Cap. 35: Quem disse que não me importo?
O ambiente pareceu congelar, O sorriso de Rodrigo se manteve, mas a postura de Andrews endureceu, Seu olhar fixou-se no amigo, e sem dizer nada, ele virou a taça de vinho de uma só vez, pousando-a com firmeza na mesa de vidro.
— Se você repetir isso mais uma vez — sua voz era baixa, ameaçadora — nossa amizade termina aqui e agora.
Rodrigo gargalhou, apontando o dedo para Andrews ainda segurando sua própria taça.
— Eu sabia! — Ele riu mais um pouco, balançando a cabeça. — Você está apaixonado por ela.
Andrews desviou o olhar, pigarreando, tentando manter a compostura, Sua mandíbula se contraiu enquanto ele negava, tentando ignorar o aperto no peito ao ouvir aquelas palavras.
— Não seja ridículo, Eu não vou me aproximar dela e também não vou deixar nenhuma mulher chegar perto de mim. — Ele cruzou os braços, seu tom carregado de amargura. — Não depois do que minha mãe fez, do que Janete fez, Eu já aprendi minha lição, elas não são confiáveis, por isso prefiro viver só e se eu quiser me divertir, sei exatamente aonde ir.
— Nem para isso você serve, todas às vezes que te chamei para ir comigo você apenas recusou e se trancou no escritório se matando de trabalhar, mas dinheiro não dá mais prazer do que mulheres, por isso que caras como eu ganha dinheiro e gasta um pouco com elas, você ganha para guardar, mas os cupins vão acabar com tudo.
Rodrigo arqueou uma sobrancelha, recostando-se de forma preguiçosa no sofá, sem desviar o olhar atento de Andrews.
— Enquanto você se diverte eu vou estar fazendo mais alguns milhões e me tonando ainda mais influente se eu quiser gastar com mulheres posso fazer, mas consigo a que eu quiser sem gastar um centavo.
— Mas você já conquistou sua esposa? — perguntou e Andrews calou.
— Não preciso dela, apenas de mais poder e influência.
— Mas isso está te deixando ainda mais infeliz e distante de sua mãe, você ainda manda as quantias exorbitantes para ela?
— Não quero falar sobre isso, e nem da mulher que mora nessa casa como minha esposa, estou pensando em uma forma de me livrar dela, mas...
— Você pode tentar fugir, mas já era, cara, Ela está debaixo da sua pele, O problema é que você ainda não percebeu ou não quer admitir. — Ele balançou a cabeça e deu um gole no vinho antes de continuar. — Mas, cedo ou tarde, você vai ter que aceitar, E mais cedo do que imagina, porque Aurora já é sua esposa, e você não pode se divorciar dela.
Andrews sentiu um nó no estômago, Ele queria negar novamente, queria dizer que nada daquilo importava, mas algo dentro dele o impedia, O perfume dela ainda impregnava seu travesseiro, e a lembrança de sua figura esbelta e um pouco delicada, mas cheia de vida, vagando pela casa com aquela camisola, todos aqueles pensamentos o invadia, mas ele não traduzia aquilo como sentimentos que poderiam ser considerados.
— não posso mentir que algumas vezes ela me faz ter alguns lampejos, mas não é nada atração momentânea de alguém que já está há um tempo sem ninguém, você sabe como ninguém que depois de um tempo qualquer mulher acaba ficando atraente aos nossos olhos apenas para satisfazer nossos desejos lascivos, mas quando se eu ceder com aurora, será somente isso e depois não sentirei mais nada.
— Uhm... você tenta se enganar assim, mas não discuto sobre isso, não tem porque isso é entre você e ela e somente isso, posso pegar um quarto? Amanhã saio cedo e vou para a empresa.
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