Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 115

Capítulo 115 – Ninguém vai tirá-la de mim

Jackson

Voltamos pro hotel em silêncio. Dessa vez, eu estava ao volante.

Minha noite começou uma merda… e terminou uma ainda pior.

Estive ao lado dela o tempo todo, sentindo suas mãos, seus toques, com meu braço ao redor… mas sem lhe dirigir uma única palavra.

Odiei os olhares que ela recebeu.

Aqueles sorrisos de canto.

Como se os malditos estivessem só esperando eu me afastar pra tentarem se aproximar.

A história do Hugo ainda ardia na minha mente — mas principalmente, no meu peito.

Só que ouvir que os russos também a querem?

Isso queimou minha alma.

Os Morozov não são conhecidos por misericórdia. Pelo contrário — são famosos pela ausência dela.

Chegamos. Todos ainda em silêncio. Seguimos para os elevadores e encontramos Alex e Evie.

— Falei com o Chen — começou Alex. — Quero tudo preparado pra amanhã.

Eu não queria levar as meninas… mas agora, se afastar delas não é mais uma opção.

— Diz logo o que você tá pensando? — perguntei, tenso.

A porta do elevador abriu, e nós seis entramos.

— Anatoli não sabe das ações do Dimitri. Ele agiu sozinho, mas usando o nome da família.

Algo remexeu dentro de mim.

Por instinto, peguei as mãos da Jordan. Notei sua surpresa e ela me encarou.

— Alexander, por favor, me diz que não é o que eu tô imaginando… — perguntei. Mas já sabia a resposta.

— Maldito! — rosnou Benjamin.

— O que está acontecendo? — perguntou Evelyn.

Alex a puxou pra perto e beijou sua têmpora.

— Nada com que você precise se preocupar, amor — respondeu.

Chegamos no nosso andar. Alex seguiu direto para o quarto com a Evie.

A cabeça dele devia estar a mil.

Não o julgava. A minha também estava.

— Niña… — começou Rosario. — Vou até o quarto do Hugo, ver como ele tá.

— A essa hora? — Benjamin questionou.

Ela o encarou.

— Algum problema?

— Acho que já tivemos emoção demais por uma noite — retrucou ele.

— Precioso… — disse Rosario se aproximando, com aquele tom provocador. — Se quer minha companhia, basta dizer.

Eles ficaram se encarando por alguns segundos… até que Jordan quebrou o clima:

— Vamos, Rosa. Quero ver como ele está… e depois, só quero que essa noite acabe.

Olhei pra ela, sem acreditar no que tinha ouvido.

— Você não vai a lugar nenhum — disparei.

Jordan me encarou, peito erguido, olhar firme.

— Não falou comigo a noite inteira… e agora quer me dar ordens?

Olhei fundo nos olhos dela.

Senti a fúria crescer dentro de mim.

Sem dizer mais nada, caminhei até meu quarto.

Entrei, tirei o sapato, a camisa… e num impulso, desferi um murro na parede.

Senti os ossos cederem na hora, mas não me importei.

Dei outro.

E mais um… até o sangue escorrer.

— Jack! — ouvi a voz dela atrás de mim.

Eu nem percebi a porta abrir.

Não olhei.

Peguei uma toalha e fui direto pro banheiro.

Terminei de me despir, liguei o chuveiro e me enfiei debaixo dele.

Deixei a água cair… como se aquilo pudesse apagar o furacão que tava dentro de mim.

Fiquei com as mãos apoiadas na parede, como se aquele concreto fosse a única coisa me mantendo de pé.

Olhei pra minha mão machucada.

Ainda bem que atiro com as duas. Se fosse destro, não ia conseguir nem pegar numa arma amanhã.

— Jack... — ela me chamou de novo.

Me virei.

Olhei para aqueles olhos que eu amava.

Na verdade… eu amava tudo nela.

Seus cabelos.

Seus traços — delicados, mas que exalam força.

Seu corpo… lindo. Perfeito.

Eu amava ela.

— Por favor... fala comigo... — ela sussurrou.

Tirei as mãos da parede, me lavei rapidamente, sentindo os olhos dela em mim o tempo todo.

Desliguei o chuveiro, e ela se afastou só o suficiente pra que eu passasse.

Peguei a toalha, me sequei, me enrolei nela e voltei pro quarto.

Vesti a calça que usava pra dormir todas as noites e me deitei.

Fechei os olhos e joguei um dos braços sobre eles.

Senti a cama afundar ao meu lado… e sua mão passar lentamente pelo meu abdômen.

— Vai me fazer implorar? — ela perguntou, com a voz baixa.

— Não. Só não tô afim de conversar — retruquei, seco.

Ela aproximou o rosto do meu, e seus lábios desceram até os meus.

Deu um beijo suave. Depois outro na bochecha.

Voltou à minha boca.

Suas mãos exploravam meu corpo com calma, mas com intenção. E com a confiança de quem sabia o efeito que causava.

Droga.

Eu não ia resistir por muito tempo.

Sou completamente louco por ela.

Tirei o braço dos olhos e a encarei.

Ficamos assim por alguns segundos, em silêncio, mas falando tudo com o olhar.

— Eu te amo, Jackson.

Só você.

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