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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 39

Cap. 39: soluço, mas não conto.

Andrews entrou no estabelecimento como se fosse o dono do lugar, Seu terno escuro contrastava perfeitamente com a camisa clara, e seu perfume fresco invadiu o ambiente, havia uma confiança arrogante em cada passo que ele dava, como se soubesse exatamente o impacto que causava.

Aurora apertou os lábios, um pouco desapontada, queria ter visto a reação dele ao acordar com o batom vermelho nos lábios, mas tudo que tinha agora, era um homem visivelmente irritado prestes a acoita-la se pudesse.

O joalheiro, respeitoso, estendeu a mão para Andrews, entregando-lhe o colar sem hesitar, aurora podia sentir o vulto das mãos deles em seu lado.

— Senhor Andrews, eu sinto muito pelo inconveniente.

Andrews pegou a joia com naturalidade, como se já soubesse que acabaria recuperando-a, Então, virou-se para Aurora, seu olhar frio e intenso.

Ela cruzou os braços e tentou manter a pose, mas o peso daquele olhar fez sua confiança vacilar por um momento se entregando ao medo silencioso.

Ele não precisava dizer nada.

Apenas a encarava.

E Aurora sabia que estava encrencada.

Andrews segurou o colar entre os dedos, girando-o lentamente enquanto seus olhos permaneciam fixos em Aurora, Sua expressão era impassível, mas havia um peso em suas palavras quando ele finalmente quebrou o silêncio.

— Você tem ideia de que isso poderia te levar para a cadeia?

Aurora cruzou os braços, levantando o queixo desafiadoramente.

— Eu só queria vender algo que, tecnicamente, já é meu.

Andrews riu baixo, mas sem humor.

— Tecnicamente? Se o joalheiro quisesse, ele teria ligado para a polícia em vez de me chamar, e eu... ah... eu não ia te livrar tão cedo.

Aurora engoliu em seco, Seu olhar foi para o joalheiro, que a observava com um misto de pena e advertência, Então, voltou a encarar Andrews, que deu um passo mais perto.

— Você teve sorte — continuou ele, sua voz baixa e carregada de autoridade. — Porque este homem é meu amigo e se você não sabe, eu financio esse lugar, parte dessa cidade me pertence então como pode tentar vender algo que você pensa ser tecnicamente seu se eu não te dei?

— já que é dono de metade da cidade ao menos não deveria se importar com um colar. — a voz de aurora soo um pouco falha enquanto usava suas forças para segurar as lagrimas sentindo o peito apertar.

— você pode ter pegado um alfinete, na verdade roubado, que eu me importaria.

Agora, Aurora estava sozinha.

Ela soltou um suspiro frustrado e cruzou os braços, mantendo a cabeça baixa, Ele não se mexeu, Apenas ficou ali, segurando o colar, com aquele olhar frio e perigoso que fazia sua espinha se arrepiar.

— E agora? — perguntou ela, tentando soar desafiadora, mas sentindo o peso da situação.

Andrews apenas sorriu de canto, Um sorriso calculado.

— Agora, você vem comigo.

Aurora entrou no carro e se jogou no banco de trás, sentindo seu coração martelar contra o peito, Suas mãos tremiam levemente enquanto seu olhar permanecia fixo na loja de joias que agora parecia um lembrete cruel de seu fracasso.

Andrews sentou-se no banco da frente, ao lado de Donovan, que dirigia com a mesma precisão e silêncio de sempre, mas, mesmo sem olhar diretamente para Aurora, Andrews percebeu o esforço que ela fazia para segurar as lágrimas, até que em um momento ela se encolheu escondendo o rosto, ainda assim ele conseguiu os soluços que ela tentou disfarçar.

O trajeto até a mansão foi silencioso, exceto pelo som do motor e da respiração pesada de Aurora com os soluços baixinhos que era como gritos no ouvido de Andrews que ficava curioso com sua reação.

Assim que o carro parou na entrada da imponente residência, Andrews desceu primeiro e abriu a porta para ela.

— Agora me diga — ele começou, os braços cruzados e o olhar avaliador sobre ela —, por que diabos estava tentando vender uma joia tão importante?

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