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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 130

Benjamin

Dois dias desde que ela cuidou de mim.

Desde que alguma coisa entre nós se revelou.

Ela não disse nada. E eu também não.

Mas a verdade é que... depois daquela noite, a gente não dormiu mais em camas separadas.

Nos despedimos dos outros e entrei no meu quarto com Rosario atrás de mim.

Essa mulher me tira do sério.

Me deixa louco.

E, ainda assim... eu nunca desejei tanto perder o controle com alguém.

Só que hoje ela passou dos limites.

A roupa que usou só podia ter sido escolhida pra me provocar.

E o comentário sobre a Emily, na frente da Alessa, foi a cereja do caos.

Sentei na beirada da cama, enquanto ela pegava a toalha, uma roupa e seguia para o banheiro.

— Você não tem nada a me dizer? — perguntei, cruzando os braços.

— Não que me lembre — respondeu com aquele veneno doce que ela adorava destilar.

— Rosario... — chamei sua atenção, firme.

Ela se virou, colocando uma das mãos na cintura.

— O que foi, ogro?

— É sério isso? — me levantei, irritado.

Ela simplesmente revirou os olhos, me ignorou e seguiu em direção ao banheiro.

Ela sempre faz isso.

Provoca e se retira como se nada tivesse acontecido.

Ah, essa mulher me irrita.

Levantei e fui atrás dela.

Quando percebeu, tentou correr e fechar a porta.

Mas não foi rápida o suficiente.

Coloquei a mão na madeira e a empurrei sem esforço.

Ela me olhou com aquele brilho de desafio nos olhos.

— Vai me impedir de tomar banho agora?

— Não. Mas vou impedir você de continuar fingindo que não tá me escondendo nada.

Ela me encarou por um segundo.

Depois voltou a me ignorar.

— Você é impossível — rosnei, enquanto ela tirava a blusa como se estivesse em câmera lenta.

— Vai continuar falando... ou vai fazer alguma coisa?

Fechei a porta atrás de mim, trancando com um estalo seco.

— Você quer guerra, chica?

Ela deu um passo em minha direção.

— Você é um ogro muito possessivo, sabia?

— E você ama isso. — retruquei.

Ela arqueou uma sobrancelha, desafiadora.

— Talvez eu ame...

Segurei seu rosto com firmeza e a beijei.

Um beijo quente, raivoso, com sabor de posse.

Ela respondeu com a mesma fome, puxando minha camisa com força, como se quisesse arrancar junto a raiva que ela mesma plantou em mim.

Entre um beijo e outro, murmurei contra sua boca:

— Vai me contar ou não?

— Não. — respondeu sem hesitar, dando uma mordida em meu lábio inferior.

— Não? — perguntei irritado. Me separando dela por alguns segundos para encará-la.

Ela não me respondeu, ao invés disso…

Ela me provocou.

A puxei pra mim novamente. Colando minha boca na dela.

Beijei com raiva, com tesão, com fome de tudo o que ela provocava.

Rosario respondeu na mesma intensidade, puxando meu cabelo, mordendo meu lábio, arrancando a camisa do meu corpo.

Empurrei-a contra a pia, sem delicadeza.

Ela sorriu contra minha boca, como quem adora o caos.

Tirei sua roupa aos pedaços, e quando ela ficou nua diante de mim, precisei conter o impulso de dizer o quanto ela era linda.

Mas não contive o impulso de tomá-la pra mim.

A virei de costas, e ela apoiou as mãos na pia, arfando.

Acho que nunca desejei tanto alguém.

E acho que nunca fui tão desejado assim.

Quando a penetrei, ela soltou um gemido rouco, entre prazer e provocação.

— Isso é pra você parar de brincar com fogo — sussurrei contra sua nuca.

— E isso é pra você parar de achar que me domina — ela rebateu, empinando ainda mais.

Rápido, intenso, quente.

Corpos colados, mentes em guerra, corações tentando negar o óbvio.

Ela se entregou ao prazer e seu corpo tremeu sob o meu.

Beijei seu ombro. Chupei seu pescoço.

E encarei seus olhos através do espelho.

Ela sorriu de forma provocativa antes de dizer:

— Não achei que você fosse ceder tão fácil...

— Não quis te ofender. Mas quando se sente que está sendo deixado de fora de algo, tudo volta. A dor, a insegurança, a sensação de ser o último a saber.

Ela cedeu aos meus carinhos. E ficou de frente para mim.

— Eu não estou traindo você, Benjamin. Não estou mentindo.

Só... estou tentando proteger minha hija.

Mas não consegui fazer ela entender o perigo disso tudo.

— Então me deixa te ajudar — pedi — Ou você não confia que eu possa proteger ela?

— Eu confio — ela disse com a voz mais baixa. — Mas a confiança que tenho em você, não pode me fazer quebrar a que ela tem em mim. Entende?

Assenti as suas palavras. Eu entendia o que ela queria dizer. Eu só era o cara que entrou em sua vida a poucos dias. E Jordan, é a garota que ela cuidou como se fosse sua própria filha.

Segurei seu rosto com as duas mãos e beijei sua testa. Depois seus lábios.

— Obrigado por confiar em mim. E eu jamais faria qualquer coisa para prejudicar a confiança que Jordan tem em você.

Encostei minha testa na dela.

— Só não esqueci que eu to aqui. — murmurei pra ela.

Ela sorriu, de leve, e sussurrou:

— Obrigado, meu ogro.

— To aqui pra você, minha chica.

A beijei novamente. Mas esse não foi urgente. Não teve luta por poder e dominância.

Foi doce, suave. Tinha a paixão avassaladora que nos consumiu desde o dia que nos conhecemos, mas também tinha algo mais.

Ficamos em silêncio, até que ela dormiu.

E eu fiquei ali, com o corpo dela colado ao meu.

Pensando em tudo.

Pensando nela.

Rosario era o caos que me curava.

A loucura que me mantinha são.

E se ela achava que ia se jogar nesse plano maluco com a Jordan sem que eu fizesse nada…

Estava muito enganada.

Mesmo que ela lute contra mim.

Mesmo que me esconda o que for.

Mesmo que ache que pode com tudo sozinha...

Eu vou protegê-la.

Do Brandon.

Do mundo.

E dela mesma, se for preciso.

Porque agora...

Ela é minha.

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