Alexander
O desespero me atingiu como um soco no estômago.
Ver Jordan daquele jeito — vulnerável, com os olhos marejados, a dor emanando do seu corpo enquanto eu a abraçava, lutando para não desmoronar — foi como voltar no tempo. Como ver Rachel prestes a cair... e eu não chegar a tempo.
E eu me odiei por isso.
E odiei ainda mais a forma como falei com Evelyn. A maneira como a deixei ali, chorando, grávida do meu filho...
Mas me agarrei a uma certeza: que terei a oportunidade de consertar tudo.
Com ela. Com Jordan. Comigo mesmo.
Ainda há tempo. Em breve tudo isso acaba.
O celular vibrou no painel do carro.
Era Hugo.
Enviando a localização dela.
Jordan estava no parque.
Menos de cinco minutos depois, um novo alerta.
O sinal de emergência dela.
Aquele que eu mesmo insisti que usasse, caso se sentisse em perigo.
Ela nunca havia apertado aquele botão.
Até agora.
Não pensei.
Acelerei.
Porque a morte não espera quem hesita.
E minha irmã precisava de mim.
Cheguei como um raio.
Não havia espaço para cautela, nem planos.
Só havia um grito no peito:
Minha pequena.
E ela estava lá.
Nos braços errados.
Sendo levada, como uma prisioneira marcada para o sacrifício.
— JORDAN! — gritei seu nome como uma ordem ao universo.
Mas ele não ouviu.
Mais de vinte homens me cercaram de uma só vez.
Feras uniformizadas.
Prontas pra morrer… ou me matar.
Eles acham que me encurralaram.
Sorri.
— Vocês escolheram o inferno… e agora ele chegou.
Eles avançaram.
Jackson apareceu ao meu lado.
E agiu como um verdadeiro braço direito. Mas não era só isso — nós tínhamos a mesma motivação.
Ela.
Nossa pequena.
Minha irmã e a garota dele.
— Onde está Jordan?
— O maldito a levou!
Não tivemos tempo para mais nada.
Os homens brotavam como baratas.
Mas nós não estávamos sozinhos.
O som dos pneus cortando o asfalto foi como uma sinfonia.
E, um por um, dos meus homens saltaram dos carros.
Benjamin. Chen. Javier. Owen. Hugo. Wyatt. Andrew.
O mundo explodiu em guerra.
E tudo o que restou foi sangue, fúria…
E a promessa de que eu traria minha irmã de volta.
Nem que eu tivesse que atravessar o inferno de joelhos.
O som dos tiros preenchia o ar como trovões em meio à tempestade.
Eu me movia como fui treinado: com precisão, frieza e fúria.
Um dos homens avançou com uma faca — girei o corpo, desarmei e cravei a lâmina em seu próprio pescoço. Atrás de mim, ouvi os disparos certeiros de Benjamin, que eliminou dois alvos de uma vez. Chen avançava como um fantasma, rápido e silencioso, enquanto Javier cobria nossas costas, derrubando um a um.
Wyatt e Andrew estavam posicionados em pontos estratégicos, coordenando os flancos. E Hugo... o latino não conhecia nossas estratégias de combate, mas mesmo assim, honrava seu papel com coragem e precisão.
Era por isso que eram meus homens. Minha elite.
— Jack, à esquerda! — gritei.
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