coque no topo da cabeça, ela era uma jovem senhor de 27 anos, postura mais seria contudo um pouco mais perdida agora e ansiosa.

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