Jackson
Ver a Jordan desabar daquele jeito…
Cada grito.
Cada soluço.
Cada lágrima que ela soltou foi como uma lâmina cortando meu coração.
Mas quando ouvi tudo que ela passou nas mãos daquele maldito…
Tentei ser o mais forte que pude.
Sentia meus olhos arderem pelas lágrimas não derramadas.
Só que, quando entrei no banheiro e liguei o chuveiro, elas vieram.
Com a mesma força da água que caía sobre mim.
Saí do banheiro, recebi a comida e fui até a sacada.
Quando ela me chamou…
E a vi naquela camisa.
Minha respiração falhou.
Mas o que me destruiu de vez…
Foi saber que ela não estava usando nada por baixo.
E então ela disse:
— Hoje, eu quero que me faça sua.
O mundo parou.
Eu precisava ter certeza do que estava ouvindo.
— Jo, você já é minha — sussurrei, passando o polegar em seu rosto, olhando bem fundo naqueles olhos lindos. — Não quero que sua primeira vez seja…
Ela não me deixou terminar.
Tomou minha boca na dela.
Ela me beijava como se quisesse apagar o passado com a boca.
Como se estivesse desesperada por sentir só o agora.
E eu entendia.
Cada segundo.
Cada gesto.
O mundo podia explodir do lado de fora, que eu não me importaria.
Tudo que eu precisava…
Estava ali.
Entre meus braços.
Quando nos separamos, sem aviso, a peguei no colo — e ela riu baixinho.
Caminhei com ela até o quarto e a coloquei no chão, bem ao lado da cama.
Meu pulso acelerava enquanto meus olhos percorriam seu corpo.
Ali, parada na minha frente, os cabelos castanhos escuros caindo sobre os ombros, os traços delicados tremendo sob o meu olhar.
Seus olhos…
Negros. Profundos.
Como um oceano que eu ansiava explorar.
E havia ali desejo.
Mas também nervosismo.
Queimando tudo dentro de mim.
Aproximei-me suavemente, deixando que ela ditasse o ritmo.
— Tem certeza, Jordan? — minha voz saiu grave, carregada da intensidade que mal conseguia conter.
Ela assentiu com um sorriso tímido, e seu corpo se encostou no meu.
O calor dela me fez perder o fôlego.
Antes que eu pudesse pensar, capturei sua boca.
O beijo começou lento…
Mas logo se transformou em algo voraz.
Minha língua dançava com a dela, explorando cada canto com uma fome que fazia minhas mãos tremerem.
Ela respondeu.
Um gemido baixo escapando de sua garganta.
Senti suas pernas vacilarem sob meu toque.
Meus dedos deslizaram por sua cintura, subindo pelas costas, deixando um rastro de arrepios.
Ela se agarrou a mim, quase derretendo.
— Jackson… — sussurrou contra meus lábios, trêmula.
Aquilo só aumentou o fogo dentro de mim.
Queria devorá-la, mas me contive.
Lembrando-me de que era o tempo dela que guiava isso.
Encerrei nosso beijo, e com delicadeza afastei uma mecha de seu cabelo.
Beijei sua testa.
— Vamos no seu ritmo — murmurei.
Ela me olhou com aqueles olhos que me desarmavam…
Cheios de confiança.
Cheios de entrega.
— Quero você. Só você.
Nossos lábios se encontraram novamente. Lentamente.
Sem pressa.
Como se o tempo finalmente tivesse entendido que a gente precisava dele mais devagar.
Comecei a desabotoar a camisa dela, botão por botão.
E, quando a roupa caiu ao chão…
Ela era arte viva.
A coisa mais linda que eu já tinha visto.
Com cuidado, a conduzi até a cama, como se ela fosse feita de vidro.
Como se fosse a coisa mais preciosa da minha vida.
E ela era.
Assim que deitou, me deitei sobre ela.
Apoiei meu peso com um dos braços, enquanto minha outra mão percorria seu corpo com calma.
Passei por suas coxas, pela curva da cintura…
Subi até os seios lindos e convidativos.
Ela tremia.
Sutilmente.
Mas eu senti.
Afastei o rosto para encará-la.
— Jo… tá tudo bem? Se quiser parar, a gente para agora.
Ela engoliu em seco.
Os olhos brilharam.
Mas o sorriso que veio depois…
Me desarmou completamente.
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