Entrar Via

Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 116

Alexander

Quase não dormi.

E no pouco tempo em que consegui... Rachel veio à minha mente.

Fazia anos que ela não aparecia nos meus sonhos.

E, como sempre, sua presença me levou até ele.

Brandon Anderson.

O maldito que um dia eu chamei de irmão.

Mas hoje... só quero que ele queime no inferno.

Não precisei de muito pra entender que o ataque de ontem foi orquestrado por ele.

Dimitri é um cretino. Viciado. E se vende por qualquer coisa.

Anderson, por outro lado, é manipulador.

Fez sua “jogada perfeita” ontem.

Se ligar aos Morozov foi exatamente o que ele precisava.

Enzo quer a cabeça dele.

Eu também.

E somente um desgarrado como Dimitri poderia ajudá-lo.

Mas Brandon se esqueceu de um detalhe:

Tudo o que ele sabe...

Fui eu quem ensinou.

Me dediquei nos Rangers pra ser o melhor.

Recusei ser capitão — me achava jovem demais, e não queria aquele tipo de responsabilidade.

Não quando tinha minhas irmãs para cuidar.

Mas aceitei ensinar.

Treinar.

Preparar homens pra serem letais como eu.

Só que o aluno…

nunca supera o mestre.

— Bom dia… — a voz da Evelyn me tirou dos devaneios.

— Bom dia, amor — respondi, dando um beijo nela. Em seguida, levei os lábios até sua barriga.

— Bom dia pra você também — ela riu.

— O que acha que está fazendo?

— Dando bom dia pro bebê — murmurei antes de plantar outro beijo em sua barriga.

Meus lábios foram subindo devagar, levando a camisola dela junto.

Minhas mãos começaram a explorar seu corpo, e, como sempre, ela se arqueou aos meus toques, gemendo meu nome de forma suave e deliciosa.

— Como você ainda tem tanta disposição depois de ontem à noite? — ela sussurrou, enquanto eu dava atenção especial aos seus seios.

— O caos me excita.

— Alexander! — ela me repreendeu, mas nem isso me fez parar.

Meu trabalho ali era claro:

fazer ela gritar meu nome.

E eu cumpri.

Nos unimos — e como todas as outras vezes, foi maravilhoso.

Às vezes, tudo o que um homem precisa pra extravasar, ou esquecer… é de prazer.

Mas a Evelyn me ensinou que não é só isso.

Entre nós, vive o desejo.

Mas também as carícias.

A cumplicidade.

E, principalmente… o amor.

Se me perguntassem há alguns meses se eu queria me casar, ter filhos…

Eu diria, sem hesitar:

Não.

Mas hoje?

É tudo que eu mais quero.

E quero com ela.

(O bebê, bem… esse eu já consegui.)

Depois, tomamos banho, nos trocamos e seguimos para a sala do quarto.

A mesa do café já estava posta.

— Bom dia! — disse Jordan, radiante.

— Bom dia, minha pequena — respondi, dando um beijo em sua testa.

Jackson entrou ao telefone, tenso. Senti Evelyn tocar minha perna de leve. Chamando minha atenção.

— Você ouviu o que eu disse?

— Desculpa, querida. Pode repetir?

— A Emily me mandou uma mensagem.

Franzi o cenho.

— Ela está na Espanha. Em Madri. Disse que passaria aqui em Ibiza. Você acha que está tudo bem?

Emily? Em Madri?

Será que Benjamin sabe disso?

— Benjamin é meu melhor amigo — respondi com firmeza.

— Não me importa com a amizade de vocês. Mas ele vai sempre vir em primeiro lugar.

Olhei em seus olhos.

— A minha escolha vai ser sempre ele. — Conclui.

Jackson, que até então estava em silêncio, se sentou ao lado da Jordan e comentou seco:

— Nossa escolha.

— Eu não faria nada pra confrontar o Ben, Alex — ela respondeu com calma.

— Só que… a Emily esteve comigo quando precisei. E eu nem entendi até hoje o motivo da separação dos dois.

Assenti para suas palavras.Tentei relaxar ao lado das minhas garotas. Logo Enzo responderia sobre o encontro de hoje. E a tormenta voltaria a me atingir. Mas…

A porta se abriu novamente.

Rosario e Hugo entraram.

Jackson travou o maxilar na hora.

O ciúmes de Hugo ainda estava ali.

— Buenos días — disse Rosario, beijando Jordan.

— Bom dia, gatita! — disse Hugo à minha irmã.

— Gatinha? — Jackson ergueu as sobrancelhas.

— Jack — Jordan o advertiu. Ele bufou, mas se calou.

Eles se sentaram.

— Onde está o ogro? — perguntou Rosario.

Já sabia de quem ela falava. Ela e Benjamin andam em pé de guerra.

Antes que eu pudesse responder, Chen entrou.

— Chefe, desculpa interromper o café.

Fiz sinal para se aproximar.

— Benjamin não apareceu no relatório da manhã. Nem respondeu às ligações ou mensagens.

Jackson e eu nos levantamos ao mesmo tempo.

Benjamin nunca faz isso.

Peguei meu telefone. Nada.

— Caixa postal direto — disse Jackson.

Entre nós três, não precisava de muito pra saber quando algo estava errado.

Nossos olhares sempre bastaram.

Começamos a caminhar juntos em direção à porta.

— Alex, onde vai? — Evelyn perguntou.

— Ao quarto do Benjamin. Ele nunca faria algo assim.

Usei meu cartão e abri a porta.

Lá estava ele.

Jogado no chão.

Duas garrafas de uísque vazias ao lado.

Jackson foi até ele, tentando acordá-lo com alguns t***s leves.

Enquanto isso, peguei o celular do Ben.

Modo avião.

Por isso ele não recebeu nada.

Fui até o corredor e atendi.

— Owen.

— Chefe, preciso que venha para o complexo.

— Pra quê?

— O capanga do Felix entregou informações... e conseguimos uma pista concreta.

O informante deles… está em Ibiza.

Meu olhar voltou para dentro do quarto.

Benjamin não podia ficar sozinho. Não agora.

— Tô resolvendo um problema aqui. Assim que puder, vou praí.

Owen assentiu.

Jackson se aproximou.

— Qual o problema?

— Temos pistas do infiltrado. Mas não posso deixar ele assim.

Olhamos os dois para Benjamin, que recebia os cuidados de Rosario.

— O que pretende fazer?

— Preciso de alguém pra ficar de olho nele.

Ficamos ali, observando os dois. E então, com um sorriso de canto, eu disse:

— Tem que ser alguém de pulso firme.

— Uma chica de sangue quente — completou Jackson. Rimos.

— Acha que ela aceitaria? — perguntei, mesmo já sabendo a resposta. Só de olhar pra ela, cuidando dele...

Voltamos e explicamos tudo a Rosario.

Ela aceitou de imediato — sem um único questionamento.

Mas antes de partir, pedi que nos deixasse a sós com ele.

Ela assentiu. E saiu.

— Quer me contar? — perguntei, enquanto Benjamin mantinha a cabeça baixa.

— Bebi demais. Passei do limite. Não vai se repetir.

Ele me encarou.

Fui até sua mala, peguei a foto e joguei no colo dele.

Jackson continuava em silêncio ao lado da cama, braços cruzados.

— Acha mesmo que estou aqui como seu chefe, Ben?

Ele pegou a foto e as lágrimas começaram a escorrer.

— “Juntos até o fim.” — murmurou.

— Não foi uma promessa vazia. Foi um pacto — me aproximei, sentando ao seu lado.

— Você nunca vai estar sozinho, irmão. Somos família.

— Ela me traiu, Alex… Me enganou. Me usou.

Nunca vou me perdoar por ter sido tão estúpido.

— Amar não é uma estupidez, cara — Jackson finalmente quebrou o silêncio.

— Se ela não valorizou o que você entregou… o problema está nela. Não em você.

Ele concluiu.

E naquele momento, eu soube:

Meu irmão precisava de nós.

Precisava de tempo.

De espaço.

De silêncio para chorar e força para se reconstruir.

E nós?

Nós vamos estar aqui.

Pelo tempo que for preciso.

Com a ajuda necessária.

E quando chegar a hora certa…

Vamos acabar com toda essa merda que nos cerca.

Vamos fazer valer o pacto que selamos com a bênção da minha irmã —

a garota de olhos corajosos e coração leal que sempre acreditou em nós.

“Juntos até o fim.”

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo