Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 112

Evelyn

Ontem foi, sem dúvidas, o dia mais insano da minha vida.

Descobri que estou carregando meu pacotinho de amor, ao mesmo tempo em que me senti como o Al Pacino em O Poderoso Chefão.

Atirar está virando um hábito.

E o Alexander está adorando isso.

Já o vestido que estou usando para a festa do Mancini…

— Evelyn, não vou falar de novo. — ele avisou, firme.

— Você não precisa falar, Alexander. Não vou tirar o vestido — rebati, cruzando os braços.

O gesto o irritou ainda mais, porque evidenciou meus seios.

— Agora que não vai mesmo! — ele resmungou, irritado.

— Owen e Wyatt ficam com você. — concluiu.

— Você quem sabe, Alexander Sterling.

Ou eu vou com você, ou nem você vai sair daqui.

— Como é? — ele me encarou.

— Acho muito conveniente: eu fico aqui, enquanto você vai a uma festa.

Em Ibiza.

Cheia de mulheres que, provavelmente, estarão com roupas bem piores que a minha.

Fiquei olhando pra ele, firme.

A melhor parte de se curar é nunca mais se curvar.

Amo o Alexander, mas não vou voltar atrás.

— Você não vai sair do meu lado.

— Não tinha a intenção de sair — rebati.

Ele saiu do quarto resmungando, e eu fui até o da Rosa, ver se ela e Jordan já estavam prontas.

Assim que entrei, nem acreditei no que estava vendo.

Jordan estava linda.

Rosario prendeu metade do cabelo dela, deixando alguns fios soltos na frente, emoldurando seu rosto.

Mesmo usando o creme da Doutora Aline, ela ainda fez uma maquiagem perfeita, apagando qualquer sinal da cicatriz e destacando seus olhos negros.

O vestido moldava cada curva da minha menina, com uma fenda lateral no lado direito.

Rosa não quis que ela usasse o que compramos em Houston.

Disse que aquele o Jackson já conhecia.

E que sua hija nasceu para surpreender.

Se fosse descrever minha menina em uma única palavra hoje, seria:

Deusa.

Rosario também estava deslumbrante.

Usava um vestido vermelho que combinava perfeitamente com ela.

Uma mulher forte, linda e extremamente sexy.

Saímos do quarto e fomos direto para o elevador.

Alexander e os outros já nos aguardavam lá embaixo.

Assim que passamos da porta, um homem nos interceptou.

Alexander é o homem mais lindo que já vi…

Mas esse…

Deus, esse era maravilhoso.

Tinha um físico impressionante, musculoso.

Rosto simétrico, sem barba, mandíbula bem marcada.

Olhos azuis penetrantes e expressivos.

Cabelos castanho-escuros, curtos e ondulados.

O sorriso da Jordan me disse exatamente quem ele era.

— Hugo! — ela gritou, antes de pular no pescoço dele.

Rosario os olhava com os olhos marejados.

Eles amam a Jordan.

Defenderam, protegeram e lutaram por ela até onde conseguiram.

Por um momento, fiquei tão encantada com a cena, que me esqueci de quem estávamos esperando no hall.

Hugo estava abraçado à Jordan, o rosto afundado nos cabelos dela…

Quando uma mão o puxou pelo ombro e desferiu um soco sem aviso.

Jackson.

Ele se ajeitou no volante, e eu coloquei o cinto.

— E onde fica o “preciso de segurança”?

Ele ligou o carro e se virou para mim, com um sorriso no canto dos lábios.

— Amor, estamos em Ibiza. As ruas daqui pedem por um Bugatti.

— As mulheres também. — rebati irritada.

E assim que paramos no semáforo, minha teoria se confirmou.

As mulheres em um dos bares olhavam para o Alexander como se ele fosse um pedaço de carne.

Ele estava distraído, com certeza avaliando o local.

Puxei-o pela camisa.

— Você nem ouse sair de perto de mim, senhor Sterling. — Ele me encarou fundo. — Se não, eu desconto hoje toda a raiva acumulada pela Scarlett e pela Victória.

Alex me puxou para um beijo apaixonado e murmurou, ainda com os lábios nos meus:

— Você fica ainda mais linda com ciúmes.

Nos separamos e seguimos até a mansão dos Mancini.

Antes de sairmos do carro, Alex me entregou um coldre com uma Glock dentro.

— Pra que isso? — perguntei, confusa.

— Coloque entre as pernas, na altura da coxa. Assim não fica desconfortável.

— Alexander, eu sei como usar. Minha pergunta é: por que eu preciso disso?

Alex passou a mão no rosto, com a expressão pesada.

— Amor… queria não ter que chegar a esse ponto. Mas sou grato ao seu pai por ter te ensinado a atirar. E, por sinal… muito bem.

— Alex…

— É sério, Evie. Eu não vou sair do seu lado, e se precisar, sempre vai ter alguém com você.

Mas eu preciso saber que, se der merda, você tem como se defender.

Assenti às palavras dele e lhe dei um beijo rápido.

Mas Alex colocou a mão na minha nuca e encostou a testa na minha.

— Odeio o que vou dizer agora. Mas... faça como o Anderson te ensinou.

Meus olhos buscaram os dele.

— Atira primeiro. Pergunta depois.